- Participação e Controle Social
Maria Luzia Silva Nenen
- 15 abr 2024
Em decorrência da pandemia, houve aumento da demanda de adolescentes e jovens que procuravam unidade básica de saúde ou eram encaminhados pela escola, apresentando sintomas ansiosos, depressivos, irritabilidade excessiva, problemas de convívio social e familiar ou com sinais de automutilação. Aproveitando a visibilidade da campanha Setembro Amarelo, alusiva à prevenção do suicídio e a valorização da vida, decidiu-se iniciar um trabalho voltado para a informação e prevenção dos agravos. O trabalho foi desenvolvido durante todo o mês de setembro do ano de 2021, em parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Escola de Educação Básica Santa Terezinha, onde estavam concentrados o maior número de pessoas do público a ser atingido.
Objetivos: conscientizar sobre a importância da saúde mental na adolescência, prevenir os casos de automutilação e diminuir os agravos relacionados a pandemia.
Metodologia: o trabalho foi direcionado aos alunos das turmas: 901, 902 e 801, com o auxílio da professora responsável pela disciplina de ciências. Como a situação ainda não permitia que acessássemos a escola de forma presencial, a intervenção foi realizada de forma on-line por meio de web conferência. A professora recebeu uma breve capacitação sobre o assunto, os alunos permaneceram em sala de aula e a psicóloga da unidade básica de saúde, de forma on-line interveio, tirando dúvidas e explanando sobre os assuntos. Na web palestra os assuntos norteadores foram: quebrando o tabu sobre o suicídio (mito x verdade).
Os adolescentes foram uma das faixas etárias mais afetadas com a nova condição, já que naturalmente necessitam de contato social para poderem desenvolverem-se de forma natural e saudável. Em decorrência da pandemia e a necessidade de isolamento social, surgiram muitos outros problemas com os quais tivemos que lidar com os recursos que no momento nos era possível. Os profissionais também tiveram que desenvolver resiliência para lidar limitações ao mesmo tempo em que o trabalho de prevenção não podia parar. O uso das tecnologias, já muito presentes na vida dos adolescentes, facilitou as abordagens nos momentos em que estar fisicamente presente, não era possível, e podemos continuar levando a informação para quem mais deveria recebê-las. Atualmente essas ferramentas continuam fazendo parte de nossa rotina.
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