Maricá é um município de médio porte do Estado do Rio do janeiro, localizado na região metropolitana II. Segundo as estimativas do IBGE para 2021, o município possui 167.668 habitantes, sendo 155.323 habitantes cadastradas no e-SUS. No município a Estratégia Saúde da Família (ESF) é a porta de entrada preferencial para a rede de serviços de saúde. Em 2020, o município passou por um processo de reestruturação da Atenção Primária à Saúde (APS), com o objetivo de fortalecer a APS e ampliar o acesso da população. Desde então foram implantadas e credenciadas 19 novas equipes de Saúde da Família (eSF), 01 equipe de Núcleo Ampliado de Saúde da Família (eNASF) e 03 equipes de Saúde Bucal (eSB). Atualmente o município dispõem de 05 eNASF, 19 eSB, 01 equipe de Consultório na Rua (eCR) e 54 eSF. Concomitantemente ao aumento da cobertura de ESF, realizou-se processo seletivo para a contratação de gerente para cada Unidade de Saúde da Família (USF), com o objetivo de que esse profissional trabalhe em regime de dedicação exclusiva na administração e planejamento do dia a dia das unidades de saúde, garantindo a gestão e organização de todo o processo de trabalho das equipes. Desde abril de 2021, a Coordenação de Atenção Primária passou a fazer reuniões mensais de planejamento e monitoramento dos indicadores do Programa Estadual de Financiamento da Atenção Primária à Saúde (PREFAPS) com os gerentes, médicos e enfermeiros Responsáveis Técnicos das USF.
Com o objetivo de organizar e fomentar a discussão sobre as potencialidades e dificuldades encontradas pelas equipes no cotidiano do trabalho, a Coordenação da APS instituiu um calendário fixo de reuniões com os gerentes das USF, enfermeiros e médicos RT. As reuniões com os gerentes ocorrem toda primeira quarta-feira do mês
Este relato de experiência evidenciou que a potencialidade e contribuições das reuniões entre gestão e profissionais de saúde da ESF para o planejamento local em saúde. Recomenda-se que os gestores realizem reuniões periódicas e sistemáticas para avaliação e monitoramento dos processos de trabalho. A gestão participativa das rotinas que interferem diretamente no acesso é fundamental para haver espírito de equipe, participação ativa e consciente e maior cooperação mútua entre profissionais. Observou-se que o alcance dos resultados está diretamente ligado ao entendimento pelos profissionais de que o número reflete o processo de trabalho estruturado e coeso, não refletindo apenas no recebimento do incentivo financeiro, mas na garantia do acesso aos serviços de saúde.
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