- Atenção Primária à Saúde
Luana Izabel da Silva Nunes
- 25 set 2024
Amapá
O médico da Atenção Primária a Saúde (APS) desempenha um papel fundamental na promoção da saúde preventiva e no cuidado primário à população. Este profissional trabalha em equipes multidisciplinares, atendendo às necessidades de saúde das famílias em suas comunidades. O mesmo realiza consultas, faz diagnósticos, prescreve tratamentos, promove ações educativas e encaminha para especialistas quando necessário. O objetivo é garantir um atendimento integral e contínuo, focado na prevenção e na promoção da qualidade de vida dos pacientes.
Com base no diagnóstico, o médico pode prescrever medicamentos psicotrópicos, quando apropriado, e também recomendar terapias psicológicas ou psicoterapias.
O médico monitora a resposta do paciente ao tratamento, ajustando as doses de medicamentos, se necessário, e avaliando o progresso geral da saúde mental, bem como fornece orientações e educação ao paciente e à família sobre a condição de saúde mental, estratégias de enfrentamento, estilo de vida saudável e formas de prevenir recaídas. Em casos mais complexos ou que exigem intervenções especializadas, o médico pode encaminhar o paciente para psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais ou outros profissionais de saúde mental. Além do tratamento de doenças mentais, o médico também trabalha na promoção da saúde mental, incentivando práticas saudáveis, prevenção de doenças mentais e conscientização sobre questões relacionadas à saúde mental na comunidade.
Objetivo geral:
Desenvolver um projeto de saúde mental com o propósito de um cuidado completo, preventivo e orientado para a comunidade de saúde mental, buscando melhorar a qualidade de vida, prevenir doenças que envolvem a saúde mental e garantir um sistema de saúde mais eficiente e humanizado.
Objetivos específicos:
Assegurar o acompanhamento contínuo do paciente, coordenação entre diferentes níveis de atenção à saúde e integração com outros profissionais da equipe multiprofissional.
Fornecer orientações sobre cuidados de saúde, tratamentos, prevenção de doenças, estilo de vida saudável e manejo de condições crônicas.
Capacitar os pacientes para participarem ativamente do autocuidado, estimulando a autogestão de sua saúde e a adoção de comportamentos saudáveis.
A partir de dados fornecidos pela secretaria de saúde de Nova Palmeira (PB) sobre a quantidade de uso de psicotrópicos pelos usuários da área de abrangência pertencente a equipe de saúde da família da zona urbana, foi criado o projeto Brilhe com o objetivo de ações planejadas em equipe para traçar estratégias de avaliações clínicas das condições de saúde mental dessa população, como transtornos de ansiedade, depressão, transtorno bipolar, entre outros.
Após o planejamento, iniciamos a busca ativa desses indivíduos os quais foram realizados pelos os agentes comunitários de saúde (ACS) utilizando de entrevistas sobre a saúde mental e comportamento do paciente. Após esse momento, o paciente é triado pela enfermeira e, após a avaliação criteriosa, é realizado o agendamento para consulta médica.
Durante as consultas médicas do projeto Brilhe, o profissional médico
verificou se os pacientes podem realizar o desmame de medicações psicotrópicas de forma cuidadosamente planejada e acompanhada, seguindo algumas diretrizes gerais como preconiza a rede de Atenção Primária à Saúde:
1. Avaliação inicial: o médico realizou uma avaliação completa do paciente, incluindo histórico médico, condições de saúde mental, resposta ao tratamento atual, presença de sintomas, efeitos colaterais e motivação do paciente para o desmame.
2. Planejamento gradual: o desmame foi de forma gradual e individualizado, considerando a dose, o tipo de medicamento, a duração do tratamento e a resposta do paciente. Reduções pequenas e incrementais na dose ao longo do tempo são geralmente recomendadas para minimizar o risco de sintomas de abstinência ou recorrência dos sintomas.
3. Monitoramento contínuo: durante o desmame, a equipe da APS monitorou de perto o paciente para detectar quaisquer sintomas de abstinência, retorno dos sintomas originais ou novos sintomas. É importante que o paciente poderia solicitar atendimento de demanda espontânea ou agendado se qualquer mudança ou desconforto durante o processo.
4. Educação e orientação: o médico realizou também orientações sobre o processo de desmame, explicando os benefícios, os riscos, os sintomas esperados e as estratégias de enfrentamento. Isso ajudou bastante a aumentar a adesão e reduzir a ansiedade relacionada ao desmame.
5. Apoio psicossocial: além do acompanhamento médico, o paciente pôde se beneficiar do apoio psicológico durante o desmame, bem como praticar das práticas integrativas (PICS) tais como acupunturas, ventosaterpias e terapias como a psicoterapia cognitivo-comportamental podem ajudar o paciente a lidar com os desafios emocionais e comportamentais associados ao desmame.
6. Reavaliação regular: o médico fez reavaliações regulares do paciente durante e após o desmame para monitorar a estabilidade clínica, a fim de ajustar o plano de desmame conforme necessário e oferecer suporte contínuo.
Levantamento de pacientes em uso indiscriminado de psicotrópicos, busca ativa por pacientes desejosos de desmame, implementação de práticas complementares, trabalho em equipe multiprofissional, acompanhamento continuo de e individualizado de cada usuário.
Rua Almisa Rosa, Nova Palmeira - PB, Brasil
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