O Centro de Atenção Psicossocial de Rio Tinto é um serviço que desenvolve ações e atividades a fim de ofertar um trabalho qualificado aos seus usuários, como também oferecer atendimento a toda população que esteja precisando desse serviço essencial.
As atividades de rotina do serviço são complementadas com ações de prevenção, proteção e promoção da saúde com desenvolvimento de palestras de orientações além de trabalhar temas específicos de datas alusivas na saúde.
Neste sentido, o vínculo criado pela Equipe com seus usuários, durante o acolhimento e a apresentação na ocasião do Projeto Terapêutico, entendeu-se sobre as fragilidades de saúde e atividades que eles gostam de realizar. É neste momento que a Equipe diagnosticou que muitos dos usuários do CAPS estavam em situação vulnerável como o desemprego, reconhecendo, assim, a necessidade de desenvolver atividades que promovessem a aquisição de um ofício e geração de renda.
Em Brasil (2008), encontramos o Projeto Terapêutico como um instrumento que permite à equipe profissional executar e planejar a clínica tanto entre si quanto com o usuário, explorando a cooperação dos diferentes saberes dos atores envolvidos para que assim possa atingir as legítimas necessidades de saúde do usuário enquanto formula e reformula as práticas profissionais.
A partir desta avaliação, houve o planejamento das atividades a serem ofertadas através das Oficinas terapêuticas, realizadas por profissional artesã no CAPS do município de Rio Tinto.
Objetivo geral
– Proporcionar aos usuários do CAPS alternativas para desenvolverem atividades que proporcionem autonomia financeira.
Objetivos específicos:
– Fortalecer a autoestima e autoconfiança dos pacientes em acompanhamento para sofrimento mental.
– Proporcionar inclusão dos usuários no mercado de trabalho principalmente de forma autônoma.
– Estimular a coordenação motora e concentração, ocasionando redução aos sintomas de psicoses.
O Centro de Atenção Psicossocial de Rio Tinto fortaleceu durante o ano todo, ações que visaram a oferta de um atendimento de qualidade aos seus pacientes, realizando encontros com usuários e familiares e orientando sobre a importância da frequência nas atividades terapêuticas e a adesão ao acompanhamento com os profissionais do serviço.
Em seu planejamento a Equipe levou em consideração a necessidade de ofertar atividades que gerassem emprego e renda desta forma, incluiu no cronograma das oficinas terapêuticas os trabalhos artesanais, cursos de aperfeiçoamento e orientações para algum ofício.
As oficinas acontecem semanalmente no período da manhã com duração de 2 horas, sendo coordenadas pela gestora do serviço e tendo como apoio a artesã e equipe multiprofissional, as atividades são voltadas para os pacientes em tratamento.
Os cursos e atividades: Oficina de artesanato com a confecção de enfeites carnavalescos e para festas como o São João e Natal. Oficinas culinárias. Oficina de pintura em tecidos/tela, bordado em fita, colares de viés, fuxicos e artesanato de Bambu.
Ressalta-se que os trabalhos são todos elaborados pelos usuários do serviço, e além de proporcionar conhecimetos para trabalharem com artesanatos manuais e adquirirem uma fonte de renda, colabora para a interação social com melhora significativa do quadro de sofrimento psíquico, é momento onde podem relaxar e interagir se sentindo como parte de algo o que se torna eficaz na reabilitação psicossocial.
Como resultado desta prática que envolve usuários do CAPS e sua equipe de saúde obtivemos a melhoria na qualidade de vida destes pacientes além do visível fortalecimento do vínculo com os seus familiares e comunidade.
Os itens elaborados nas oficinas terapêuticas, são distribuídos para os usuários que se fazem presentes, alguns ficam no serviço e são expostos em feiras e mostras durante festividades municipais de forma a valorizar o trabalho realizado por eles.
A organização e planejamento de ações de saúde englobando as necessidades dos pacientes proporcionou uma melhor conexão dos profissionais e o fomento de atividades de proteção e promoção da saúde em ambiente que procura aliviar o sofrimento psíquico daqueles que ali estão.
A possibilidade destes pacientes poderem exercer sua criatividade e a interação com o grupo traz como consequência uma melhora na qualidade de vida, ao mesmo tempo em que os profissionais utilizam este espaço para potencializar as intervenções através do diálogo e da socialização com estes usuários.
Os relatos de muitos usuários é que, a partir das oficinas terapêuticas se sentem capazes e entusiasmados para dar continuidade às atividades no seu cotidiano ou seja, quando estão fora dos serviços do CAPS.
Com base no entendimento da equipe de saúde do CAPS de Rio Tinto, Paraíba, acerca das fragilidades enfrentadas por alguns usuários, como o desemprego, foi possível redirecionar as atividades oferecidas nas Oficinas Terapêuticas levando em consideração os interesses dos pacientes em adquirir habilidades e conhecimento para desenvolver atividades geradoras de emprego e renda.
Ao mesmo tempo, esses momentos proporcionaram aos pacientes a autoconfiança, autonomia, autoestima, diminuição nos estereótipos de incapacidade criando ao mesmo tempo, uma aliança terapêutica entre usuários e profissionais através da escuta ativa, contribuindo para vínculo com a equipe e para a redução das internações psiquiátricas.
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