Atualmente, um dos maiores desafios para os gestores em saúde é o crescente número de judicializações referente a produtos, tratamentos e procedimentos de saúde que na grande maioria não são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que demanda planejamento sobre a gestão do orçamento da saúde em relação aos serviços prestados (CHIEFFI, BARATA, 2010). A política de assistência farmacêutica de fornecimento de medicamentos segue o princípio da universalidade. A lei que rege sobre o direito à saúde e políticas do SUS não são direcionadas a uma classe social específica ou com limites de recurso financeiros para compra de medicamentos, embora há certos medicamentos que não são ofertados pelo SUS nas unidades de saúde (MEDEIROS, DINIZ, SCHWARTZ, 2013). O aumento do número de ações acarreta em transtornos para o setor público de finanças do Estado, que acaba sendo ineficiente, pois perde seu poder de compra. A distribuição de medicamentos de forma inconsequente privilegia pacientes com maior recursos financeiros para custear advogados e acesso à informação, gerando prejuízos em relação aos que tem maior necessidade (VIEIRA, 2008).Levantamento de dados através da Secretaria Municipal da Saúde de Ituverava (SP), referente aos anos de 2011 a 2016, do número de judicializações de medicamentos, gasto financeiro e quais os medicamentos de menor e maior custo.
A finalidade do presente trabalho foi analisar o impacto da judicialização de medicamentos na saúde no município de Ituverava (SP) e a atuação da Comissão de Avaliação Técnica auxiliou na redução de gastos.
O crescimento exacerbado da judicialização em saúde referente a medicamentos e insumos deste município, com isso uma das premissas do SUS está no atendimento coletivo, e com esse crescimento da judicialização, percebemos o comprometimento deste atendimento, assim, há uma necessidade de entender melhor esse processo através de dados obtidos pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Ituverava, podendo ser mudado paradigmas para que haja atendimento de qualidade, para mais usuários e com aplicação correta dos recursos, assim foi feito, através da criação da CAT, comissão que com sua equipe multiprofissional, pode avaliar todas as ações, e requerimentos administrativos que são inseridos na SMS de Ituverava. Podemos observar uma diminuição nos gastos em 2016 (R$ 684.900,27) em relação a 2015 (R$ 922.028,80), cerca de 26%, mesmo com um aumento do número de ações em 2016 (128), maior que em 2015 (109), chegando a 19% a mais do que em 2015. Portanto, esperamos com a criação da CAT. Poder contribuir com uma melhor distribuição dos medicamentos e insumos, atingir a coletividade e sem injustiças, podendo atender a população dentro dos princípios que norteiam o SUS.
Rua Coronel José Nunes da Silva - Vila Sao Francisco, Ituverava - SP, Brasil
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ATUALIZAÇÃO