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O Planejamento como Estratégia Municipal de Fortalecimento Das Ações de Imunização na Região de Saúde Garças Araguaia

A identificação da situação da Imunização no país apresentada nos resultados da pesquisa nacional intitulada , Pesquisa Nacional sobre Cobertura Vacinal, seus múltiplos determinantes e ações de imunização nos territórios municipais brasileiros” do Núcleo de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais – NESCON/FM/UFMG em parceria com o Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde -CONASEMS e o Ministério da Saúde-MS realizada no ano de 2021 com os gestores municipais de saúde, nos desafia a buscar estratégias para converter o quadro atual. A meta não é somente melhorar cobertura vacinal, mas principalmente manter a população protegida de doenças que são comprovadamente preveníveis com a aplicação de vacinas e que em outro momento foram até erradicadas. Na Região Garças-Araguaia, identifica-se uma parcela da população que “desconfia” da eficácia das vacinas no controle de doenças, com isso tem se propagado informações sem embasamento técnico-científico e consequente receio da população em se vacinar, evasão das salas de vacina, diminuição da credibilidade na eficácia das vacinas dificultando a execução das ações de imunização. Mesmo com grande parte das salas de vacinas estruturadas e equipadas com câmaras refrigeradoras adequadas, em alguns municípios desta região de saúde, as redes de frio apresentam alguma fragilidade com espaços físicos e equipamentos limitados e inadequados. As informações referentes a imunização da população indígena são digitadas pelas equipes de saúde indígena em um sistema de informação específico (SIASI) e não migram para o Sistema de informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI). A ausência de interoperabilidade entre os sistemas de informação, contribui para que estas informações não cheguem à base de dados nacional criando uma lacuna na cobertura vacinal dos municípios com este perfil. Os municípios têm empregado inúmeras estratégias para ampliar o acesso da população às informações confiáveis, com o objetivo de contrapor as informações falsas e assegurar à população a efetividade da vacinação, redução do número de casos graves, internações e óbitos. A principal estratégia adotada pela região de saúde foi, a partir de uma análise situacional da imunização em cada município, considerando os resultados apresentados na pesquisa e as singularidades loco regionais, construírem um Plano Municipal de Imunização com diretrizes, objetivos, metas e indicadores para subsidiar a tomada de decisão da gestão municipal, organizar os processos de trabalho e qualificar as ações de imunização local. Tendo como objetivo primordial a manutenção da saúde da população, foi realizado pelo Escritório Regional de Saúde Barra do Garças (ERSBG), uma Oficina onde foram discutidos problemas referentes a imunização e a proposta de elaboração do Plano Municipal de Imunização a ser executado em 2023 por cada município. Para a concretização deste planejamento, equipes técnicas das salas de vacinas, Coordenadores da APS, Coordenadores da Vigilância em Saúde juntamente com a Equipe Técnica do ERSBG, reuniram para discutirem os resultados da pesquisa, analisando os indicadores e através da problematização, construíram o Plano Municipal de Imunização/2023 utilizando um instrumento norteador elaborado pela equipe técnica do ERSBG onde foram descritas as ações previstas, orçamento e responsáveis pela execução.

A identificação da situação atual apresentada nos resultados da Pesquisa realizada pelo NESCON/UFMG , CONASEMS e MS, nos desafia a buscar elementos que possam converter de forma positiva o quadro atual. A meta não é somente melhorar cobertura vacinal, mas principalmente manter a população protegida de doenças que são comprovadamente preveníveis com a aplicação de vacinas e que em outros momentos já foram até erradicadas. Na região Garças-Araguaia, identifica-se uma parcela da população que “desconfia” da eficácia das vacinas no controle de doenças, com isso observa-se a propagação de informações sem embasamento técnico-científico, refletindo negativamente, dificultando assim a execução das ações de imunização. As Fake News, a hesitação (receio) da população em se vacinar, a evasão das salas de vacina, a diminuição da credibilidade na eficácia das vacinas, mudanças no estilo de vida cotidiano, interferem na responsabilidade sanitária individual, o que pode justificar os números apresentados nos resultados. Considerando a organização dos processos de trabalho, a integração das ações da Vigilância em Saúde (VS) com a Atenção Primária à Saúde (APS) pode ser considerada um dos grandes desafios enfrentados, pois não é possível desenvolver as atividades relacionadas à imunização sem que haja amplo diálogo entre as duas áreas. É imprescindível que prevaleça o objetivo comum, buscando soluções conjuntas e de maneira organizada. De maneira geral a informatização trouxe benefícios para a imunização, como a agilidade para computar os dados. Por outro lado, houve uma perda no que se refere a recursos humanos, visto que em decorrência da evolução tecnológica se perdeu bons profissionais (vacinadores) os quais não conseguiram acompanhar as exigências do conhecimento relacionado a informática dentro da sala de vacina. Somado a esta problemática as constantes mudanças ou atualizações dos sistemas de informação causam transtornos aos vacinadores, visto que são os mesmos profissionais que operam os sistemas de informação e que administram as vacinas. Mesmo tendo conhecimento de que a população indígena vem recebendo as doses dos imunizantes, a falta de interoperabilidade entre os sistemas de informação, proposta anteriormente pelo PNI na Nota Informativa nº047/2018-CGPNI/DEVIT/SVS/MS, não foi implementada até o presente momento, o que contribui para que estas informações não cheguem até a base de dados nacional. As informações geradas pelas equipes de Saúde Indígena são digitadas em sistema de informação específico e não migram para o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIPNI). Referida situação cria uma lacuna na CV’s dos municípios com população indígena, corroborando para queda do índice de cobertura vacinal. A população normalmente estimada para a realização de vacinação, é questionada por alguns municípios que alegam não possuir aquele contingente populacional, e em outra situação diferente desta, alguns apresentam super coberturas por serem municípios fronteiriços com o estado de Goiás e vacinarem crianças provenientes deste estado. Outro desafio não menos importante, está relacionado ao recebimento de imunobiológicos com prazo de validade próximo à data de expiração e a apresentação de frascos multidoses, não sendo possível identificar se essa situação é ocasionada a nível federal ou estadual, o que acarreta perda significativa de doses e transtornos locais. No que se refere à Rede de Frio, ainda que grande parte das salas de vacinas estejam estruturadas e equipadas com câmaras refrigeradoras, em alguns municípios desta região de saúde, as redes apresentam espaços físicos pequenos, além de ainda utilizarem refrigeradores domésticos.

Diante das situações relatadas, os municípios têm empregado inúmeras estratégias para ampliar o acesso da população às informações confiáveis, valendo-se dos meios de comunicação social. Com o objetivo de contrapor as informações falsas e assegurar à população a efetividade da vacinação, redução do número de casos graves, internações e óbitos, utilizam da ampla divulgação de Notas Técnicas, Boletins Epidemiológicos e Vacinômetro. Porém a principal estratégia adotada por esta região de saúde foi, a partir de uma análise situacional da imunização em cada município, considerando os resultados apresentados na Pesquisa da NESCON UFMG, e as singularidades loco regionais construírem um Plano Municipal de Imunização com diretrizes, objetivos, metas e indicadores para subsidiar a tomada de decisão da gestão municipal, organizar os processos de trabalho e qualificar as ações de imunização local. Tendo como objetivo primordial a manutenção da saúde da população, conscientes que a prevenção tem custo reduzido e a necessidade da organização dos serviços, colocando em prática eficazes no que concerne a imunização, foi realizado pela Regional de Saúde Garças Araguaia, uma oficina onde foram discutidos problemas referentes a imunização e a proposta de elaboração do Plano Municipal de Imunização a ser executado em 2023 por cada município. Para a concretização deste planejamento, as equipes técnicas das salas de vacinas, Coordenadores da APS, Coordenadores da Vigilância em Saúde juntamente com a Equipe Técnica do Escritório Regional de Saúde, reuniram para discutirem os resultados da pesquisa, analisaram os indicadores e através da problematização, construíram o Plano Municipal de Imunização, utilizando um instrumento norteador elaborado pela equipe técnica do Escritório Regional de Saúde de Barra do Garças/MT onde foram descritas as ações previstas, orçamento e responsáveis pela execução. Neste Plano, individualmente cada município organizou uma agenda elencando ações a serem desenvolvidas no decorrer do ano de 2023 com objetivo comum de melhorar as coberturas vacinais. Dentre as ações propostas nos Planos Municipais de Saúde, visando contribuir para a melhoria das coberturas vacinais apresentadas nos últimos anos, ressalta: 1- Adequação e estruturação das salas de vacinas e das Redes de Frio Locais; 2- Fortalecimento do Programa Saúde nas Escolas (PSE) desenvolvendo maior número de atividades de consientização sobre a importância da vacinação, seus benefícios e as doenças preveníveis; 3- Realizar busca ativa de faltosos, utilizando os recursos disponíveis nos sistemas de informação com a emissão de relação nomainal dos indivíduos; 4- Mobilizar e estimular os Agentes Comunitários de Saúde capacitando-os para identificar cadernetas de vacinação incompletas e assim oferecer orientações a população sobre imunização; 5- Fortalecer os vínculos entre as instituições de saúde, educação, conselho tutelar, ação social, igrejas e universidades com objetivo de todas elas serem instrumentos de reflexão sobre os benefícios da vacinação, orientação sobre a vacinação, identificação dos faltosos, a adesão e combate as Fake News; 6- Orientar as gestantes no pré-natal e as puérperas quanto à importância da vacinação nestas etapas de vida para mãe e filho; 7- Realizar escala de horários diversificados para salas de vacinas com objetivo de ampliar o acesso da população; 8- Promover dia “D”, contemplando outras vacinas, não apenas em campanhas específicas; 9- Elaborar calendário para capacitações periódicas em sistemas de informação, Atualização em sala de vacina e Administração de BCG; e 10- Desenvolver Campanhas Publicitárias, com entendimento claro e simplificado utilizando meios acessíveis a toda população (carro de som, rádio, TVs, folders, mídias sociais, feiras, pit stops, drive thru, lista de transmissão por aplicativo de mensagens, etc).

O processo vivenciado pelos técnicos das Secretarias Municipais de Saúde da Regional Garças Araguaia durante a realização da Oficina para elaboração do Plano Municipal de Imunização, a partir da análise situacional e problematização dos vários entraves enfrentados pela imunização em seu território, possibilitou a conscientização da importância do planejamento das ações na condução da imunização. A análise dos indicadores, as discussões sobre problemas vivenciados levantados por cada equipe e a proposição de objetivos, metas e indicadores, já são resultados positivos considerando as reflexões relatadas por diversas percepções O direcionamento das atividades referentes a imunização em 2023 com a aplicação de um plano orientador, com certeza contribuirá para um melhor desempenho que poderá ser confirmado através da melhoria dos indicadores vacinais.

Principal

Auxiliadora M Gidrao Dantas

Coautores

Ivi Machado da Rosa, Lidyane Synara Gomes de Sousa, Luanna Maria dos Santos Martins , Deriane Gouveia de Oliveira

A prática foi aplicada em

Região

Esta prática está vinculada a

Instituição

Endereço

Uma organização do tipo

Instituição Privada

Foi cadastrada por

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ideiasus@gmail.com

A prática foi cadastrada em

23 dez 2023

e atualizada em

23 dez 2023

Início da Execução

Fim da Execução

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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