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A Organização do Território na Atenção Básica como ForMA de Avanço na Imunização

Existem fatores e situações que influenciam na cobertura vacinal que compete à Atenção Primária à Saúde (APS), sendo elas: acesso, vínculo, informação e acompanhamento. Frente a esses fatores, faz-se necessário a contextualização do município de Novo Horizonte/SP para reflexão sobre os dados de imunização e o avanço evidenciado no município. Em suma, a partir de 2020 a gestão iniciou o processo de reorganização da atenção básica com a implantação de 11 equipes de atenção primaria (100% cobertura), assim como a definição do território, cadastro da população, incorporação de ações e procedimentos nas unidades básica com o objetivo de aumentar o acesso da população e a resolutividade. Após toda reorganização ficou evidente algumas conquistas do município que contribuíram positivamente para o fortalecimento da APS e consequentemente para as ações de imunizações, porém, há ainda alguns desafios e melhorias a serem realizados que já fazem parte do planejamento da gestão, como por exemplo, adequação de fluxos de acompanhamento da criança e seguimento do atendimento infantil conforme protocolo municipal da saúde da criança que está em fase de implantação/treinamento dos profissionais que atuam na assistência. Em síntese, a organização do processo de trabalho como um todo é fundamental para o aumento da cobertura vacinal, porém ainda há inúmeros desafios para potencializar a imunização no município, pelo qual, já está sendo planejado.

A partir da reflexão sobre os dados de imunização a respeito dos resultados comparativos com os demais municípios, região, estado e país, e considerando alguns avanços já mencionados anteriormente, há alguns problemas que foram sendo evidenciados e que muitos deles já foram sanados, porém, há outros que serão necessários planejar/implementar para que tenhamos mais avanços significativos. De antemão, em relação à organização do processo de trabalho, o município de Novo Horizonte não havia territorialização definida; as equipes eram insuficientes conforme quantitativo populacional; não tinham equipes credenciadas pelo Ministério da saúde; o cadastro populacional estava bem abaixo do estimado; ausência de horário ampliado para acesso dos trabalhadores; Insuficiência de Agente Comunitário de Saúde (ACS) para apoio no processo de trabalho das unidades de saúde; ausência de Protocolo municipal para acompanhamento da Saúde da Criança durante os atendimentos de puericultura, como sendo uma forma de verificação da imunização em tempo hábil. Quanto à Infraestrutura das salas de vacina: o problema maior vivenciado pela gestão foi da inexistência da sala de vacina em todas as unidades de saúde. Em relação ao registro, as falhas são decorrentes quando não se tem acompanhamento e capacitação da equipe, o que não acontecia em tempo hábil, dificultando o acompanhamento do indicador do Previne Brasil que se refere à imunização. Já no que diz respeito à integração entre Atenção Básica e Vigilância em Saúde alguns pontos e fluxos devem ser estreitados, e não há um fluxo de organização do processo de trabalho interno a partir dos nascidos vivos ou qualquer outra padronização de busca ativa, acompanhamento, ou demais processos para aumentar o potencial do acompanhamento da imunização.

De acordo com os problemas identificados no decorrer dos anos, o município já apresentou alguns avanços e conquistas, porém, há melhorias que podem ser realizadas diante da porcentagem de cobertura vacinal que o município se encontra. Os avanços evidenciados até o momento foram: • Realização da territorialização do município, conforme evidenciado no site: https://www.google.com/maps/d/u/0/viewer?mid=1v_AGQK5-lNBRHgdMzoFM-NjVW8U&ll=-21.462589319880543%2C-49.21107616601768&z=14; • Credenciamento de EAP pelo Ministério da Saúde; • Cadastramento populacional para fortalecimento de vinculo e organização do território; • Ampliação das salas de vacinas para as demais unidades de saúde do município; • Unidades de Saúde com horário de funcionamento das 07h às 19h com sala de vacina em pleno funcionamento durante todo o período de funcionamento da unidade; • Organização e monitoramento do indicador do Previne Brasil por meio de planilhas para verificação dos dados em tempo hábil. A partir dos avanços mencionados, a gestão está na fase de adequação de estratégias para fortalecer ainda mais a APS do município e como consequência, fortalecer as ações de imunização. • Concurso Público para ACS – atualmente está na fase de convocação e treinamento dos ACS; • Implantação do Protocolo de Saúde da Criança para atendimento das crianças na puericultura, com intuito de acompanhar o crescimento e desenvolvimento das crianças e consequentemente avaliação do calendário vacinal em tempo hábil; • Organização da sala de vacinação na UBS São Vicente; • Fluxograma para acompanhamento de nascidos vivos junto com Vigilância e APS – padronização de planilha e formulários de busca ativa conforme fluxograma em anexo I e II; • Preparo dos profissionais dos serviços de saúde a respeito da imunização, esclarecendo informações desde os cuidados com a sala de vacina, ao acolhimento do usuário, até a aplicação e registro da vacina.

De modo geral, a avaliação da cobertura vacinal contribui para obtenção de respostas relacionadas à efetividade da ação para detectar se a população infantil se encontra imunizada, além da identificação de pontos frágeis das atividades de vacinação. A organização do processo de trabalho como um todo, incluindo a organização do território, o conhecimento sobre a população da área de abrangência, a facilidade na oferta de acesso à saúde para a população, além da participação de forma ativa das UBS e de seus profissionais em todos os processos é fundamental para o aumento da cobertura vacinal. Além de toda abordagem em relação ao planejamento e organização do território e processo de trabalho, os profissionais são importantes instrumentos de incentivo à imunização, portanto, se faz importante treinar os funcionários das salas de vacinação frequentemente para que levem a informação exata aos pacientes, e ser também uma forma de facilitar o acesso da população aos serviços de saúde, melhorar a adesão ao calendário e às campanhas de vacinação, principalmente na infância, desmistificando mitos e informações inverídicas. O treinamento também é um aliado para que os profissionais possam preencher adequadamente os dados de vacinação e intensificar a divulgação do calendário oficial de imunização.

Principal

Camila de Santis Silva

Coautores

Amarilis Biasi de Toledo Piza , Tiago Aparecido Silva, Janaina Martins Lopes

A prática foi aplicada em

Região

Esta prática está vinculada a

Instituição

Endereço

Uma organização do tipo

Instituição Privada

Foi cadastrada por

Conta vinculada

ideiasus@gmail.com

A prática foi cadastrada em

23 dez 2023

e atualizada em

23 dez 2023

Início da Execução

Fim da Execução

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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