De acordo com a organização Mundial de Saúde (OMS), 10%da população mundial é portadora de algum tipo de deficiência e apenas 2% dessas pessoas recebem atendimento adequado voltado para as suas necessidades. Em São José de Ribamar (MA) temos a Escola Maria Amélia Bastos que é voltada para a educação especial de crianças, adolescentes e adultos portadores de necessidades especiais de 2 a 65 anos, sendo a maioria autistas, síndrome de down, paralisia cerebral, dentre outros. Pensando nesse público, foi criado um projeto de ações odontológicas educativas, preventivas e curativas voltadas tanto para os referidos alunos quanto para seus cuidadores, já que esse público infelizmente enfrenta muitas dificuldades quanto à garantia de atendimento, principalmente na área odontológica, seja por falta de profissionais capacitados e/ou dispostos a realizar esses atendimentos.
Proporcionar a melhoria na qualidade de vida para os escolares e seus cuidadores atendidos no Projeto, seja de forma educativa, preventiva e/ou curativa e promover a mudança de hábitos e manutenção da saúde bucal dos mesmos. O projeto teve início em novembro de 2017, com a reinauguração do Centro de Reabilitação em pacientes especiais Maria Amélia Bastos, que funciona ao lado da escola especial, que já contava com atendimento multidisciplinar, com exceção da odontologia, que foi iniciada nessa data com a construção de um consultório odontológico no local, área esta que já era aguardada com grande ansiedade pela comunidade escolar, já que dor de dente era um problema constante na escola. Então iniciou-se nossa atividades com participação nas reuniões de pais e mestres, palestras educativas, triagens , onde verificou-se a necessidade tanto de intervenções na cadeira odontológica, quanto de um acolhimento diferenciado com a maioria dos cuidadores.
Nesse período de um ano e quatro meses, foram atendidos quase todos os alunos, com exceção de alguns maiores de idade, sendo que tivemos uma média de 122 tratamentos concluídos, que agora só fazem a prevenção a cada 6 meses. Foram realizados uma média de 10.236 procedimentos odontológicos. Foi observada a mudança de comportamento dos cuidadores, seja na forma de tratar, quanto na forma aceitação e melhor convívio com a escola e com os outros cuidadores. Assim como a desmistificação da relação cirurgião-dentista e pacientes com necessidades especiais e melhoria na saúde bucal tanto dos escolares quanto de seus cuidadores. Concluímos que esse projeto foi a mola inicial para comprovação da importância da saúde bucal na melhoria de vida dos alunos/pacientes com necessidades especiais da escola e de seus cuidadores, o tornado um projeto permanente. Relatamos que trabalhos assim devem ser realizados com mais frequência, pois colaboram de forma positiva para a mudança de hábitos, de estilo de vida, resultando na melhoria da saúde geral de todos os envolvidos.
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