Falar sobre relações de gênero tem se tornado uma prática necessária nos últimos anos em ambientes escolares para tais discussões sobre construção de relações democráticas e horizontais. Essa necessidade se dá pela limitação existente no entendimento da origem dos pensamentos de subordinação feminina resultante de padrões de comportamentos. Com os movimentos feministas e suas conquistas, a queda do modelo patriarcal tradicional foi incentivada a ser inserida na sociedade. Em contrapartida, é perceptível uma masculinidade ferida, refletindo em tipos de violência contra mulher e manifestações de misoginia. Esse projeto foi realizado pelo Núcleo de Apoio À Saúde da Família (NASF) do município de Tenório, em uma escola municipal, participando 30 alunos, no período de julho de 2018. A iniciativa vem da construção de uma sociedade justa e igualitária, promovendo à nível psicossocial debates que possam acarretar melhor posicionamento sobre igualdade de gênero.
Incentivar reflexões sobre desigualdade de gênero no ambiente escolar. Objetivos específicos: refletir sobre padrões preestabelecidos aos gêneros. Estimular vivência de empoderamento feminino. Conscientizar a importância do respeito às diferenças. A equipe do Núcleo de Apoio À Saúde da Família (NASF) do Município de Tenório, desenvolveu atividades no período de julho de 2018, na Escola Municipal João de Fontes Rangel, com cerca de 30 alunos do 9° ano. A exibição de um curta-metragem intitulado “Acorda, Raimundo … Acorda!” exemplificou a realidade feminina ocidental, foi promovida a produção de cartazes possibilitando o uso da criatividade e um debate dinâmico apresentou expressões populares para que os alunos se posicionassem. Ao final, foi organizado construção de um “assediometro”, que colocava situações em contextos próximos do cotidiano da faixa etária dos participantes e demonstravam o senso critico deles sobre a temática.
Parte dos alunos reproduziam pensamentos e comportamentos tipicamente sexistas, adeptos da subserviência feminina e da suposta superioridade masculina. Houve certo impacto e estranhamento da inversão de papéis retratada pelos autores do curta-metragem, mas com a reflexão foi sendo construído um novo posicionamento frente a isso. No momento da produção dos cartazes, foi evidenciada resistência de alguns jovens, por não concordarem com ideais de igualdade de gênero, o debate com exposição dos argumentos pessoais propiciou uma adesão maior do conteúdo. No último encontro, obtivemos um maior envolvimento, com participação feminina ativa em um processo de empoderamento e apoio de diversos alunos. As expressões sociais estão ligadas à manutenção de saúde, considerando seu amplo conceito. Temáticas como essas em atividades de Saúde na Escola é cabível por estimular a prática de um novo posicionamento social, estando o sistema educacional e os programas que contribuem direito ou indiretamente pactuados, já que o profissional de saúde deve perpetrar uma perspectiva holística que engloba aspectos biopsicossociais, resultando na cooperação da construção de uma geração consciente e solidária.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO