O município de Itacoatiara (AM), segundo censo demográfico realizado em 2010 pelo IBGE, tem uma população estimada em 99.955 pessoas em 2018, sendo mais de 33% residentes em comunidades localizadas na zona rural. Dentre essas comunidades, temos indígenas, quilombolas e comunidades ribeirinhas, que não dispõem de recursos financeiros, transportes adequados e de rotas diárias para se deslocarem às Unidades Básicas de Saúde (UBSs) as quais são cobertas para realizar seus atendimentos necessários. Verificando questões econômicas, sociais e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, foi proposto, como alternativa para um acesso universal e equitativo, formas diferenciadas de atendimento respeitando os direitos dos usuários que vivem nas áreas rurais. Fazendo com que os problemas que as comunidades possuem por estarem em uma área geográfica diferenciada das demais regiões não ficassem desassistidos, levando a promoção da saúde e a prevenção de doenças in loco.
Proporcionar aos usuários das comunidades rurais atendimento equitativo. Garantir o direito à saúde aos usuários de zonas rurais e de difícil acesso. Promover saúde, prevenção, tratamento e a reabilitação. Através de reunião multiprofissional, foram feitos os planejamentos, levantamento da população e áreas a serem trabalhadas. Verificou-se a particularidade na forma de acesso e mapeados os pontos que serviriam de apoio aos atendimentos. As comunidades não dispõem de infraestrutura adequada, os locais foram adaptados e levado o material necessário. Obteve-se um total de 15 comunidades e 3.928 pessoas, sendo 384 pessoas quilombolas, 2 comunidades ribeirinhas com 506 pessoas e 12 comunidades rurais com 3.038 pessoas. No ano de 2018, foram feitas 2 viagens por semana com rodizio nas 15 comunidades. A equipe é composta por médico, enfermeira, técnica de enfermagem, dentista e técnica em saúde bucal, com o apoio de vacinador e integrantes do Nasf.
Considerando a complexidade e os problemas que as comunidades da zona rural demandam para o acesso ao serviço assistencial de saúde, foi verificado que a promoção e proteção à saúde in loco garante o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos usuários. Em 2018, foram feitas 66 viagens e realizada a cobertura de todas as 15 comunidades, levando o atendimento a toda população da área de abrangência. Foram atingidos 100% do público-alvo das campanhas de Sarampo e 90% da Influenza 98,1% de atendimento médico, 66,4% de atendimento em enfermagem, 48,2% de atendimentos odontológicos. As palestras realizadas como parte da promoção em saúde foram trabalhadas de forma rotineira em todas as viagens e a população se mostrou participativa em todas. A ampliação da oferta dos serviços na própria comunidade é uma estratégia de atendimento de grande importância e existe uma demanda significativa pela busca dos serviços ofertados pela equipe. Há a necessidade de trabalhar a fim de proporcionar assistência a usuários da zona rural e garantir o direito à saúde dessa população. É imprescindível intensificar programas para a promoção de saúde. Verificou-se que proporcionar o atendimento à população mais fragilizada requer estratégias diferenciais.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO