A presente oficina é uma das atividades terapeuticas ofertada aos assistidos do Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e outras Drogas de Barra Mansa, que vem desenvolvendo o cognitivo dos pacientes e incentivando-os junto ao seu projeto terapêutico.
O trabalho é ofertado pela equipe técnica de saúde mental do município e periodicamente passa por atualizações e reflexões dos impactos positivos ao acolhido. Sendo que atualmente, 50 pacientes participam de forma ativa no projeto durante as oficinas de produção, coordenadas pelo artesão Luiz Cláudio na parte produtiva.
A proposta é fomentada após a equipe ser capacitada virtualmente no mês de outubro de 2023, para um trabalho voltado a economia solidária.
A economia solidária é uma forma de produção, consumo e distribuição de riqueza (economia) centrada na valorização do ser humano e não do capital/dinheiro. A economia solidária se constrói como uma alternativa de geração de trabalho e renda, sobretudo àqueles que mais se encontra em vulnerabilidade social, que dentro do serviço são direcionados os pacientes encaminhados pelas respectivas referencias técnicas e faz parte do seu desenvolvimento e acompanhando o projeto terapêutico.
O princípio da economia solidária é a apropriação coletiva dos meios de produção, a gestão democrática das decisões por seus membros, e a deliberação coletiva sobre os rumos da produção, sobre a utilização dos excedentes (sobras) e, também, sobre a responsabilidade coletiva quanto aos eventuais prejuízos da organização, Valmor Schiochet, IPEA, 2009.
A presente proposta é aplicada por Luiz Cláudio, às terças-feiras de 14:00h ás 15:00h nas confecções dentro das aividades de ateliê e pelo pedagogo Johnes Hebert V. Evangelista que compete inserção dos produtos confecionados a serem remanejados nos espaços para respectivas vendas. O equipamento por ser uma equipe multiproficional possisbilita essa troca de saberes e enriquece o processo de ensino aprendizagem junto aos participantes.
A iniciativa ainda estar em curso na parte de produção, mas há um desejo para que a equipe comece fazer articulações entre os pacientes, a rede pública em suas diversas secretarias, em todas as esferas (municipal, estadual e federal), agentes públicos, inciativa privada e terceiro setor. Caberá e equipe responsável desse projeto mediar os espaços necessários e infraestrutura necessária com base o orçamento institucional disponível e as parcerias construídas para tornar a atividade viável e prática.
Assim que prosseguir a parte de venda será pensado a respectiva logistica e a melhor forma de deixar pronto para que o usuário consiga gerenciar e garantir seu devido protagonismo.
Esse protagonismo é um combo de ações articuladas que perpassam pela equipe técnica e demais agente colaborativos e coordeção institucional.
O objetivo é fornecer as ferramentas necessárias para que os assistidos do CAPS-AD-Barra Mansa, conhecido como, Espaço Reviver- faça uma reflexão sobre o mundo ao redor e aprenda novas atividades a partir disso. É um caminho simples que perpassa por exemplo com confecção de produtos como colcha de retalhos e outros no próprio atelie.
Oficinas do gênero são ótimas para esimular a autogestão para desenvolvimento cognitivo, pois envolvem elementos importantes, como interação social, facilitam o aprendizado, incentivam a imaginação e a criatividade.
O projeto se justificar pois dentro da própria instituição, hoje, já consta com uma equipe multidisciplinar disponível que já realiza ações fixas na unidade. Dentre as ações as oficinas, a oficina Oportunizar, que é um elo de ligação entre a capacitação do usuário e suas possíveis oportunidades ao mercado de trabalho, trabalhando sua reinserção. Assim como os grupos terapêuticos abrangendo a saúde mental dos pacientes e construindo diversos materiais artísticos dignos de exposição e instrumento de renda.
A transversalidade nesse projeto é iniciar uma ação entre os pacientes até ao ponto de uma geração de renda. Dentro os produtos confeccionados, haverá uma colcha em retalhos, relógio sustentável, um vaso em macramê e posterior a estamparia. As atividades propostas estão dentro de um calendário previamente construído pelo profissional. Cada proposta, demora em torno máximo três coletivos de construção. Os custos, principalmente os iniciais, estão previstos no orçamento do programa. A lista dos materiais necessários a complementar a parte reciclável fica a cargo da coordenação institucional viabilizar. Cada peça confeccionada há uma previsão de venda de R$ 15,00 às 250,00 reais.
Serão trabalhados em eixos: Político, Econômico e Saúde e Bem-estar:
Político: No sentido de políticas públicas e suas devidas articulações com os agentes públicos municipais e outros. Buscando um local para sua execução, criar suas estruturas físicas e materiais para iniciar, dentre outros.
1. Apresentar o projeto aos agentes que podem contribuir no processo de sua evolução, como a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Barra Mansa. Especialmente, a gerência de turismo,
2. Desenvolver de forma perspicaz, um trabalho ao ponto do mesmo ser cadastrado junto ao Governo Federal, na Secretaria Nacional de Economia Solidária – SENAES, no Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários – CADSOL.
Econômico: Garantindo seu devido orçamento e fazendo a suas devidas prestações de contas realizadas pelo paciente.
1. Incluir na Flumisul, anualmente a venda dos artesanatos já produzidos pelos usuários e fazer um mapeamento do custo e do lucro. Mensalmente, promoção de feiras de artesanato local.
2. Analisar a possibilidade junto a equipe e o SEBRAE Regional a criação de uma associação.
3. Com a criação da associação, a mesma poderá de forma similar a outros projetos nacionais, recursos e infraestrutura independente.
Saúde e Bem-estar: Um pilar fundamental que é trabalhar junto ao paciente seu bem estar na produção dos seus produtos de forma terapêutica.
1. Que a rentabilidade dos produtos ofertados e vendidos, sejam revestidos em ações de lazer e bem estar aos pacientes produtores.
Uma consideração quantitativa é que já se tem um acervo de artesanatos produzidos pelos usuários de forma significativa. Chegamos ao momento que às oficinas trabalhem a conscientização visando a produção até a venda final. Pensando o lugar terapeutico como também o impacto do resultado em articulação com o projeto terapeutico singular.
Na análise qualitativa, é perceptível os esforços individuais e coletivo para prosseguimento das ações e amadurecimeno técnico/profissional nas confecções.
Uma análise minunciosa apresenta uma participação volátil não se criando um ambiente sequencial e estável conforme ideal. O tempo em aguardar o manuseio da matéria prima é um desafio em processo de superação.
Os pontos fortes para prosseguimento, há uma compreensão entre os pacientes e profissionais, que é a expertise que os pacientes transitam entre uma oficina e outra e isso fortalece e estiga a criatividade do indivíduo. A expectativa da equipe é que essas ações alcancem seu melhor patamar e visto que nenhum dos mesmos havia experiência própria para iniciar, tudo foi fruto de uma interlocução de saberes interlaçada pela coordenação, que se tem uma formação em serviço social.
É notório o quão ações terapeuticas similares, ao serem trabalhadas com usuário atendido no CAPS AD – Espaço Reviver, no municipio de Barra Mansa, o resultado é significativo até mesmo no processo de criação dos vinculos entre paciente e técnico. O olhar terapeutico do técnico de referência em articulação com a produção e o desejo da pessoa em atendimento, irá proporcionar a construção de vínculos e as possibilidades no cuidado da aenção biopsicosocial e a relação do produto final enfatizando a peculiaridade da clinica AD.
E há uma previsão que as primeiras vendas ocorra ainda no primeiro semestre do ano corrente. Há uma previsão que após comercializar os produtos a rentabilidade fique de R$ 100,00 a R$ 500,00 reais mensais. Renda esta que será revestida integralmente para ações de lazer e cultura ou passeios turisticos.
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