O presente trabalho foi desenvolvido por a Equipe de Saúde Bucal da Estratégia de Saúde da Família 1, em Rio do Campo, município do interior do Alto Vale do Itajaí, envolveu crianças e adolescentes das instituições de ensino da zona urbana da cidade. Foi desenvolvida nos anos de 2014 a 2019 durante o ano letivo dos referidos anos. A Equipe percebeu a demanda odontológica de crianças em período escolar, com o desenvolvimento de doenças bucais que poderiam estar relacionadas a práticas alimentares familiares. A partir dessa constatação, entendeu-se a necessidade de desenvolver um trabalho de orientação para uma alimentação saudável e adequada. Com o objetivo de promover a saúde bucal através da educação alimentar e nutricional, realizou-se a abordagem com metodologias ativas, possibilitando que as pessoas envolvidas na formação da criança familiares ou responsáveis, professores e outros trabalhadores da educação inseridos no espaço escolar tenham entendimento dessa questão e se engajem na busca da saúde das crianças e adolescentes. Por isso, buscou-se trabalhar o tema a partir do Programa Saúde na Escola, pois a escola é o lugar ideal para o desenvolvimento de atitudes e valores que objetivam a promoção de saúde e de qualidade de vida. É fundamental que todos os profissionais envolvidos com o processo de ensino e aprendizagem estejam engajados na promoção da alimentação saudável e adequada, para que se tenha uma linha de cuidado integral à saúde da criança. As atividades começaram a ser realizadas no início do ano com palestra para professores, pais cujo o tema central abordava a Alimentação Saudável relacionada à Saúde Bucal. Já os profissionais responsáveis pelo preparo da alimentação também receberam uma capacitação que tinha como objetivo obter o engajamento dessas pessoas, para que reconhecessem seu papel na orientação das crianças para a nutrição saudável, não só na elaboração de pratos saborosos, mas também no zelo do preparo para que fossem alimentos atraentes para as crianças. Para além disso, com os alunos, propôs-se intervenção de forma lúdica e descontraída, propunha a interação, sociabilização e aprendizagens. Nestes processos foi desde o preparo dos alimentos, até participação dos teatros, isso produz envolvimento que contribui muito para o engajamento dos pequenos na causa.
Promover a educação em saúde, por meio da formação de hábitos alimentares nutritivos evidenciando a importância desses na manutenção da saúde bucal. Desenvolver hábitos alimentares favoráveis ao crescimento e ao desenvolvimento. Sensibilizar os pais, professores e alunos sobre a condução de uma alimentação saudável. Incentivar as crianças a descobrir as características dos alimentos. Incluir a multidisciplinalidade e a transversalidade nas atividades entre saúde e escola. Capacitar os profissionais responsáveis pelo preparo da alimentação nas instituições de ensino, a promover na criança o interesse pela nutrição saudável através da valorização da aparência do preparo dos alimentos tornando-os atraentes. Reconhecer a relação entre uma alimentação equilibrada e a boa saúde bucal. Valorizar o potencial humano fazendo com que as crianças participem das atividades educativas propostas.
O ensino de Saúde é um desafio para garantir uma aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes e hábitos. É preciso educar para a saúde levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de hábitos e atitudes no dia a dia da escola. Por isso, questões ligadas à saúde bucal ganham espaço no currículo escolar por meio da transversalidade. O projeto desenvolveu-se com o objetivo de promover ações de saúde no âmbito escolar integrando pais e colaboradores da educação visando melhoria na qualidade da alimentação dos escolares. Atividades lúdicas e prazerosas para as crianças, tais como contações e dramatizações de histórias, músicas sobre higiene oral com melodias do folclore brasileiro e teatro de fantoches ganham sua importância nesse contexto educativo. A parceria educação e saúde é fundamental para o cuidado integral da criança.. Os espaços e tempos de interação e de aprendizagem se multiplicam e são potencializados pelos diversos atores sociais, para além do espaço familiar, cujos hábitos de consumo e de alimentação, muitas vezes, também passam a ser questionados pelas próprias crianças.
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