O presente relato de experiência descreve a realização de grupos para tratamento do tabagismo no referido município. O primeiro passo deu-se através dos Agentes Comunitários de Saúde com a realização de uma busca ativa de possíveis interessados, seguido da aplicação de questionário para coleta de informações como: dados pessoais, histórico familiar, grau de dependência à nicotina, motivação para parar de fumar, entre outras. Em seguida, o paciente foi encaminhado ao grupo, que contou com uma média de 10 a 15 pessoas, com sessões de 1 hora e meia, sob coordenação de equipe multiprofissional da Estratégia e no Núcleo Ampliado. As reuniões possuíam assuntos variados e sequenciados, visando fornecer informações e estratégias necessárias para o controle, utilizando as apostilas fornecidas pelo Ministério da Saúde.
Devido ao crescente índice de fumantes e doenças relacionadas ao fumo no Brasil, houve a ampliação do tratamento contra o fumo oferecido pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo no SUS, visando a prevenção de agravos através de ações que estimulem adoção de comportamentos e estilo de vida saudáveis e contribuam para a redução da incidência e mortalidade por doenças relacionadas ao tabaco, uma vez que o tabagismo é considerado pela OMS a principal causa de morte evitável.
No decorrer dos encontros percebeu-se que a maioria dos participantes fumavam desde adolescentes, mais de um maço de cigarros por dia, e buscavam o fumo em situações de ansiedade, solidão, estresse, alívio das tensões, dentre outros. Entre os motivos para parar de fumar os participantes relataram melhorar a saúde, desperdício financeiro, cansaço físico e opinião alheia. A principal estratégia de combate ao fumo foi a redução numérica gradual. A maioria dos participantes cumpriu fielmente a estratégia, relatando a presença de sintomas físicos como tontura, boca amarga, insônia, dentre outros. No último encontro deste grupo, oito participantes já haviam conseguido parar de fumar
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