- Gestão de Serviços e Sistemas de Saúde
Victor Hugo Matias de Brito
- 08 maio 2024
A queda da cobertura vacinal é uma realidade do Brasil inteiro não sendo só uma particularidade do município de Planaltina -Goiás. Com essa queda da cobertura que já foi constatado por pesquisadores é que a imunidade de rebanho, tão importante para o coletivo fica comprometida e que as doenças que tinham sido erradicadas e controladas, estão de volta, como é o caso do sarampo, febre amarela e meningite. Esse ressurgimento, dessas doenças trás um impacto negativo pois, afeta diretamente as crianças, as famílias, o setor saúde e a comunidade no geral. Após análise dos dados da cobertura vacinal do município Planaltina- Goiás referente aos anos de 2018 a 2020 foi criado um projeto de intervenção , com o objetivo de capacitar e conscientizar (APS) Atenção Primaria á Saúde apresentando importância de intensificar as buscar dos faltosos e regularizar cartão espelho junto das famílias possibilitando analisar nossa cobertura , traçar estratégias e execultar as ações dentro do município procurando resgatar a confiança e concientização, no que se refere a imunização.
O problema que escolhemos para intervir foi na cobertura vacinal em menores de um ano e diversos são os fatores que levam ao insucesso desse indicador tais como: • Falta de UBSs informatizadas uma queixa frequente dos profissionais diz respeito a informatização das UBSs, o que compromete o serviço e “geração de dado fidedignos”;. • Alta rotatividade de profissionais no município a maioria dos servidores da saúde eram cooperados ou cargos comissionados, sendo frequente a substituição. Devido a novas oportunidades, percebemos que sempre estamos começando e isso acaba por trazer um prejuízo para o serviço e principalmente para o usuário; • Deficiência na busca ativa de pacientes faltosos o que já era deficiente ficou pior com a pandemia, pois, perdeu-se muito essa identidade da visita domiciliar onde era possível as equipes de saúde da família fazer a caracterização dos territórios; • Pouco interesse na busca de atualizações de conhecimento por parte dos profissionais ficando presos a métodos convencionais de capacitações e atualizações, acabam não buscando por metodologias ativas para melhorarem os níveis de conhecimentos; • Falta de horários alternativos para abertura das salas de vacinas sendo que as equipes não viabilizam horários alternativos para oportunizar o acesso aos pacientes fora dos horários de expediente; • Perdas de oportunidades para vacinar quando paciente procura UBS para outras questões (exemplo: buscar remédio, consulta ou até para verificar pressão na UBS), é necessário despertar em todos os profissionais essa necessidade de estar reforçando essas informações sobre as vacinas, sensibilizando a população em momentos oportunos dentro da unidades básica de saúde; • Falta de boa triagem nas UBS, que informe as necessidades e importância das vacinas para todos e não só para aquele grupo específico que é caraterizado, pois é comum o paciente busca por uma vacina específica, mas precisa de outras, no entanto, não são ofertadas.
Informatização das UBS, hoje já temos 70% das unidades informatizadas. Recursos: Contratação da empresa para informatização das unidades. Prazo: Finalização até Dezembro de 2023 2-Diminuimos a rotatividade dos profissionais, pois o município alterou a forma de contratação dos mesmos, passando de prestadores de serviço para celetista. Recursos: Contratação da empresa ASM-Associação Saúde em movimento Prazo: indeterminado 3-Aperfeiçoar os profissionais envolvidos no processo de imunização da população com encontros presenciais/ Roda de Conversa com os profissionais divididos por categoria profissional/ grupos para discutir sobre Imunização. Encontros em dias alternados da semana durante horário de expediente do profissional, para que o mesmo possa participar. Recursos: Apresentações em slides, entrega de manuais atualizados Prazos: continuo 4-Participação de um Módulo EAD, sobre Imunização ofertado pelo AVASUS. A atividade online foi pensada para estimular os profissionais à utilizarem as plataformas de cursos disponibilizados pelo Ministério da Saúde, a plataforma escolhida foi o AVASUS, o curso sugerido e que faz parte da carga horária é sobre Rotina na Sala de Vacina. Recursos: www.avasus.com.br(Cursos de imunização) Prazo: Continuo 5- Rodas de conversas com os profissionais divididos por categorias. Encontros presenciais com os profissionais das equipes em loco, ou seja, na própria Unidade Básica de Saúde, levando o profissional a sentir-se parte essencial do processo onde trabalha. De forma proposital e estratégica os ACS foram estimulados a observarem a necessidade de buscar aperfeiçoamento dentro da questão de Imunização, quando perceberam que havia ocorridos varias alterações nos calendários vacinais e foi nítidas mudanças no comportamento profissional daqueles que passaram pela capacitação. Recursos: Textos de apoio e material de áudio visual Prazos: Continuo 6-Apresentar novas metodologias como possibilidade para o aperfeiçoamento profissional, com o uso das metodologias ativas, para construção do “novo”; Recursos: Programa PSE acompanhamento do profissional em capacitação de diversos assuntos no conhecimento voltado na prevenção, promoção e estratégica do cuidar tanto físico e mental do mesmo e dos pacientes. Prazo: Continuo 7-Aperfeiçoar e qualificar os serviços ofertados aos usuários da rede pública de saúde, contribuindo para a efetivação dos princípios e das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS); Recurso: Acolhimento (funcionários ofertando boa triagem e acolhendo usuário na sua necessidade apresentada naquele momento); Prazo: Continuo 8-Clarear o direcionamento das tarefas e ações no âmbito da imunização. Recursos: Criação de um fluxo no município. Vacinação extra-muro ( ofertando vacinas em lugares menos acessíveis das salas de vacinas como exemplo empresas residentes no municípios; creches; orfanatos; presídios, hospitais e setores rural distantes da cidade Prazo: Longo Prazo 9-Fazer uso do acompanhamento cartão espelho através dos agentes saúde no momento das visitas domiciliares, enfermeiros no momento das consultas de CD preenchendo o cartão espelho e dentro das salas no momento da vacinação sempre realizando a orientação necessárias para que paciente não deixe atrasar as vacinas e parabenizando os responsáveis quando estão em dias com suas vacinas e de suas crianças. Recurso: Entrega do cartão espelho, padronizado pelo município para todos Agentes comunitários de saúde, sendo arquivados nas UBS onde todos tenham acesso e facilitando como material de estratégica para planejamento de um plano de ação para alcançar esses grupos faltosos da UBS. Prazo: continuo 10- Realizar a busca ativa dessas crianças com vacinas atrasadas com estratégica especifica de alcancem desse grupos e vacinas ser ofertadas no momento dessa buscas dentro da UBS; Recursos: Apoio dos Agentes Comunitários de Saúde; solicitação com outros profissionais (médicos, enfermeiros )no momento das consultas fazendo essa buscar verificando os cartões e encaminhado para sala de vacina para onde possa ser realizada essas vacinas que se encontra em atraso; Prazo: Continuo 11-Monitoramento das ações e realizado através da Coordenação da Vigilância Epidemiológica e da Coordenação da Atenção Básica a Saúde. Prazo: Continuo
De acordo com todos os problemas levantados, foi traçado estratégias para sanar cada um deles, buscando a informatização das unidades, mudança na forma de contratação dos profissionais que hoje acontece através da CLT, aperfeiçoamento todos os profissionais das unidades, principalmente os envolvidos no processo de imunização, foi realizado várias rodas de conversa com os profissionais para dividir suas experiências; Durante as atividades podemos conhecer algumas dificuldades do dia a dia de trabalho como: muitas casas fechadas, sem uma pessoa responsável para atender trazendo uma certa fragilidade e dificuldades no processo dessa buscas ; Outra situação que podemos perceber é que alguns pais que trabalham fora em tempo integral tem que deixar as crianças aos cuidados dos avos ,dos cuidadores, das escolas integrais ou creches essas crianças acabam não tendo acessos as vacinações e consultas de rotinas, fazendo essas crianças ficarem atrasada e cobertura vacinal dessas ficam comprometidas, por motivo dos avos e escolas integrais não levarem essas crianças á realizar essa ação por motivo de falta de conhecimento até por falta de tempo por ter mais crianças para ser assistida e outras tarefas consecutivas no momento do cuidar dessas crianças, ondes essa informação foi de grande importância para que o agente comunitário de saúde orientasse de forma efetiva essas famílias mostrando á importância levar essas crianças menores para as consultas e junto o acompanhamento da caderneta vacinal, para que essa criança cresçam com saúde evitando as doenças características dessa faixa etária. Com êxito aumentamos nível de consciência dos profissionais da importância fazer buscar ativar, de fazer vacinação oportunas, criar estratégica para buscar essas pessoas, podendo transmitir essa importância da vacinação em crianças e todos que moram com ela. Assim podemos melhorar os nossos indicadores da cobertura vacinal, pactuado no SISPACTO e consequentemente promover uma proteção integral á saúde, protegendo população das doenças imunopreveníveis.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO