Grupo de dor crônica utilizando roda de conversa e Práticas Integrativas Complementares em Saúde na Atenção Primária

De acordo com a International Association for the Study of Pain (IASP), dor é uma sensação ou experiência emocional desagradável, associada com dano tecidual real ou potencial, sendo classificada como crônica quando de duração superior a 30 dias. A abordagem desta condição deve ser integral e interprofissional, na qual diferentes tecnologias e práticas podem ser empregadas. Isso requer a implementação de ações de recuperação da saúde, com foco na atenção primária, que promovam e estimulem a autonomia e o autoconhecimento dos sujeitos por meio de práticas inovadoras nas comunidades como rodas de conversa e PICS. Com isso, um Grupo de Dor Crônica Interprofissional atua como estratégia para o uso racional dos medicamentos e na construção do autocuidado apoiado, tendo como foco a troca de experiências entre usuários e profissionais no que se refere ao cuidado integral da pessoa nas diferentes áreas do saber.

Apresentar aos usuários práticas para o manejo da dor, e desenvolver sua autonomia para o controle e prevenção de incapacidades, utilizando rodas de conversas e PICS em uma abordagem de educação em saúde interprofissional. Devido alta procura de usuários com dor crônica, a fisioterapia do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (Nasf-AB) propôs a equipe da estratégia de saúde da família (ESF) o grupo interprofissional de educação em saúde para desenvolver atividades coletivas com temas relacionados à dor crônica e PICS. o grupo teve frequência mensal. Os usuários foram encaminhados ao grupo após consulta médica. em cada encontro foi realizada roda de conversa com um tema específico: fitoterapia, uso racional de medicamentos, alimentação, aspectos psicológicos da dor, exercícios e ofertadas sessões de auriculoterapia e estimulação neural. No início de cada encontro foram aplicadas a Escala Visual Analógica (EVA) da dor e Diagrama de Corlett.

Foram realizados 7 encontros em 2018, onde participaram 35 pessoas. 15 participaram 3 ou mais vezes (critério de inclusão), os quais apresentaram média na EVA de 5,9 2,89 e 5,92,91 no primeiro e no último encontro respectivamente. A diferença na EVA pode estar relacionada à frequência de sua aplicação. Quanto ao diagrama de Corlett, observou-se uma diversidade de pontos de localização da dor. 80% apresentaram 5 ou mais locais de dor em pelo menos 1 encontro. Houve uma ampla aceitação na realização das PICS, com relatos positivos sobre as práticas. Os resultados variaram de acordo com o usuário e a melhora dos sintomas foi de acordo com a adesão, envolvimento e motivação do indivíduo às propostas do grupo. A dor crônica é multilocalizada e varia em cada indivíduo. A proposta de apresentar novas opções de tratamento complementar para dor crônica foi alcançado devido a satisfação dos usuários. Essa experiência reforça a importância do atendimento interprofissional na promoção da saúde, no cuidado continuado e integral. em 2019 aperfeiçoamentos foram feitos, como a realização da EVA no início e fim de cada encontro e a inclusão de um instrumento de avaliação da qualidade de vida.

Principal

Vanise Helena Formighieri Pereira

vanise.pereira@pinhais.pr.gov.br

Coautores

Marcelo Campese,, Lilian Mitsuko Tanikawa, Valéria Hanne, Gabriela Carrascosa Molina, Talita Gianello Gnoato Zotz

A prática foi aplicada em

Pinhais

Pinhais

Pinhais

Paraná

Sul

Esta prática está vinculada a

Prefeitura Municipal de Pinhais (PR)

Rua Vitório Sbalqueiro, 174 - casa 14 - Vista Alegre, Curitiba - Paraná, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Adriane Da Silva Jorge Carvalho

Conta vinculada

23 set 2023

CADASTRO

16 ago 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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