Controle e monitoramento da qualidade da água consumida pela população município de Rio Branco (AC) oriunda dos sistemas de abastecimento de água

FINALIDADE DA EXPERIÊNCIA:Avaliar a qualidade da água consumida pela população, urbana e rural, do município de Rio Branco, oriundas dos Sistemas de Abastecimento de Água, através do conhecimento das características físico-químico e bacteriológica dos seguintes parâmetros: Cor aparente, Turbidez, Coliformes totais, Escherichia coli, Aspecto e Odor.DINÂMICA E ESTRATÉGIAS DOS PROCEDIMENTOS USADOS: Para a realização das coletas das amostras de água equipe do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental – DVEA da Secretária Municipal de Saúde-SEMSA de Rio Branco utilizou luvas a fim de evitar contaminações no material coletado, bolsas plásticas (sacos) esterilizadas, acondicionamento em caixa térmica abastecida com bolsas de gelo, nos Sistema de Abastecimento de Água-SAA’s, Soluções Alternativas Coletivas-SAC’s e Soluções Alternativas Individuais-SAI’s, no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2011, de acordo com o cronograma de controle e monitoramento conforme Plano Amostral Mínimo.INDICADORES/VARIÁVEIS/COLETA DE DADOS:A qualidade microbiológica da água não é definida apenas pela presença de organismos, mas pelas diferentes espécies deles. O indicador utilizado neste trabalho foi as bactérias do grupo coliforme, o Escherichia coli, normalmente associados a microrganismos de origem intestinal.OBSERVAÇÕES/AVALIAÇÃO/MONITORAMENTOAnalises físico-químico e organolépticas realizadas pelo Laboratório Central-Lacen e Cloro residual in locu.

O município de Rio Branco está localizado na região norte do Brasil a 9°58’29 (latitude sul) e 67°48’36 (longitude oeste). Sua população é de 336.038 habitantes (IBGE – 2010), distribuídos em 308.545 para área urbana e 27.493 para área rural. Com 8.835,675 km2 e dividida em dois distritos (1? e 2?) pelo Rio Acre, a cidade de Rio Branco agrega 07 (sete) regionais urbanas que foram definidas com base nos fatores socioeconômicos, peculiaridades e características semelhantes. As regionais urbanas II, III, IV, V e VI estão localizadas no primeiro distrito da cidade e, as regionais I e VII estão localizadas no segundo Distrito.O sistema de abastecimento de água disponibilizado para a população do município de Rio Branco pode ser classificado em três tipologias: sistemas de abastecimento público através de ETAs, abastecimento através de caminhões pipas e abastecimento através de poços residenciais. De acordo com o SAERB (2011), o município de Rio Branco possui 770 Km de extensão de rede de abastecimento de água, contendo três estações de tratamento, sendo ETA I, ETA II, localizadas no I Distrito da cidade e ETA Judia, localizada no II Distrito. A primeira tem capacidade instalada para 600 l/s, abastecendo 94.376 habitantes. A segunda tem capacidade instalada para 1.000 l/s, abastecendo 141.564 habitantes e, a terceira tem capacidade instalada para 1.000 l/s, abastecendo 26.216 habitantes. Das tipologias citadas anteriormente, o sistema de abastecimento público através de ETA’s é classificado como Sistemas de Abastecimento de Água-SAAs. O abastecimento de água através de caminhões pipas é classificado como Soluções Alternativas Coletivas, e os poços residenciais como Soluções Alternativas Individuais.De acordo com o SAERB (2011), o município conta com 41.747 ligações de água, que pela quantidade de habitantes esse número é insignificante. Uma as razões que fazem com que a população procure Soluções Alternativas para seu abastecimento por caminhões pipas ou por poços é decorrente dos problemas de ineficiência por parte do poder público, seja através de perdas ou até mesmo pela falta de cobertura a uma parcela da população. Outro agravante é a falta de abastecimento devido à sazonalidade da seca que diminui, consideravelmente, o volume de água do rio Acre que é a principal fonte de captação de água pelo poder público.

Constante limpeza nas redes internas de abastecimento (cisternas, caixas de água, torneiras e bebedouros, para garantir que a qualidade das águas seja mantida durante o seu consumo), boas práticas nos procedimentos de abastecimento e higienização das mãos por parte da população.Pelos resultados obtidos pode-se concluir que: os Sistemas de Abastecimento de Água tiveram 77,47% das análises com resultados satisfatórios, 18,79% insatisfatórios e 3,74% não informados, no ano de 2010. Em 2011, o percentual de amostras com resultados satisfatórios foi de 67,81%, insatisfatórios de 25,31% e não informado de 6,88%. As Soluções Alternativas Coletivas tiveram 83,19% das análises com resultados satisfatórios, 6,46% insatisfatórios e 10,35% não informados, no ano de 2010. Em 2011, o percentual de amostras com resultados satisfatórios foi de 75,26%, insatisfatórios de 12,0% e não informado de 12,74%.As Soluções Alternativas Individuais tiveram 65,63% das análises com resultados satisfatórios, 21,61% insatisfatórios e 12,76% não informados, no ano de 2010. Em 2011, o percentual de amostras com resultados satisfatórios foi de 47,51%, insatisfatórios de 34,16% e não informado de 18,33%.Nas amostras que não foi identificado a origem da água, o percentual de análises satisfatórias e insatisfatórias de 50% para cada uma tipologia no ano de 2010. Em 2001, o percentual foi de 61,90% análises satisfatórias, 28,58% insatisfatórias e 9,52% não informadas. A qualidade da água tratada e distribuída pelo sistema público municipal pode ser considerada, em sua maioria, como satisfatória, embora algumas tenham sido detectadas algumas amostras insatisfatórias. Constatou-se, por exemplo, que dessas análises que apresentaram resultados insatisfatórios a água foi coletada ao longo da rede de distribuição. Nos SACs o volume de amostras satisfatórias foi maior em virtude da água ser coletada diretamente de poços e distribuída a população através de caminhões pipas. Observou-se que o quantitativo de análises satisfatórias das SAIs foi um pouco inferior aos outros sistemas em virtude das condições de saneamento nas propriedades, ou seja, um sistema de esgotamento sanitário do tipo fossas.De modo geral, os resultados revelaram a necessidade de se manter um sistema de monitoramento continuo pela autoridade de saúde pública municipal para verificar se a água consumida pela população atende aos padrões de potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde e, também, para avaliar os riscos que as soluções alternativas de abastecimento de água representam para a saúde humana.

Principal

Monica de Abreu Morais

A prática foi aplicada em

Rio Branco

Acre

Norte

Esta prática está vinculada a

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Monica de Abreu Morais

Conta vinculada

03 jul 2016

CADASTRO

13 mar 2024

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