Territorialização: ESF Vilela 2, Ilhéus, Bahia

o reconhecimento do território, com suas dinâmicas, identidades, especificidades ambientais, sociais, econômicas e culturais é fator relevante para a definição de políticas públicas a serem implantadas e ou implementadas. São os determinantes sociais, aliados ao perfil sócio demográfico e epidemiológico que vão orientar as programações locais de saúde. Segundo Barcellos (2006), sendo a territorialização um dos pressupostos básicos do trabalho do PSF, tal tarefa adquire três sentidos diferentes e complementares: de demarcação de limites das áreas de atuação dos serviços de reconhecimento do ambiente, população e dinâmica social existente nessas áreas e de estabelecimento de relações horizontais. Sendo assim, a territorialização e sua constante atualização é um dispositivo garantidor do acesso, acompanhamento e tomada de decisões a partir das necessidades e potencialidades reais.

Demonstrar como, a partir da territorialização, foi possível ampliar a cobertura, o cadastro e o acompanhamento do número de pessoas em uma estratégia de saúde da família sem a contratação de novos ACS. Trata-se de um relato de experiência vivenciada na ESF Vilela 2, em Ilhéus, BA, com o apoio e suporte de instituição superior de ensino, nas etapas aqui descritas: 1. Atualização SUS/PNAB 2.Oficina de cartografia 3.análise de mapa de última territorialização municipal 4.remapeamento 5.levantamento de determinantes sociais 6.diagnóstico situacional 7.(re)divisão territorial 8.atualização e novos cadastros 9.arrumação de arquivos/pastas famílias 10. distribuição de cartões família.

Sensibilizados quanto a importância do reconhecimento do território, quanto ao número de pessoas a serem acompanhados e quanto importância da ampliação da cobertura para garantia da continuidade e integralidade do cuidado, os ACS se mobilizaram para redistribuição do território e a ESF que durante 6 anos permaneceu com 4 microáreas cobertas e 2 descobertas, passou a ser uma ESF com 100% de cobertura, contando com o mesmo número de ACS. o número de pessoas acompanhadas deve um acréscimo de 970 pessoas. o fortalecimento da autoestima do grupo, o maior comprometimento com o trabalho e vínculo com a comunidade, o reconhecimento da equipe enquanto uma ESF e a formação de comissão local de saúde, são outros relevantes resultados.A experiência vivenciada demonstrou o quanto é possível dar certo as ações de saúde quando há comprometimento e vontade. o SUS é uma valiosa política social que necessita de atores envolvidos e cônscios das suas possibilidades e alcances. o territorializar precisa ser antes de tudo uma AÇÃO, um movimento dinâmico com vistas a conhecer a realidade e atuar sobre esta e com esta em prol de um SUS resolutivo e humanizado, cumpridor das diretrizes da atenção primária.

Principal

Dayse Batista Santos

daysebsantos@live.com

Coautores

Edson Silva Dos Santos, Ezequias Silva Dos Santos, Marlene Almeida Da Silva, Marli Santos Souza, Dayse Batista Santos

A prática foi aplicada em

Ilhéus

Ilhéus

Ilhéus

Ilhéus

Ilhéus

Ilhéus

Ilhéus

Ilhéus

Ilhéus

Bahia

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Avenida Vereador Marcus Paiva, no 291 - Cidade Nova, Ilhéus - Bahia, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Geraldo Magela Ribeiro

Conta vinculada

23 set 2023

CADASTRO

05 set 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Arquivos

TAGS

Práticas Relacionadas