Mulheres chefes de família do complexo de favelas do lins de vasconcelos

Contextualização

A experiência desenvolvida teve como foco o acolhimento e suporte a mulheres em situação de vulnerabilidade, especialmente aquelas afetadas pela crise sanitária e social da COVID-19. Com a pandemia, diversas dificuldades emergiram, como o aumento da pobreza, a falta de acesso a serviços básicos e o crescimento da violência doméstica. Nesse cenário, tornou-se essencial a implementação de estratégias voltadas para a promoção da dignidade, da segurança e do bem-estar dessas mulheres.

Objetivos

– Oferecer acolhimento e apoio a mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica.
– Garantir o acesso a itens essenciais, como produtos de higiene pessoal, alimentos e informações sobre prevenção em saúde.
– Promover atividades de empoderamento feminino, contribuindo para o fortalecimento da autoestima e da autonomia.
– Criar redes de apoio para prevenir e combater a violência doméstica e a desigualdade de gênero.

Justificativa

A vulnerabilidade social de mulheres em tempos de crise se agrava devido à desigualdade estrutural de gênero, tornando necessário um olhar específico para suas necessidades. A falta de acesso a produtos de higiene menstrual, por exemplo, compromete a saúde e a dignidade dessas mulheres, enquanto a violência doméstica intensificada pelo isolamento social exige a criação de espaços seguros para acolhimento e orientação. Assim, a implementação de ações concretas que garantam o suporte adequado se faz urgente e necessária.

Implementação e Desenvolvimento da Experiência

A iniciativa foi estruturada em diferentes etapas:

1. Mapeamento das Necessidades: A primeira fase envolveu a identificação das principais demandas das mulheres atendidas, considerando aspectos como saúde, segurança e assistência social.

2. Captação de Recursos: Foram mobilizados recursos financeiros e materiais por meio de campanhas, parcerias com instituições e doações de voluntários e empresas.

3. Distribuição de Kits de Higiene e Alimentos: Foram entregues produtos de higiene pessoal e cestas básicas, com enfoque especial em absorventes e itens essenciais para saúde menstrual.

4. Rodas de Conversa e Oficinas: Foram promovidos encontros com profissionais das áreas da saúde, assistência social e direitos humanos, abordando temas como prevenção à violência doméstica, saúde reprodutiva e inserção no mercado de trabalho.

5. Articulação com Redes de Apoio: A iniciativa conectou as mulheres com serviços públicos e organizações de suporte, garantindo encaminhamentos para assistência psicológica, jurídica e de qualificação profissional.

A experiência demonstrou a importância da ação integrada entre sociedade civil, instituições públicas e organizações do terceiro setor, criando um impacto positivo na vida das mulheres beneficiadas. A continuidade e ampliação do projeto são fundamentais para garantir que mais mulheres possam ter acesso aos seus direitos e viver com dignidade.

Este projeto surgiu da identificação do impacto negativo da pobreza menstrual na vida de mulheres vulneráveis, limitando sua participação social, escolar e laboral. A oportunidade identificada foi a criação de um sistema de distribuição de absorventes aliado à educação menstrual, promovendo saúde e dignidade.

Resultados Alcançados e Esperados

A prática resultou em diversos benefícios para as participantes, incluindo:

– Aumento do acesso a direitos: Mais mulheres foram incluídas em programas sociais e de assistência.

– Melhoria na qualidade de vida: O suporte psicológico contribuiu para o bem-estar emocional.

– Empoderamento feminino: Oficinas e capacitações incentivaram a autonomia financeira.

– Inovação na abordagem comunitária: O projeto fortaleceu a rede de apoio entre as beneficiárias.

Lições da Implementação

– Importância do acolhimento humanizado: A escuta ativa foi essencial para fortalecer os vínculos e oferecer suporte eficaz.

– Necessidade de parcerias estratégicas: A colaboração com órgãos públicos e privados potencializou o alcance da iniciativa.

– Flexibilidade e adaptação: Durante a pandemia, ajustes foram feitos para garantir o atendimento contínuo.

Para aqueles que desejam implementar uma prática similar, os autores sugerem:

1. Mapeamento das Necessidades: Realizar um diagnóstico da comunidade para entender suas demandas específicas e adaptar a abordagem conforme necessário.

2. Parcerias Estratégicas: Estabelecer alianças com organizações locais, órgãos públicos e voluntários para ampliar o impacto e garantir recursos.

3. Capacitação da Equipe: Investir na formação dos profissionais e voluntários envolvidos, garantindo um atendimento qualificado e humanizado.

4. Engajamento da Comunidade: Incentivar a participação ativa da população beneficiada, promovendo um senso de pertencimento e responsabilidade coletiva.

5. Monitoramento e Avaliação: Criar mecanismos de acompanhamento e avaliação contínua para medir os resultados e ajustar a prática conforme necessário.

6. Sustentabilidade do Projeto: Buscar fontes de financiamento, como editais e doações, para garantir a continuidade das ações ao longo do tempo.

Principal

Carlos Alberto de Jesus Reis

amac.lins25@gmail.com

Presidenta

Coautores

Carlos Alberto de Jesus Reis, Sheila Furtunato Esperidião

A prática foi aplicada em

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Rua Heráclito Graça, 507 - Lins de Vasconcelos, Rio de Janeiro - RJ, Brasil

Uma organização do tipo

Terceiro Setor

Foi cadastrada por

Sheila Furtunato Esperidião

Conta vinculada

03 fev 2025

CADASTRO

03 fev 2025

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Arquivos

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