- Promoção da Saúde
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- 31 out 2024
Entende-se pela primeira infância o período que abrange os primeiros 6
anos completos de vida, fase crucial para o desenvolvimento mental, emocional e de
socialização da criança. É fundamental o investimento nessa faixa etária, garantindo
desenvolvimento integral de meninos e meninas com impactos positivos para toda a
sociedade. A rede de Atenção Primária à saúde é uma grande aliada na garantia desses
direitos, devendo ser contínuos e universais. Com isso, foi criado o Projeto Criança
Saudável, que visa mapear o estado nutricional das crianças regularmente matriculadas na
rede municipal de ensino, visando ampliar o acesso aos serviços de saúde e assistência
social, além de contribuir para a promoção, prevenção e cuidado de crianças com
diagnóstico de desnutrição e obesidade. O projeto surgiu a partir da instigação do Ministério
da Saúde, em decorrência de registros elencando a região norte com alta prevalência de
desnutrição infantil, acima da média nacional. Com isso, a cidade de Macapá foi provocada
a promover ações de combate à desnutrição e análise da situação nutricional de crianças
com idade de 0 a 6 anos.
Avaliar o estado nutricional e consumo alimentar de crianças da rede
municipal de ensino.
Considerando os dados coletados, foram avaliadas 1.272 crianças com
idade de até 6 anos. Em relação ao estado nutricional, pode-se observar, que 4,5% das
crianças apresentavam baixo peso para a sua idade, cuja média nacional é de 5,01%. Já em
relação ao sobrepeso e obesidade, 15,23% encontram-se nesta condição, sendo a média
nacional de 13,5%. Quanto ao consumo alimentar, avaliou-se 666 crianças. Como
indicadores de uma alimentação saudável, 46,5% consumiram feijão e 53,75% verduras e
legumes, sendo a média nacional 70% e 84%, respectivamente. Pontua-se que 61,7% dos
entrevistados afirmaram que consumiram guloseimas e 68,71% consumiram bebidas
adoçadas no dia anterior, o que também está acima da média nacional que foi de 58% e
61%, respectivamente. Tais dados demonstram um consumo elevado de açúcar de adição na
alimentação das crianças avaliadas. No que diz respeito à atualização do calendário vacinal
66,8% estavam com calendário vacinal atualizado e 82,47% com a suplementação de
vitamina A atualizado. No que consta a TRIA observou-se que 38,43% apresentavam risco
para Insegurança Alimentar, considerado grave. Pontua-se que todos os dados informados
foram tratados com responsabilidade, ou seja, a partir da identificação de crianças com
diagnóstico de desnutrição, sobrepeso e obesidade foram encaminhados à UBS do seu bairro
para acompanhamento, bem como vinculadas ao CRAS do seu território, nos casos de
insegurança alimentar grave e baixo peso para idade.
Diante do exposto, se faz necessário implementações das ações que podem ser
direcionadas, com medidas de intervenção tanto na área de assistência e tratamento como
de promoção e prevenção da saúde da população avaliada. Em relação ao tratamento, as
crianças que apresentaram alterações no diagnóstico nutricional foram encaminhadas para
as UBSs de referência. Ademais, em relação à promoção e prevenção é importante o
incentivo à prática de hábitos alimentares saudáveis. Para isso, deve-se implementar
atividades coletivas de promoção da alimentação saudável e práticas corporais, como
também incentivo ao cultivo de hortas caseiras e comunitárias por meio do Programa Saúde
na Escola (PSE) e que sejam destinadas tanto para as crianças como para as famílias.
Av. Henrique Galúcio, 1249 – Centro.
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