FINALIDADE DA EXPERIÊNCIA: Considerando o alto número de casos de violência autoprovocada, a dificuldade de abordar esse tema pelos profissionais da atenção básica e a possível subnotificação, que poderia elevar ainda mais os números do SINAN, foi realizada capacitação durante todo o ano de 2016, para todos os profissionais que atuavam da rede básica (zeladores, administrativos, auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos e profissionais do núcleo de apoio ao saúde da família).DINÂMICA E ESTRATÉGIAS DOS PROCEDIMENTOS USADOSFoi feita análise criteriosa dos dados do SINAN, de 2011 a 2015, com relação a notificações de violência. Dentre as notificações destacou-se o número elevado de tentativas de suicídio e óbitos em decorrência dele. Em 2011, foram 57 notificações de tentativas de suicídio, em 2012 foram 313 , em 2013 foram 513, em 2014 foram 515 e em 2015 foram 646.Tendo em vista os dados observados foi formado o comitê de prevenção e posvenção ao suicídio no final de 2015, composto por representantes da universidade local, CVV, Corpo de Bombeiros, técnicos da vigilância e promoção da saúde. Como produto do comitê, foram traçadas estratégias para lidar com o tema. Dentre elas, a principal foi a realização de capacitação sobre o tema para todos os profissionais da rede básica de saúde, com objetivo de sensibilização e desmistificação do tema, durante o ano de 2016. INDICADORES/VARIÁVEIS/COLETA DE DADOS: Foram formadas 12 turmas de capacitação, com 20 horas/aula, durante 4 dias seguidos, que ocorreram durante todo o ano, cada uma delas com 70 vagas, envolvendo profissionais de todas as categorias que trabalhavam nas 34 unidades básicas de saúde do município.Como professores reuniu-se um grupo de profissionais com afinidade com o tema: psicólogos, psiquiatras e representante do corpo de bombeiro. Os temas abordaram: mitos e características do suicídio
Desde 2006 existe no município de Maringá a Rede de Violência, criada a partir de incentivo do Ministério da Saúde, com o objetivo de trabalhar intersetorialmente para o cultivo da cultura da paz e prevenção da violência.A análise de dados epidemiológicos de casos de violência, notificados no SINAN de 2011 a 2015 revelou aumento de 1.000 % na notificação.Casos de violência autoprovocada constituíam cerca de 35% dessas .Observou-se que os profissionais da atenção básica possuíam dúvidas quanto à abordagem sobre suicídio, muitas vezes evitando o tema.
O uso criterioso do sistema de informação (SINAN) do Ministério da Saúde permitiu ao município o avanço na discussão e na realização de ações de prevenção e posvenção ao suicídio, com a criação de novos serviços e a qualificação dos profissionais da rede básica.
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