A ortopedia sempre foi uma das especialidades com grande demanda na Região de Toledo, tanto na Central de regulação de leitos para casos cirúrgicos emergenciais quanto para tratamentos ambulatoriais eletivos. Com 18 municípios e 400 mil habitantes, há um único serviço de referência hospitalar com habilitação de alta complexidade localizado no município sede de Toledo. No final de 2018, foi realizado uma análise situacional da especialidade de ortopedia na região, levantando a fila de espera de tratamento fora do domicílio e também dos pacientes na central de leitos.
O objetivo geral do projeto é qualificar o acesso dos usuários que possuem necessidade de saúde em ortopedia, organizando os fluxos e separando os pacientes que seriam da urgência (Central de Regulação de Leitos) dos que podem ser resolvidos nos ambulatórios. Essa proposta foi inicialmente levantada pelos gestores da Regional de Saúde e do Consórcio de Saúde dos Municípios do Oeste do Paraná (CONSAMU) nas reuniões de monitoramento da Rede de Urgência e Emergência (RUE) e pactuada na Comissão Intergestores Bipartite (CIR). No passo a passo, o processo ocorreu: fortalecimento do grupo de trabalho da RUE com encontros mensais na 20º Regional de Saúde, com todos os atores envolvidos (gestores, COSEMS, Regional de Saúde, SAMU, prestadores de serviço). Análise das solicitações dos municípios para encaminhamento de usuários para tratamento de ortopedia nos espelhos da central de leitos. Confeccionar protocolo/linha guia norteadora dos encaminhamentos de ortopedia. Pactuação com o ambulatório do consórcio para retirada dos usuários da emergência para avaliação e tratamento ambulatorial.
Qualificação da fila de urgência na ortopedia na região com melhora no fluxo dos usuários e maior acesso para quem realmente precisa nas urgências de trauma e ortopedia. Redução significativa no tempo de espera dos pacientes da central de regulação de leitos (de 15 dias para 3 dias) e do número de pacientes clicados. O monitoramento do território se inicia pelos grupos de governança organizados nas Regiões de Saúde pela Regional de Saúde em parceria com o apoiador do COSEMS (PR). Esses grupos de trabalho possuem membros natos que são atores sociais imprescindíveis para que a rede se consolide e se organize. No SUS, quem deve chegar primeiro é a informação dos usuários e depois o próprio usuário, porque isso mostra organização dos fluxos e maior cuidado da população em seu território de referência.
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