Em uma análise local do panorama das feridas complexas no município de Macapá/AP, realizada em 2019, constatou-se que 42 pacientes apresentavam esse agravo. Desses, a maioria (62%) tinha úlceras do pé diabético, seguidas por úlceras venosas (26%). A faixa etária predominante entre os afetados era de 50 a 60 anos, representando 47% do total, e muitos já haviam sofrido amputações em decorrência das lesões. A média de idade encontrada foi de 53,2 (±11) anos, evidenciando uma demanda significativa na população adulta jovem para um agravo crônico que impõe limitações e contribui para o absenteísmo, especialmente considerando que a maioria dos afetados são homens provedores familiares (Moura et al., 2023). Além disso, um estudo de rastreamento realizado em três unidades básicas de saúde de Macapá/AP, envolvendo uma amostra de 60 pessoas com Diabetes Mellitus, revelou que 11% apresentavam Neuropatia Diabética Periférica (NDP). Em relação à classificação de risco, 11,6% dos participantes estavam em grau de risco 1 ou 3 para o desenvolvimento de úlceras de pé diabético. Atualmente, em fevereiro de 2024, há 150 pessoas com feridas complexas em acompanhamento, a maioria delas apresentando úlceras do pé diabético. Desses pacientes, 60% são homens, com uma média de 50 anos de idade, realizando curativos pelo menos três vezes por semana, com um atendimento mínimo de 20 pessoas por dia. Como parte da linha de cuidado, as lesões em processo de epitelização são contra-referenciadas de forma acompanhada para suas respectivas estratégias de saúde da família de origem.