- Promoção da Saúde
Bruno Henrique da Silva Ramos
- 18 nov 2024
A ideia básica fora dezesseis armadilhas de ovoposição (ovitrampas) no bairro Novo Horizonte, no Município de Jucurutu como método de controle populacional do Aedes aegypti.
Os municípios brasileiros enfrentam uma constante luta para manter sob controle seus índices de infestação relativos ao mosquito Aedes aegypti. Sendo assim, experiências e técnicas embasadas que possam contribuir nessa atividade devem ser unidas as atividades de controle vetorial diárias.
Com os altos índices de infestação no município e as atividades rotineiras de controle vetorial, sozinhas, não sendo efetivas em seu objetivo, a ideia de se utilizar as ovitrampas como método de controle populacional do Aedes aegypti no bairro mais infestado mostrou-se adequada.
Sua implementação relativamente simples, baixo custo e adaptabilidade de uso fizeram dessas armadilhas importantes ferramentas neste trabalho.
A expectativa da prática era que sua implementação trouxesse impacto na dinâmica do crescimento populacional do Ae. aegypti no Bairro Novo Horizonte, o que de fato ocorreu.
Com as dezesseis armadilhas instaladas, foram “recolhidos” pouco mais de 6000 ovos da espécie, o que ajudou a diminuir esse crescimento – o que ficou constatado na aferição do Índice de Infestação Predial do bairro: 29,5% antes das ovitrampas para 18,4% após elas. Isso sem contar na significativa melhora na estruturação das atividades de controle vetorial; com as ovitrampas, conseguiu-se identificar os maiores pontos de disseminação dos vetores pelo bairro, priorizando os mesmos nas atividade de rotina.
O baixo custo da experiência com as ovitrampas e sua eficácia seja na detecção e/ou controle da população de Ae. aegypti fora tão efetiva que decidimos expandi-la para mais dois bairros da cidade.
A prática pode ser repetida e aplicada mediante conhecimento prévio das áreas e deve ser executada em conjunto com as atividades habituais do controle de vetores, como também em consonância com a Vigilância Epidemiológica e a Atenção Básica. Além disso, deve ser adaptada a cada local a ser aplicada – suas características epidemiológicas, entomológicas, capacidade material e de pessoal.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO