- Atenção Primária à Saúde
SIRLEIA APARECIDA TORRES
- 23 dez 2023
FINALIDADE DA EXPERIÊNCIA: Impedir, por meio de estratégias de vacinação e educação em saúde, a transmissão da Febre amarela entre humanosDINÂMICA E ESTRATÉGIAS DOS PROCEDIMENTOS USADOS: Foram executadas ações de vigilância epidemiológica de epizootias e casos suspeitos de Febre Amarela, inicialmente, entre pessoas expostas nas áreas rurais de Quebra Coco e Ribeirão Santa Cruz onde ocorreram mortes de primatas em setembro de 2016. Foram realizadas ações de bloqueio vacinal, busca ativa de faltosos, varredura casa a casa e ampla divulgação para os moradores por meio da Estratégia Saúde da Família em parceria intersetorial, também a intensificação da vigilância de epizootias em outras regiões silenciosas por meio do serviço de vigilância ambiental. Ações preventivas abrangeram todo município. INDICADORES/VARIÁVEIS/COLETA DE DADOS: Os indicadores da ação basearam-se na notificação ou não de casos de Febre Amarela entre humanos, bem como na cobertura vacinal em termos percentuais, a qual inicialmente encontrava-se em 45% no município. OBSERVAÇÕES/AVALIAÇÃO/MONITORAMENTO: As ações estratégicas para divulgação das informações, da mobilização social e da realização do bloqueio da doença para seres humanos foram implantadas graças a parceria intersetorial da vigilância em saúde, epidemiologia, vigilância ambiental e estratégia saúde da família. O agente comunitário de saúde foi o ator principal na mobilização da comunidade para a ação preventiva do bloqueio vacinal, devido ao seu forte vinculo existente, representado categoricamente o elo entre o serviço de saúde e comunidade. O agente de endemias participou ativamente na viglância das epizootias, realizando buscas em todo território de matas com presença de primatas. O trabalho intersetorial teve grande impacto na prevenção de morbimortalidade pela doença no município.
O município de Franciscópolis apresentou casos de epizootias em setembro de 2016, a vigilância municipal foi a primeira a dar o alerta para a maior epidemia de Febre Amarela silvestre já registrada no Brasil, ocorrida entre 2016 e 2017.
A vigilância de epizootias com concomitante bloqueio vacinal foram medidas eficazes para conter o avanço da Febre Amarela no município de Franciscópolis durante o maior surto já registrado com 1139 casos suspeitos, 427 confirmados, 151 óbitos confirmados e 99 municípios com casos notificados em Minas Gerais (26/04/2017).
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