- Educação, Informação e Comunicação em Saúde
Micheline Lins Lobo
- 15 abr 2024
Finalidade da experiência: conscientizar sobre a importância do uso consciente das medicações, evitar situações de agravos pelo uso inadequado e de riscos pelo uso exagerado. Evitar que as medicações vençam os prazo de validade estocadas e sem o uso podendo estas serem administradas a outro usuário em necessidade. Reduzir os gastos desnecessários com medicações.
Discussão do tema em reuniões semanais, elaboração da paródia, dos panfletos e as apresentações cantadas e teatralizadas para os profissionais e para os usuários nos dias de maior fluxo na UBS. Distribuição dos panfletos as 800 famílias locais e monitoramento por parte de todos os profissionais bem como dos agentes comunitários nos domicílio, durante sua visita mensal.
O projeto é contínuo e vem sendo recebidos os remédios que estão sem uso, tem sido realizada a dispensação através de receitas conforme o protocolo estabelecido o que tem é possível averiguar através das carteirinhas dos pacientes, bem como do registro de saída de fármacos na farmácia da UBS. Observa-se o cuidado mais expressivo das medicações dispensadas e uma redução de medicações estocadas, bem como o uso mais adequado por parte da população.
Presente projeto surgiu a partir da observação dos agentes comunitários de saúde de que muitos usuários não estavam fazendo o uso adequado da medicação prescrita e que estavam acumulando-as em suas residências , o que consiste em riscos para a saúde deste por não estarem usando a medicação regularmente bem como pelo risco de medicações controladas em situações de crise que podem levar ao suicídio. Além disso, o acúmulo de medicações sem uso causa , além do prejuízo da saúde destes, o prejuízo de outros que podem ficar sem medicação por que estas não estão disponíveis. E mais. O desperdício ou o uso inadequado dos recursos públicos. Isso posto o grupo de agentes comunitários em conjunto com o ESF e a psicóloga do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) fizeram uma paródia que fala sobre medicação é coisa séria e passaram a apresentar na recepção da UBS estimulando os usuários a devolverem as medicações que não estavam em uso em uma urna no posto ou que as entregassem ao ACS quando da visita mensal. Outra ação foi enviar panfletos a todas as famílias do município informando sobre o projeto. A ação foi corroborada por estratégias quanto a dispensação de fármacos em receitas de prazo mais curto e em menor quantidade o que faz com que os pacientes se reportem aos sus médicos para adquirir as medicações, se necessário.
Vivemos a cultura da automedicação. É fundamental que em saúde pública se realize educação popular e que mobilizemos o envolvimento da comunidade na responsabilidade social de promoção em saúde.
Maratá, RS, Brasil
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO