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Operacionalizando a Reunião de Matriciamento: Ferramenta Essencial para a Qualificação e Resolutividade da Atenção Primária a Saúde

FINALIDADE DA EXPERIÊNCIA: Compartilhar a experiência da operacionalização das reuniões de matriciamento como ferramenta importante de consolidação do apoio matricial enquanto estratégia da atenção primária a saúde para resolutividade, tanto na condução dos casos, quanto na reorganização do processo de trabalho. Ademais, possibilita a implantação de um espaço de aumento de vinculo entre EQSF e Nasf com possibilidade de ampliação do olhar para um cuidado integral e particular sobre as reais necessidades do território e dos usuários. É importante ressaltar que, mesmo descrito na teoria, não há relatos na literatura sobre sua consolidação, entretanto pela experiência vivida pelo município há aproximadamente dois anos, quando pactuado e inserido na agenda com horário protegido é possível sua efetividade. DINÂMICA E ESTRATÉGIAS DOS PROCEDIMENTOS USADOS: Inicialmente foi percebida pela equipe do Nasf junto à coordenação a necessidade de implantação de espaços periódicos de comunicação entre Nasf e EQSF. Quanto a periodicidade, a fim de um acompanhamento contínuo, em tempo oportuno, com fortalecimento de vínculo entre os profissionais envolvidos e efetivação do Nasf enquanto equipe de apoio, pensou-se em encontros semanais. Para torna-los viáveis de execução e não interferindo nos demais processos de trabalho dos envolvidos, foi limitado o tempo de reunião em uma hora e o horário de realização foi pactuado a partir da singularidade de cada EQSF. Uma vez que no município há 05 EQSF’s, foi pactuado um dia para cada, sendo essa definição em comum acordo entre ambas. Em relação aos profissionais envolvidos, foi discutida a inviabilidade de participação de toda a EQSF semanalmente, portanto, as reuniões são realizadas entre equipe do Nasf, enfermeira da EQSF e coordenadora da APS e quando necessário, outro profissional. Para cada EQSF há um caderno de ata, onde são registradas todas as reuniões. Sendo assim, as reuniões de matriciamento são espaços semanais, com duração de uma hora, entre equipe do Nasf, enfermeira e coordenação da APS, constituindo-se como momentos de discussões de casos, referenciamento e contrareferenciamento de usuários, construção de PTS’s, levantamento e analise das necessidades da equipe e do território, planejamento e monitoramento de ações, apoio na elaboração do cronograma mensal e demais processos de trabalho, abordagem nas relações pessoais/ profissionais das equipes, constituindo-se em um espaço continuo de educação permanente e ampliação de olhar. INDICADORES/VARIÁVEIS/COLETA DE DADOS: Número de casos referenciados para cada profissional e por equipes

As Equipes de Saúde da Família (EqSF’s) são consideradas referência pelo cuidado de certa população em um território definido sob sua responsabilidade sanitária. Dessa forma, devem estar acessíveis para acolher a demanda e realizar o acompanhamento dessa população de maneira longitudinal por meio de ações de promoção, de prevenção, de tratamento, de reabilitação, de redução de danos e coordenar seu cuidado na Rede de Atenção à Saúde (RAS). A missão do Nasf, por sua vez, é a de apoiar o trabalho dessas equipes na RAS, ampliando a abrangência, o escopo e a qualidade das ações na Atenção Básica e a de contribuir para o aumento de sua capacidade de cuidado.O pressuposto que deve ser seguido, independentemente da configuração da ação, é a pactuação conjunta sobre o que será realizado e a manutenção da coordenação do cuidado com as EqSF’s. É importante ressaltar que a atuação utilizando a lógica do apoio matricial significa compartilhamento/colaboração, mesmo em situações em que sejam realizadas intervenções específicas do profissional do Nasf. Nesses casos, a equipe de referência deve participar na definição das ações e na sua avaliação, buscando aprimorar o seu próprio fazer em saúde.Em geral a equipe de referência identifica as necessidades e demandas da população e do território adscritos, e, buscando soluções, demanda apoio aos profissionais do Nasf utilizando, principalmente, as reuniões de matriciamento para a construção das propostas de intervenção.A garantia da participação dos profissionais (Nasf e EqSF) em encontros periódicos e permanentes com cada uma das equipes vinculadas pode reduzir as angústias decorrentes da lógica do apoio matricial. Uma vez garantida essa participação pelos profissionais e pela gestão, as reuniões podem se configurar como: espaços em que são pactuadas as diferentes ações, modos de acionamento do apoio em situações urgentes ou imprevistas e formas de contato para repactuação de ações já agendadas (organização e a execução do trabalho integrado entre Nasf e as EqSF)

Diante dos desafios da atual conjuntura em que se encontra o país, com uma população adoecida, superlotação dos serviços de saúde, longas filas de espera por especialidades, retorno de doenças epidemiologicamente controladas, aumento da incidência de doenças crônicas não transmissíveis, aumento da judicialização de saúde e controle de gastos públicos há necessidade de otimização de processos de trabalho resolutivos, de curto prazo, de baixo custo e de impacto na saúde da população. Portanto, estratégias simples como a implantação de reuniões de matriciamento se mostraram eficazes enquanto política de gestão para fortalecimento da APS e aumento da resolutividade do cuidado com sua população.

Principal

Denner Lúcio Pacheco, Iolanda Cotta Parma, Luciana das Graças Henrique E Monique do Val de Souza.

nasfpc@yahoo.com.br

A prática foi aplicada em

Paula Cândido

Minas Gerais

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Instituição

Rua Capitão Martinho, S/N, Centro

Uma organização do tipo

Instituição pública

Foi cadastrada por

Denner Lúcio Pacheco, Iolanda Cotta Parma, Luciana das Graças Henrique e Monique do Val de Souza.

Conta vinculada

A prática foi cadastrada em

04 jan 2022

e atualizada em

14 set 2023

Início da Execução

Fim da Execução

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Arquivos

TAGS

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