As mulheres atendidas n o projeto Ponto de Luz apresentam trajetórias de vida marcadas por graves violações d e direitos, como violência sexual, perda de familiares e luto constante, o que resulta e m grande fragilidade emocional e psicológica. Além disso, muitas dessas mulheres enfrentam situações d e extrema pobreza, com filhos envolvidos no tráfico d e drogas, o que agrava ainda mais a dinâmica familiar e social. A falta d e acesso aos serviços básicos, como saúde e assistência social, é um problema premente. Muitas delas estavam isoladas e sem suporte formal antes d e iniciar o atendimento. O projeto Ponto d e Luz propôs ações d e atendimento psicológico e social, com o objetivo de fortalecer a rede d e apoio dessas mulheres, oferecendo acolhimento, orientação e acesso aos serviços sociais e de saúde. Foram realizados encaminhamentos para a rede d e atendimento, incluindo serviços de saúde, assistência social e segurança pública, visando garantir o suporte necessário para a superação d e seus desafios. A iniciativa da horta comunitária foi implementada como uma ação de empoderamento, permitindo que as mulheres desenvolvessem novas habilidades, aumentassem a autoestima e gerassem renda para suas famílias. Para garantir a participação nas atividades, foi oferecido u m auxílio financeiro para as mulheres, reconhecendo a importância de uma compensação pela dedicação às atividades do projeto.
A Comunidade do Fischer é um território marcado por altas taxas de vulnerabilidade social. A população, em sua maioria, vive de atividades informais, com destaque para a reciclagem, devido à presença de um lixão na localidade. A comunidade sofre com a falta de acesso a serviços essenciais, como saúde, educação, saneamento básico e infraestrutura. As condições de moradia e o entorno degradado (lixão) contribuem para o empobrecimento das famílias e o aumento d a violência na região.
O acompanhamento psicológico e social, aliado à participação nas atividades da horta, tem gerado resultados significativos nas mulheres atendidas. Muitas já estão com acesso a serviços d e saúde, assistência social e estão trabalhando formalmente, saindo da situação de vulnerabilidade extrema. O fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários foi uma conquista importante nesse primeiro ciclo d e atendimentos. As mulheres têm s e reunido com mais frequência, apoiando-se mutuamente e estabelecendo redes d e apoio dentro da comunidade, o que tem fortalecido a coesão social local. Aumento da autoestima e a reintegração social são aspectos visíveis nos relatos das participantes, que começaram a ter um protagonismo maior na vida familiar e comunitária. A horta também trouxe benefícios, não só para o bem-estar emocional das mulheres, mas também como fonte de alimentação.
Apesar dos avanços, a realidade d a comunidade continua a ser desafiadora. O tráfico d e drogas e a violência continuam sendo problemas graves, impactando diretamente as famílias e a dinâmica social d o território. A falta d e infraestrutura, saneamento e recursos básicos continua a ser um obstáculo para a melhoria da qualidade de vida das mulheres e suas famílias. A manutenção d o acompanhamento psicológico e social é fundamental para garantir que os avanços sejam consolidados e que o processo de reintegração dessas mulheres na sociedade continue sendo fortalecido.
Fischer, Teresópolis - RJ, Brasil
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