Esse trabalho atenta para uma nova prática em saúde, que se diferencia pela sensibilidade de seus atores em protagonizar inovações na promoção da saúde em atividade conjunta com a comunidade. Além de desenvolver a capacidade de acadêmicos de diferentes cursos da área da saúde, no que diz respeito à avaliação e identificação de necessidades das famílias, em atividade com os indivíduos em comunidade. Assim como tenda, a maloca do conto tem como metodologia o uso de objetos antigos que lembrem história e evoquem o passado. No centro social comunitário é montada a maloca, com folhas, palhas, bambus e uma rede. Ao centro uma canoa dá lugar à cadeira onde os usuários irão entrar, sentar e com seus objetos contar suas historias. A caminho de uma pescaria, utilizando a mesma como meio de transporte para ir aos grandes centros ou voltando com caças para tribo. Neste vai e vem da canoa sobre as águas do rio, se desenrola o conto. Em roda, coordenada por um membro preparado teoricamente, os participantes da maloca se dirigem a canoa e, munidos de algum objeto que represente suas memórias, compartilha com o grupo uma história, um conto, uma música, uma dança, um verso ou uma brincadeira que seja representada com aquele objeto.
A maloca do conto se constitui como uma dinâmica de encontro, onde o processo de aprendizagem ocorre a partir das trocas e saberes e de experiências. Idealizada e implementada pioneiramente por Gadelha da ESF em Panatins, Natal (RN), esse trabalho em equipe oferece para os profissionais de saúde a oportunidade otimizar o acolhimentos e de estabelecer vínculos com a comunidade. Dentre as experiências de abordagem comunitária, a tenda do conto foi eleita como ferramenta de trabalho para estreitar os vínculos entre a comunidade Moita Verde, Parnamirim (RN) e membros da Liga Acadêmica Multidisciplinar de Saúde da Família e Comunidade. Transformamos a tenda para nossa realidade, hoje maloca do conto por se tratar na grande maioria de usuários indígenas de várias etnias. Regionalizamos as ações de saúde para nossa realidade, dessa forma estamos aproximando/envolvendo os comunitários com as ações em saúde. A comunidade Nossa Senhora do Livramento está situada à margem esquerda do Baixo Rio Negro no Igarapé do Tarumã- Mirim da foz com o Rio Negro na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé (RDS-TUPÉ, que fica a 8km de Manaus capital do estado do Amazonas e seu acesso é somente por via fluvial). Sua população é mista composta por indígenas e ribeirinhos média de 1.300 habitantes e 300 famílias.
Em atividade com a comunidade abordando temas como: saúde do homem, saúde da mulher, saúde e estatuto do idoso, hiperdia, grávidas, crianças/adolescente, uso de objetos antigos nas atividades diárias, tabagismo, etilismo, educação física (prevenção de quedas), brincadeiras populares e educação. Com essa atividade pudemos conhecer como a comunidade se mostra organizada e seus valores culturais. Os comunitários relataram ser um espaço de valorização de suas experiências e vivências, a troca de experiências, o desabafo são os remédios para seus problemas, tratados em um ambiente lúdico e acolhedor
Av. Mário Ypiranga, 1695 - Adrianópolis, Manaus - AM, Brasil
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