FINALIDADE DA EXPERIÊNCIA:Ainda que existam tais dificuldades de qualificação de dados, esta é indispensável. Essa necessidade ficou evidente com a proposta da gestão em otimizar a assistência e dinamizar o atendimento domiciliar baseando-se em uma classificação de risco familiar.DINÂMICA E ESTRATÉGIAS DOS PROCEDIMENTOS USADOS:O primeiro caractere em pauta foi qual classificação utilizar, após avaliação que considerou o tamanho do município, equipe disponível, clareza do material e eficácia da estratificação, optou-se pela escala de Coelho. Em aplicações piloto notou-se a necessidade de adaptar a escala conforme agravos mais comuns no município e balancear alguns fatores que apresentaram menor relevância. A Escala foi apresentada para o setor de atenção básica, direcionado para as ACSs, e tinha sua aplicabilidade, pois somava pontuações atribuídas para agravos e levantar o valor numeral que a família avaliada representava em relação ao risco, e com isso a demanda que aquela poderia gerar à saúde pública. Dado este momento, verificou-se baixa eficácia do instrumento, pois o tempo de cálculo de uma única família era extenso e quaisquer alterações no perfil familiar exigia uma nova quantificação de risco, tornando assim o seu uso lento e pouco dinâmico. Com esta nova problemática estabeleceu-se a necessidade de otimização do instrumento, que resultou em transpor os dados dos questionário para uma planilha, utilizar fórmulas de cálculo automático para que, quando o item do agravo for preenchido ou alterado, realize somatória e demonstre estratificação em cores indicativas de risco: verde(para famílias sem risco), amarelo (para famílias de baixo risco), alaranjado (em riscos médios) e vermelho (alto risco). Uma vez estabilizada a captação dos dados, ainda visando o aprimoramento do processo de trabalho, considerou-se que os agentes comunitários do município realizavam visitas domiciliares utilizando tablets, a tabela foi disposta em serviço de armazenamento em nuvem para, podendo assim todas as agentes vinculadas a área de abrangência de cada PSF ter acesso ao mesmo documento simultaneamente, podendo alimentar durante a visita em loco e em contrapartida o permitiu que o documento possa ser acessado em tempo real pelo coordenador da equipe, coordenador da atenção básica e gestor municipal de saúde.INDICADORES/VARIÁVEIS/COLETA DE DADOS:Para classificação com a escala de Coelho adaptada no município considera-se a densidade de moradores do domicilio relacionando ao numero de cômodos, e a ocorrência de agravos e causas sensíveis da saúde, sendo eles: Familiares acamados, deficiência física e motora, déficit mental com acompanhamento psiquiátrico, deficiência mental, condições precárias de saneamento, desnutrição em crianças menores de cinco anos, drogadição, maiores de dezoito anos sem renda, analfabetismo, crianças menores de dois anos, idosos, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, hemodializados, gestantes, doença pulmonar obstrut
No atual cenário de crescimento populacional, o fluxo de informações tem se tornado cada vez maior, a saúde pública tem à sua disposição inúmeros dados relacionados às condições de saúde da população para quantificar. Aspecto positivo se comparada às décadas anteriores onde qualquer levantamento epidemiológico demandava enorme empenho do profissional que realiza a pesquisa. Porém hoje, tal fluxo de dados acaba por saturar o pesquisador, pois um único assunto tem diversas vertentes e estas podem ainda ser adaptadas para cada população ou grupo envolvido no estudo. No campo prático o gestor precisa realizar levantamento dos dados para planejar e estruturar o seu projeto de trabalho. Na atenção Básica estes dados são coletados em loco através do trabalho dos agentes comunitários de saúde (ACS) que, em visitas domiciliares, captam informações relevantes sobre os indivíduos de sua área de abrangência. Os dados são numerosos e paralelo a esta realidade está o surgimento de vários sistemas, programas e aplicativos de tradução e agrupamento destas informações, entretanto estes em geral são sistemas que demandam noções de informática avançadas e sua manutenção e criação é geralmente feita por profissionais não ligados à saúde. Diante desta problemática surge a necessidade de uma ferramenta de edição fácil que atenda as necessidades de qualificação de dados complexos. Havendo espaço para uso de programas de edição de planilhas, como Microsoft Office Excel® ou Google Planilhas®, estes programas são totalmente adaptáveis para seus editores, através de fórmulas que relacionam as células e permitem cálculos automáticos, destaque com cores, ordenação numeral, dentre outras funções.
Ainda que todo o processo possa ser feito de forma analógica chegando a resultados parecidos, a praticidade que as planilhas oferece são cruciais para boa estratégia em saúde, sendo um instrumento versátil que pode moldar-se com cada região que o utiliza, tudo isso com baixo custo e com pouco envolvimento de equipamentos que os municípios já não possuam. Utilizar planilhas próprias garante a independência digital da atenção básica e oferece autonomia a equipe, facilitando o trabalho de gestão.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO