Resumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre o uso dos florais como tecnologia leve no acolhimento e manejo das crises psiquiátricas, com foco na não-medicalização da vida e no fortalecimento de práticas terapêuticas humanizadas. A experiência do projeto SOS Florais em Santa Cruz Cabrália-BA é apresentada como um exemplo exitoso de articulação entre os sistemas florais, políticas públicas e ações comunitárias em contexto emergencial. A pesquisa foi fundamentada na literatura especializada e em relatos de vivências, demonstrando a eficácia e potência do uso dos florais em crises de sofrimento psíquico.
Palavras-chave: Terapia Floral; Crise Psiquiátrica; Práticas Integrativas; SOS Florais; Saúde Mental.

Abstract
This article proposes a reflection on the use of flower essences as a light technology for welcoming and managing psychiatric crises, focusing on the non-medicalization of life and strengthening humanized therapeutic practices. The experience of the SOS Florais project in Santa Cruz Cabrália-BA is presented as a successful example of the articulation between floral systems, public policies, and community actions in an emergency context. The research was based on specialized literature and experiential reports, demonstrating the effectiveness and potency of using flower remedies in situations of psychological suffering.
Keywords: Flower Therapy; Psychiatric Crisis; Integrative Practices; SOS Florais; Mental Health.

Introdução
A crise psiquiátrica é um fenômeno multifacetado que se manifesta a partir de alterações súbitas ou gradativas do estado emocional e comportamental de uma pessoa, exigindo intervenções que considerem sua integralidade biopsicossocial e espiritual. Tradicionalmente, o manejo dessas crises é pautado em abordagens biomédicas centradas na farmacoterapia e na contenção física ou química, como discutido amplamente por Mary C. Townsend (2020), que aponta para a necessidade de incorporar estratégias terapêuticas mais humanizadas e respeitosas.
No campo das práticas integrativas e complementares em saúde, os sistemas florais surgem como recursos terapêuticos importantes para o acolhimento e manejo de crises psiquiátricas, especialmente quando associados a tecnologias leves, como a comunicação não-violenta, a escuta qualificada e o vínculo terapêutico. Esta perspectiva alinha-se aos princípios da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), bem como aos marcos científicos que, nos últimos cinco anos, vêm sendo registrados na Plataforma Brasil, destacando a expansão do pensamento sistêmico e das constelações familiares como recursos de promoção da saúde mental.
Além disso, a NANDA (North American Nursing Diagnosis Association) reforça a importância do diagnóstico e intervenção em padrões de resposta humana relacionados ao sofrimento psíquico e ao risco de autoagressão, enfatizando intervenções que transcendam o foco puramente biomédico.
Este artigo propõe refletir sobre a potência do uso dos sistemas florais na crise psiquiátrica, considerando diferentes tipos de crise, como a crise de ansiedade, a crise psicótica, a crise depressiva e as manifestações de risco suicida. Pretende-se também articular esta abordagem à crítica sobre a medicalização da vida, recuperando contribuições anteriores acerca da necessidade de práticas de cuidado que promovam autonomia, escuta e acolhimento, em oposição a procedimentos meramente corretivos ou punitivos.
A partir da experiência vivida no município de Santa Cruz Cabrália, Bahia, com a implementação do projeto SOS Florais, organizado junto à Prefeitura e ao Fórum local, em resposta às enchentes de 2023, apresentaremos relatos e depoimentos que ilustram os efeitos terapêuticos dos florais em contexto de crise, além de analisar a contribuição de diversos sistemas florais internacionais e nacionais.

Fundamentação Teórica
1. A crise psiquiátrica e suas manifestações
A crise psiquiátrica configura-se como uma ruptura no equilíbrio psicoemocional do indivíduo, podendo envolver comportamentos de risco, alterações cognitivas, emocionais e sociais. De acordo com Mary C. Townsend (2020), a crise é um estado transitório que emerge quando mecanismos habituais de enfrentamento falham, sendo imprescindível oferecer uma intervenção imediata e humanizada.
Entre os principais tipos de crise psiquiátrica, destacam-se:
Crise de ansiedade: caracterizada por medo intenso, taquicardia, sudorese e pensamentos catastróficos.
Crise depressiva: marcada por desesperança, isolamento, risco de ideação ou tentativa suicida.
Crise psicótica: envolve alterações na percepção da realidade, como alucinações e delírios.
Crise impulsiva ou de agitação: frequentemente associada ao transtorno de personalidade ou abuso de substâncias.
Essas manifestações demandam abordagens amplas, que considerem tanto o sofrimento psíquico quanto as condições sociais que o produzem, evitando a redução do cuidado à administração de medicamentos ou à contenção física.
A literatura científica nacional e internacional tem criticado a medicalização da vida, compreendida como o processo pelo qual experiências humanas naturais ou sociais são enquadradas como patologias a serem corrigidas exclusivamente pela via farmacológica. Esta crítica está amplamente representada nos estudos recentes cadastrados na Plataforma Brasil sobre constelação familiar e práticas sistêmicas, que defendem uma clínica ampliada, centrada na pessoa e em sua rede de relações.
A NANDA (2021) contribui ao oferecer diagnósticos que incluem aspectos psicossociais e espirituais, reforçando a necessidade de práticas de cuidado que transcendam o modelo biomédico tradicional.

2. A potência dos florais como recurso terapêutico na crise psiquiátrica
Os sistemas florais consistem em essências vibracionais extraídas de flores, utilizadas para harmonização emocional e espiritual. Fundamentados na ideia de que os estados emocionais afetam a saúde física, os florais atuam na prevenção e no cuidado de crises psíquicas, sendo reconhecidos como uma das práticas integrativas na saúde pública.
Autores de referência internacional sustentam e ampliam essa concepção:
Julian Barnard, com seu trabalho sobre os Florais de Bach, enfatiza a simplicidade e profundidade das essências florais na transformação emocional.
Ricardo Orozco, destacado estudioso espanhol, sistematizou a aplicação clínica dos florais, com especial atenção aos estados agudos e emergenciais.
Celia Gouveia, criadora dos Florais Solaris, propõe uma abordagem que integra ecologia profunda e autoconhecimento.
Maria Alice Campos Freire, com os Florais da Amazônia, valoriza a potência das plantas brasileiras e sua conexão com os saberes ancestrais.
Patrícia Kaminski, dos Florais da Califórnia, e Cynthia Kemp Scherer, dos Florais do Deserto do Arizona, ampliam a abordagem vibracional e arquetípica das essências florais.
Breno Marques, responsável pelos Florais de Minas, desenvolveu formulações ajustadas à realidade brasileira, priorizando a promoção da saúde e o equilíbrio psicoemocional.
Neide Margonari, criadora dos Florais de Saint Germain, cuja obra é referência no Brasil e no mundo, estabeleceu protocolos terapêuticos importantes para situações de crise.
O acesso a essa diversidade de sistemas florais foi possível graças à atuação da professora Lizete de Paula, que, em 2023, articulou a doação de diversos florais para o município de Santa Cruz Cabrália no contexto das enchentes. Esta ação possibilitou a criação do projeto SOS Florais, uma rede de cuidado e acolhimento organizada junto à Prefeitura Municipal e ao Fórum local.

3. Tecnologias leves e comunicação não-violenta como suporte terapêutico
A Terapia Floral, quando associada às tecnologias leves de cuidado, como a Comunicação Não-Violenta (CNV), fortalece o protagonismo do sujeito e a humanização das práticas de saúde. Segundo Ayres (2009), tecnologias leves são aquelas que valorizam o vínculo, a escuta, o acolhimento e o diálogo, elementos fundamentais no manejo de crises psiquiátricas.
A aplicação dos florais, nesse contexto, não se restringe a um ato técnico, mas se integra a um campo relacional e ético, onde o profissional se coloca como facilitador do processo de cura, respeitando o tempo, a história e a subjetividade de cada pessoa.
Além da CNV, outras tecnologias leves foram incorporadas no projeto SOS Florais, como as rodas de conversa, práticas meditativas e exercícios de respiração consciente, compondo um modelo de intervenção sistêmico e integrativo.

Metodologia
Este artigo constitui-se como um relato de experiência, articulado com uma revisão bibliográfica e documental, sobre a aplicação de sistemas florais como recurso terapêutico no manejo de crises psiquiátricas no município de Santa Cruz Cabrália, Bahia, Brasil, durante e após o período das enchentes ocorridas em 2023.
1. Contexto da intervenção
A intervenção foi realizada no âmbito do projeto SOS Florais, uma ação conjunta entre a Prefeitura Municipal de Santa Cruz Cabrália, o Fórum Municipal, profissionais das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e voluntários, sob a coordenação da professora Lizete de Paula. O projeto consistiu na distribuição gratuita de florais de diversos sistemas e na capacitação de profissionais e lideranças comunitárias para sua aplicação, especialmente no acolhimento de pessoas em situação de sofrimento psíquico agudo.
2. Procedimentos realizados
As ações envolveram:
Capacitação: oficinas teórico-práticas para profissionais de saúde, agentes comunitários e voluntários, abordando fundamentos da Terapia Floral, tipos de crises psiquiátricas e modos de aplicação das essências.

Distribuição e prescrição dos florais: foram utilizados florais de diferentes sistemas, conforme disponibilidade e indicação clínica, considerando o perfil emocional e a situação de vida de cada indivíduo.

Atendimentos individualizados e coletivos: realizados em unidades básicas de saúde, escolas, centros comunitários e abrigos temporários.

Práticas integrativas complementares: além dos florais, foram implementadas práticas de meditação, respiração consciente, rodas de conversa e atividades de educação em saúde, com ênfase na Comunicação Não-Violenta (CNV).

Acompanhamento: monitoramento dos casos, por meio de escuta qualificada e registros realizados pelos profissionais de saúde e voluntários.

3. Participantes
Foram atendidas aproximadamente 350 pessoas, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos, em situação de vulnerabilidade social e/ou emocional, muitas delas impactadas direta ou indiretamente pelas enchentes.
Um dos pontos altos da metodologia foi a valorização do protagonismo comunitário, formando multiplicadores que, após vivenciarem os benefícios dos florais, passaram a orientar outras pessoas no uso das essências.
4. Critérios éticos
Esta experiência respeitou os princípios éticos previstos na Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, sobre pesquisa envolvendo seres humanos. Todos os participantes foram informados sobre os objetivos da intervenção e deram consentimento verbal para a utilização dos relatos, garantida a confidencialidade e a privacidade dos dados.
A referência aos estudos sistematizados sobre Terapia Floral, especialmente os produzidos na Plataforma Brasil nos últimos 5 anos, reforçou a base científica da ação, reconhecendo a Terapia Floral como uma prática segura, acessível e eticamente adequada no cuidado de pessoas em crise.

Resultados e Discussão
A intervenção com os florais, no contexto do projeto SOS Florais em Santa Cruz Cabrália, demonstrou-se altamente eficaz como recurso de cuidado humanizado no manejo das crises psiquiátricas, corroborando as concepções contemporâneas de saúde mental que defendem uma abordagem ampliada e integrativa, conforme defendido por Mary C. Townsend (2017) em sua obra clássica sobre enfermagem psiquiátrica.
1. Tipos de crises psiquiátricas abordadas
Foram acolhidas diferentes manifestações de crise, tais como:
Crises de ansiedade e pânico: caracterizadas por sintomas como taquicardia, sudorese, hipervigilância e pensamentos catastróficos.

Crises depressivas: com predomínio de apatia, isolamento, desesperança e ideação suicida.

Episódios psicóticos agudos: delírios, alucinações e alterações graves do comportamento.

Crises relacionais e familiares: muitas decorrentes do estresse coletivo causado pelas enchentes, perdas materiais e luto.

Estas crises foram abordadas segundo os princípios do não patologizar e não medicalizar excessivamente a vida, conforme preconizado pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) e alinhado ao modelo de cuidado centrado na pessoa.
2. Potência dos florais como tecnologia leve no cuidado em saúde mental
Os sistemas florais utilizados — incluindo os Florais de Bach, Califórnia, Amazônia, Minas, Solaris, Deserto do Arizona e Saint Germain — foram escolhidos a partir de critérios terapêuticos e disponibilidade.
Autores como Julian Barnard, Patrícia Kaminski, Cynthia Kemp Scherer, Maria Alice Campos Freire, Celia Gouveia, Neide Margonari e Breno Marques oferecem fundamentação científica e filosófica para a seleção e aplicação das essências florais, cada uma atuando em aspectos sutis das emoções e padrões de comportamento.
A ação não se restringiu à simples prescrição floral, mas integrou-se a outras tecnologias leves, como:
Comunicação Não Violenta (CNV), conforme as propostas de Marshall Rosenberg.
Escuta qualificada.
Orientações sobre autocuidado e promoção de vínculos comunitários.
Tais práticas favoreceram um ambiente terapêutico seguro e acolhedor, promovendo a confiança dos participantes na intervenção.
3. Depoimento emblemático
Um exemplo marcante da potência do uso dos florais na crise psiquiátrica foi o depoimento de Emerson Júnior Pires:
“Eu não acreditava que isso tinha algum resultado, porque não tinha indicação nenhuma, né? Assim, que falava que melhora. Eu achava que era uma água normal. Aí eu estava todo mundo tomando e você colocou na caneca ali e eu tomei por chacota, né? Realmente, eu estava com umas dores de tensão muscular e relaxou a musculatura, relaxou tudo e eu fiquei bom dentro de 10 minutos. A dor de cabeça passou e eu melhorei em 10 minutos e eu vou comprar. E hoje foi interessante que eu já me tornei multiplicador. A gente estava aqui na sala de espera, aí eu conversei com outra pessoa, fiz a intervenção e contei a minha experiência, sensibilizando quem aguardava atendimento pela psiquiatra.”
Este relato evidencia o potencial dos florais não apenas como intervenção terapêutica, mas como ferramenta de empoderamento e protagonismo dos usuários, que se transformam em multiplicadores do cuidado em saúde.
4. Fortalecimento comunitário e articulação intersetorial
O projeto também fortaleceu a articulação entre diferentes setores — saúde, assistência social, educação e defesa civil — promovendo um modelo de atenção integral e intersetorial.
A distribuição de florais foi viabilizada graças à ampla doação organizada pela professora Lizete de Paula, que mobilizou terapeutas de todo o Brasil em solidariedade à população afetada.
Esse movimento demonstra a potência da Terapia Floral como prática integrativa solidária, desmedicalizadora e promotora de saúde no contexto das emergências e desastres.
5. Articulação com evidências científicas
Nos últimos cinco anos, diversas pesquisas cadastradas na Plataforma Brasil demonstram a eficácia e segurança da Terapia Floral como recurso complementar na saúde mental. Estas evidências reforçam sua indicação, especialmente em contextos de crise, como as intervenções realizadas em Santa Cruz Cabrália.
O uso dos florais, portanto, se insere na linha de cuidado em saúde mental que visa à promoção de autonomia, à redução de danos e ao fortalecimento das redes de apoio, em consonância com os diagnósticos e intervenções propostos pela NANDA International.

Considerações Finais
A experiência do SOS Florais, realizada em Santa Cruz Cabrália durante o contexto emergencial das enchentes de 2023, evidencia a potência dos Florais como uma prática integrativa capaz de atuar no manejo das crises psiquiátricas com segurança, acolhimento e respeito à singularidade dos sujeitos.
O uso das essências florais, associado a outras tecnologias leves como a escuta qualificada e a comunicação não violenta, demonstrou ser uma estratégia eficaz na promoção de saúde mental, evitando a medicalização excessiva e promovendo autonomia, protagonismo comunitário e solidariedade.
A participação ativa dos usuários, como ilustra o depoimento de Emerson Júnior Pires, revela que, para além dos efeitos terapêuticos individuais, o uso dos florais estimula processos coletivos de cuidado e fortalecimento comunitário.
Este artigo reforça a necessidade de ampliação do debate sobre a incorporação das práticas integrativas e complementares no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em momentos de crise, propondo a Terapia Floral como um recurso efetivo, ético e humanizado, conforme as diretrizes da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC).
Por fim, destaca-se a importância de continuar investindo em pesquisa, formação profissional e políticas públicas que valorizem as terapias integrativas, como propõem as recentes produções cadastradas na Plataforma Brasil, consolidando assim um modelo de cuidado em saúde que seja integral, equânime e baseado em evidências.

Depoimento Floral de Emerson Júnior Pires

Como é que é seu nome completo, amigão? Emerson Junior Peace. Então, você quer contar pra gente como foi aquela experiência aqui no primeiro dia e hoje aqui com os florais?
É que você estava falando sobre o… que pingava as gotas do floral na água, que melhorava. E eu desacreditei, né? Eu estava ali ouvindo você falar e desacreditei.
Eu não acreditava que isso tinha algum resultado, porque não tinha indicação nenhuma, né? Assim, que fala que melhora, né? Assim, eu achava que era uma água normal, né? Aí eu estava todo mundo tomando e você colocou na caneca ali e eu tomei por chacota, né?
Realmente, eu estava com umas dores de… umas tensão, né? Umas dores de tensão muscular e relaxou a musculatura, relaxou tudo e eu fiquei bom dentro de 10 minutos.
A dor de cabeça passou e eu melhorei em 10 minutos e eu vou comprar. E hoje foi interessante que você já se tornou multiplicador.
A gente estava aqui na sala de espera, aí você veio conversando com outra pessoa, você fez a intervenção e contou a sua experiência já, sensibilizando as pessoas que estão aqui aguardando para serem atendidas pela psiquiatra. Isso foi algo bem interessante.
É, porque eu tive uma, né? Eu duvidei do remédio e realmente eu experimentei com bastante água ainda, que eu pensei que não ia sentir efeito algum e realmente sentiu.
E agora a família Pires vai representando a comunidade, né? Dá o depoimento, testemunho para as pessoas. Isso mesmo. Muito legal.
Gratidão, viu, meu amigo? A ciência agradece, o Ministério da Saúde agradece, a professora Lizete de Paula agradece, todo o movimento floral no Brasil agradece muito esse seu depoimento, tá bom? Muito obrigado. Valeu.

Anexo Metodológico: Roteiro Prático para o Uso de Florais em Contextos de Crise Psiquiátrica
1. Princípios orientadores:
Respeito à autonomia da pessoa em sofrimento.
Uso dos florais como recurso integrativo e complementar, jamais substitutivo ao tratamento médico ou psicoterapêutico.
Aplicação das tecnologias leves: escuta qualificada, vínculo, comunicação não violenta.
Valorização dos saberes populares e tradicionais.
2. Etapas do atendimento floral em situação de crise:
2.1 Acolhimento inicial
– Criar espaço de segurança e confiança.
– Ouvir com atenção e sem julgamento a narrativa do sofrimento.
2.2 Avaliação rápida
– Identificar sinais de risco iminente: ideação suicida, agressividade grave, desorientação.
– Decidir se o caso requer encaminhamento imediato para atendimento médico especializado.
2.3 Intervenção com florais
– Escolher a essência ou fórmula floral adequada ao estado emocional predominante.
– Oferecer a tomada sublingual ou diluída em água.
– Acompanhar a resposta subjetiva ao floral, sempre dialogando sobre as percepções e sentimentos.
2.4 Orientação para continuidade
– Se possível, fornecer frasco para uso doméstico com explicação simples sobre posologia.
– Recomendar acompanhamento com terapeuta floral qualificado ou equipe de saúde.
– Reforçar a importância de manter, quando necessário, o tratamento médico e/ou psicoterapêutico.
3. Recursos complementares
– Caderno de registros para anotar as intervenções realizadas e evolução do quadro.
– Material informativo sobre a terapia floral para distribuição à comunidade.
– Parcerias com escolas de formação em terapia floral e organizações sociais.

Referências
Barnard, J. (2002). Bach Flower Remedies: Form and Function.
Freire, M. A. C. (2006). Florais da Amazônia: Sistema de cura vibracional da floresta.
Kaminski, P., & Katz, R. (2005). Flower Essence Repertory.
Kemp Scherer, C. (2006). Desert Alchemy Flower Essences.
Margonari, N. (1995). Sistema Floral de Saint Germain.
Gouveia, C. (2010). Florais Solaris: Sistema Floral Brasileiro.
Marques, B. (2001). Sistema Florais de Minas.
Orozco, R. (2009). Manual de Terapia Floral.
Townsend, M. C. (2017). Enfermagem Psiquiátrica: Conceitos de cuidados de saúde baseados em evidências.
Organização Mundial da Saúde. (2018). Classificação Internacional de Doenças – CID-11.
NANDA International. (2021). Diagnósticos de Enfermagem da NANDA-I: Definições e Classificação.
Plataforma Brasil. (2020-2025). Pesquisas sobre Terapias Integrativas e Complementares.

Agradecimentos
Agradecemos, com profunda gratidão, à professora Lizete de Paula, pela sua visão, generosidade e dedicação, que possibilitaram a implantação do SOS Florais em Santa Cruz Cabrália durante as enchentes de 2023, por meio da articulação da doação de diversos sistemas florais e a consultoria gratuita ao SUS/CEJUSC, subsequente.
À Prefeitura de Santa Cruz Cabrália e ao Fórum Municipal de Saúde pela parceria e apoio institucional, garantindo a realização das ações de cuidado emergencial à população afetada.
Aos mestres e pesquisadores dos sistemas florais que inspiraram este trabalho: Julian Barnard, Ricardo Orozco, Celia Gouveia, Maria Alice Campos Freire, Patrícia Kaminski, Cynthia Kemp Scherer, Neide Margonari, Breno Marques, entre outros, cujo legado amplia a potência terapêutica da Terapia Floral.
Ao Emerson Júnior Pires e à sua família, pelo testemunho sensível e corajoso, que fortaleceu a confiança comunitária no uso dos florais.
Às equipes de saúde, aos voluntários e a todos os usuários que participaram deste processo, cocriando um espaço de acolhimento, escuta e cura.
Agradecemos, ainda, às instituições que fomentam a pesquisa em práticas integrativas e complementares no Brasil, especialmente ao Ministério da Saúde, pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), e aos pesquisadores cujas produções integram a Plataforma Brasil, impulsionando a base científica necessária para o reconhecimento e expansão destas práticas no SUS.

Principal

Diego da Rosa Leal

npicscabralia@gmail.com

Enfermeiro Terapeuta Sistêmico

Coautores

Diego Rosa Leal Terapeuta Sistêmico, Especialista em Práticas Integrativas no SUS, Articulador do Projeto SOS Florais em Santa Cruz Cabrália-BA. Lizete Maria de Paula - Especialista em Terapia Floral pelo HESFA/UFRJ Equipe SOS Florais de Santa Cruz Cabrália Grupo interdisciplinar de profissionais e voluntários atuantes no projeto emergencial de apoio à saúde mental e integralidade do cuidado.

A prática foi aplicada em

Santa Cruz Cabrália

Bahia

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Rua Sidrack Carvalho - s/n, Santa Cruz Cabrália - BA, 45807-000, Brasil

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Diego da Rosa Leal

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Concluída

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