O Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, vem usando a cromoterapia em partos realizados na unidade para acalmar gestantes. A técnica usada na unidade é indicada para estimular as contrações e até aliviar as dores. Simone Lima da Silva, de 33 anos, foi uma que passou por essa prática. “Há seis meses vivi a experiência mais incrível da minha vida e queria deixar registrado para que essa memória nunca se perca e para compartilhar com quem tiver curiosidade. Encontrei a enfermeira obstetra certa e uma rede de apoio ao parto que foi fundamental. O ambiente sob penumbra e com cromoterapia foi tudo para mim, calmo e relaxante. Melhor experiência que tive na minha vida”, contou Simone Lima da Silva, de 33 anos, mãe da pequena Noah.
Além da cromoterapia associada à penumbra, a equipe médica providenciou música ambiente relaxante. “Tentamos deixá-la à vontade, para que ela encontrasse posições que favorecessem o conforto, direcionando sempre para a sua evolução e do seu bebê”, disse a enfermeira obstetra Maria Alice Carvalho. Aprovada pela OMS e incluída na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, a cromoterapia, também chamada de terapia das cores, procura estabelecer e restaurar o equilíbrio físico e energético.
O poder de cada cor
A escolha das cores dependerá do estado de cada paciente. O vermelho é indicado para estimular as contrações e o amarelo, para diminuir enjoos. O verde é muito indicado para acalmar a gestante, sem desacelerar o processo. Já o azul reduz a percepção da dor (efeito analgésico) e a pressão arterial, diminui o ritmo respiratório e inibe a descarga de adrenalina, enquanto o laranja melhora o humor.
Os efeitos das cores são explicados como resultado das mudanças que elas provocam no sistema nervoso. O estímulo colorido, depois de captado pelos olhos, é conduzido ao cérebro e ali produz transformações bioquímicas que resultam em sensações psíquicas e somáticas.
Por Extra – Rio de Janeiro, publicado originalmente no site do jornal Extra, em 8/5/2023.