A experiência teve sua idealização em uma conversa em meados de 2022 sobre uma demanda, com o até então secretário de saúde do município de Tartarugalzinho in memoriam, sobre uma demanda que estava apresentando dificuldade de resolução há um certo período, essa demanda era a frenectomia/frenotomia, tanto em recém-nascidos quanto em adultos.
Busquei informações sobre a prestação desse serviço, busquei uma orientação especialista e experiente, onde sou agraciado por ser casado com uma excelente odontopediatra e professora universitária e após suas orientações fiz busca das notas normativas, notas técnicas, projetos de lei, leis homologadas, materiais didáticos no acervo público. Então observei que, por ser um procedimento garantido obrigatoriamente pela lei federal 13.002/14, deveria ser ofertado nos hospitais e maternidades aos recém-nascidos, mas que não era a realidade, tendo paciente recém-nascido tanto na sede do município quanto na minha área de atuação na equipe de saúde da família ribeirinha na região do Aporema, com anquiloglossia (língua presa) que não foi diagnosticada e nem feita cirurgia de frenectomia/frenotomia, antes de sair da maternidade.
APRESENTAÇÃO:
A experiência teve sua idealização em uma conversa em meados de 2022 sobre uma demanda, com o até então secretário de saúde do município de Tartarugalzinho in memoriam, sobre uma demanda que estava apresentando dificuldade de resolução há um certo período, essa demanda era a frenectomia/frenotomia, tanto em recém-nascidos quanto em adultos.
Busquei informações sobre a prestação desse serviço, busquei uma orientação especialista e experiente, onde sou agraciado por ser casado com uma excelente odontopediatra e professora universitária e após suas orientações fiz busca das notas normativas, notas técnicas, projetos de lei, leis homologadas, materiais didáticos no acervo público. Então observei que, por ser um procedimento garantido obrigatoriamente pela lei federal 13.002/14, deveria ser ofertado nos hospitais e maternidades aos recém-nascidos, mas que não era a realidade, tendo paciente recém-nascido tanto na sede do município quanto na minha área de atuação na equipe de saúde da família ribeirinha na região do Aporema, com anquiloglossia (língua presa) que não foi diagnosticada e nem feita cirurgia de frenectomia/frenotomia, antes de sair da maternidade.
Então, a partir desta observação, desenvolvi uma pesquisa para uma tese de mestrado submetida em 2023 com aprovação. Hoje, eu sou um mestrando profissional em saúde da família pela Fiocruz, onde é obrigatória a produção de um produto técnico tecnológico para conclusão do título, sendo esta experiência meu produto técnico sob orientação da profª Drª Nely Deise, sendo totalmente embasado cientificamente e com resultados específicos, com finalidade de resolução na Atenção Primária de Saúde para diagnóstico e cirurgia por um serviço que também é coberto no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e Órteses/Próteses e Materiais – OPM (SIGTAP).
Sendo basicamente a problematização dessa experiência o fato de não estar sendo feito de forma eficiente o diagnóstico de anquiloglossia devido a uma dualidade de realização do protocolo para diagnóstico, não sendo realizada em alguns locais a cirurgia de correção, falta de atendimento matricial e por não ter material de orientação e anotação específica para as pacientes nas cartilhas e cadernetas do ministério da saúde. Partindo dessa problemática, desenvolvemos uma capacitação com público alvo os agentes comunitários de saúde, mas também liberado para médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem, visto que eles têm o acesso mais rápido e fácil aos usuários dos sus, assim podem abordar possíveis pacientes que podem ter ficado sem diagnóstico e procedimento cirúrgico, a fim de fazer a orientação e encaminhamento correto desses pacientes às unidades de saúde do município de Tartarugalzinho, proposta para regularização com plano municipal de saúde bucal sobre pré-natal odontológico, teste e cirurgia da linguinha.
No ano de 2021 e 2022, coletamos dados de crianças nascidas na região do Aporema e Tartarugalzinho, ficando de realizar a busca ativa destas crianças quando elas chegavam à região de habitação após o nascimento. Na região do Aporema, 95% das crianças nascidas em maternidades não realizaram até sua alta o protocolo de teste da linguinha. Esses números reduziram nos anos subsequentes, mas não de forma exponencial, ficando em 80%.
Após a capacitação dos agentes comunitários de saúde, tivemos um aumento exponencial na busca do serviço, e a certeza do entendimento e da qualidade da capacitação dos agentes com resultados imediatos. Onde registramos o depoimento dos agentes que buscaram o atendimento logo após a capacitação, sendo uma ACS buscando atendimento para uma criança na sua área e outro ACS identificou a falha relatada na capacitação com sua própria filha, estes gravaram relatos para utilizar na apresentação.
A relevância desta experiência para APS consiste na resolubilidade dentro da esfera de atendimento, buscando resolver falhas ou ausência de diagnóstico que esses pacientes podem receber antes da alta hospitalar, assim como a falta de realização do procedimento cirúrgico adequado para cada indivíduo, evitando problemas de amamentação e desenvolvimento.
O caráter inovador desta experiência está em utilizar e capacitar profissionais que são peças-chave, como os agentes comunitários de saúde, visto que esses profissionais não irão realizar o teste, mas saberão diferenciar e perceber alterações clínicas, com a finalidade de orientação e encaminhamento correto dos pacientes, evitando problemas de amamentação e desenvolvimento.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO