Experiências para melhor adesão à vacinação com participação de crianças

A vacina é considerada um dos maiores avanços da ciência, sendo a responsável por evitar aproximadamente 3 milhões de mortes por doenças preveníveis por ano, segundo OMS. A vacinação tem sido alvo de muitas fake news ao longo dos últimos anos. Informações sem respaldo científico afirmam que vacinas podem ser prejudiciais à saúde, gerando insegurança nas pessoas e possibilitando o retorno de doenças já erradicadas no país. O calendário básico de vacinação brasileira é definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), constituído por vacinas recomendadas à população, desde o nascimento até a terceira idade e distribuídas gratuitamente nas unidades de saúde da rede pública. O presente projeto faz um levantamento de ações que foram desenvolvidas dentro do município de Araguari. Ações estas que ajudaram a melhorar os nossos indicadores vacinais, levaram a uma melhor adesão de vacinação e assim garantiram proteção à nossa população. Buscamos dentro do nosso município promover ações envolvendo crianças, pois elas são grandes influenciadoras diante dos pais. Dentre essas ações destacamos gincanas realizadas dentro das escolas em parceria com secretaria de educação, onde secretários mirins fizeram busca de cartões, entenderam a importância da imunização, além deste trabalho, também tivemos apoio das professoras da rede municipal, onde os alunos trazem como dever de casa um xerox do cartão para ser avaliado dentro da secretaria de saúde e assim sinalizamos quem está em dia ou pedimos atualização dos que precisam vacinar.

Identificamos que devido à grande circulação de fake news, e, rapidez com que essas mensagens chegam até a população, muitos acreditam nas notícias falsas e deixam, por medo, de levar seus filhos para a vacinação. Observamos também no mundo movimentos antivacinas que tem impactado na cobertura vacinal. Mitos que prejudicam a vacinação, como exemplo, o risco de autismo por uso de imunobiológicos. Existem relatos de pais que devido ao trabalho, não conseguem levar as crianças para vacinação, até mesmo os adultos não conseguem comparecer nas unidades de saúde devido o horário laboral. Outro fator que nos deixa preocupados, é a falta de capacitação profissional e vícios dos mesmos. Profissionais que por uma simples gripe deixam de vacinar, não sabem orientar corretamente sobre contraindicações dos imunobiológicos, são resistentes às capacitações, fecham a sala de vacinas durante o almoço. Ainda outro desafio encontrado, é que, mesmo fazendo capacitações para equipes de vacinas, alguns profissionais não mudam a conduta errada frente à vacinação, como se diz: “sempre fiz assim”. Um problema observado também que tem impactado nas coberturas vacinais, foi a falta de registro nos programas do SUS. Algumas unidades de saúde mantinham o hábito de registro em caderno, e após o expediente, ou quando tinham um tempo, lançavam. Muitos desses registros em cadernos eram subnotificados, e quando acessávamos os dados de pesquisa do SUS, não era o mesmo resultado do número de vacinas recebidas e administradas.

Como estratégias para fortalecimento das ações de imunização, traçamos as seguintes: participação ativa de ACS no seu território de atuação, com cartão espelho de vacinação em mãos para a busca ativa. Se tem 15 crianças em sua microárea, fazer visita e conferência dos 15 cartões. Treinamentos realizados nas equipes de PSF na vacinação, lançamento e registro no sistema adequados. Incluindo toda equipe multiprofissional, de maneira a esclarecer dúvidas, aprender a verificar cartão, dentre outras. Realizar mais Ruas de Lazer, pois esse movimento atrai atenção dos moradores dos bairros e as crianças querem participar, sendo esse momento oportuno para verificação do cartão da criança. Campanhas aos finais de semana, devido atividades laborais em horário comercial. Exigir certificado de comprovação vacinal em dia, emitido nas UBSFs no ato de todas as matrículas. Toda criança quando for renovar a matrícula, deve ter em mãos o certificado, ou seja, o responsável legal leva o cartão de vacina da criança na Unidade de Saúde e será verificado se está tudo em dia, após o certificado é emitido e se precisar de qualquer vacina, a mesma já será realizada. Promover educação continuada em escolas, busca pelas crianças menores de 10 anos, como dever de casa trazer o cartão, fazer um xérox e enviar para análise (parceria SM Educação e SM saúde), buscar pelo endereço qual UBSF é responsável e solicitar vacinação.

Os indicadores vacinais estão baixos em todo país, precisamos reforçar os benefícios de proteção que a vacina oferece, além de orientar a população para que busque fontes oficiais e confiáveis de informação. Reforçar que quanto mais pessoas vacinadas, menos chances de uma doença controlada voltar a circular. Cabe ressaltar que as vacinas são eficazes, estudadas, confiáveis e distribuídas de forma gratuita para a população brasileira, e, estão disponíveis nas unidades de saúde de todo território brasileiro. A criança transmite o saber e acaba incentivando os pais a fazerem de forma correta tudo o que aprendem dentro da escola. Esse projeto de apoio escolar fortalece o vínculo de Escola e Saúde, trabalhando juntas para melhor desenvolvimento e qualidade de vida das crianças.

Principal

Adriana Aparecida Rossini Queiroz

Coautores

Adriana Aparecida Rossini Queiroz

A prática foi aplicada em

Araguari

Minas Gerais

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Prefeitura Municipal de Araguari

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Conta vinculada

ideiasus@gmail.com

23 dez 2023

CADASTRO

28 ago 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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