O Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) realiza ações de saúde por toda a extensão territorial de Laranjal do Jari, nessas ações conta com uma equipe multiprofissional com médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e psicólogo, para a realização de testes rápidos e comunicação dos resultados aos paciente, com ênfase na notificação de testes positivos, que fica na responsabilidade do profissional de psicologia. O anúncio de uma notícia como essa causa um impacto emocional tanto no paciente como no profissional que o faz, por isso para transmitir segurança e clareza na informação repassada a estratégia adotada para dar suporte aos profissionais, foi a adaptação do Protocolo SPIKE – roteiro de comunicação de noticias difíceis, adaptado para o contexto brasileiro em 2010, pelo Ministério da Saúde, e comumente utilizado na assistência a pacientes oncológicos. Diante dos desafios encontrados para notificar, principalmente a respeito de resultados positivos de Sífilis e HIV, o roteiro foi adaptado e implementado pela psicóloga que acompanha a equipe do SAE nas ações de testagem por toda a área de extensão do município de Laranjal do Jari. OBJETIVO GERAL: Analisar a experiência da adaptação do protocolo SPIKE na comunicação dos resultados de testes rápidos em ações de saúde. OBJETIVO ESPECIFICO: 1. Apontar os principais desafios enfrentados na comunicação dos resultados dos testes, especificamente nos resultados positivos; 2. explicar a adaptação do protocolo spike para o contexto de comunicação de noticias em ações de saúde; 3. apresentar a estratégia ativa adotada pela equipe a partir da comunicação dos resultados.
Para a comunicação dos resultados foi realizada a adaptação da adaptaçao brasileiro do protocolo SPIKE. A adaptação do Ministério da saúde conta com 6 etapas, que forma mantidas pela autora. 1. Planejamento da entrevista: identificação dos dispositivos de saúde disponíveis no território para o cuidado do paciente e protocolos adotados por eles e ter conhecimento das informações médicas sobre cada infecção testada; pactuação previa de privacidade com a equipe; 2. Avaliação da percepção do paciente: avaliar relação do paciente com a própria saúde e educação em saúde; 3. Avaliação do desejo do paciente de saber sobre seu estado de saúde de imediato ou gradativamente: é necessário repassar informações detalhadas e explicar os detalhes do tratamento e a importância do início imediato, em resultados positivos. A manifestação do “não querer saber” deve ser comunicada à equipe de saúde do território para monitoramento e suporte ao usuário; 4. Transmitir a noticia e as informações ao paciente: ênfase quando o diagnostico dor de HiV para desmistificar possíveis preconceitos; 5. validação dos sentimentos do paciente e oferta de respostas afetivas; 6. Resumo das informações e elaboração de estratégia: após o anuncio do resultado o paciente é imediatamente encaminhado ao médico presente na ação para passar por avaliação e receber orientações sobre o tratamento, a consulta médica é compartilhada com o enfermeiro de referencia do território da pessoa atendida.
Os resultados expressam -se desde a etapa de elaboração da entrevista, ao fazer com que a equipe da ação e do território se reconheçam e fortaleçam entre si a importância do cuidado compartilhado. Além de convocar a equipe a personalizar um protocolo de atendimento específico às necessidades de cada ação, pois cada território tem sua particularidade que precisa ser levara em consideração. A cooperação entre coordenadores de saúde presentes nas ações, enfermeiro, médico e psicólogo corrobora para a segurança do profissional que comunica a notícia, uma vez que se sentir parte de um grupo traz para ele mais segurança e suporte, e ao paciente, que ao notar o alinhamento e a disponibilidade da equipe pode vir a aderir ao tratamento sem julgamentos ou vergonha.
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