Tem como objetivo geral, avaliar a condição de saúde bucal de crianças matriculadas na Creche Municipal Izabella Pajuçara Frazão Monteiro, no município de Queimadas-PB, por meio da análise epidemiológica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Identificar a prevalência de cárie dentária nas crianças avaliadas, utilizando o índice ceo-d como parâmetro;
Classificar o estado de saúde bucal das crianças de acordo com os valores do ceo-d, categorizando-as em boa, satisfatória, deficiente ou muito deficiente;
Analisar a higiene bucal das crianças por meio do Índice de Higiene Oral Simplificado (IHOS), identificando padrões de higiene e presença de placa bacteriana;
Correlacionar os achados clínicos com fatores comportamentais e socioeducativos, avaliando a participação da família e da instituição no cuidado com a saúde bucal.
Sabe-se que o quesito saúde bucal na infância é essencial no desenvolvimento geral do indivíduo, com impacto direto nos processos de fala, nutrição e bem-estar da criança. Também é sabido que condições orais insatisfatórias nesta fase estão relacionadas à diminuição da qualidade de vida pelos danos orais, funcionais e psicológicos muitas vezes irreversíveis (CASTILHO et al., 2023).
A epidemiologia dos agravos orais, em destaque para a cárie dentária, orienta dois pontos chaves, o primeiro diz que o binômio pais-educadores corresponde a um fator indispensável na construção de hábitos saudáveis na rotina da criança que tendem a se perpetuar por toda a vida, sendo a escola um lugar oportuno para tal ensinamento. E o segundo ponto, diz respeito a variante socioeconômica, sendo este como um indicador de problemas, relacionados aos impactos impostos pelas condições sanitárias, de escolaridade, moradia e a dificuldade de acesso a produtos na instalação de problemas bucais (MÁXIMO et al., 2021).
Levando em conta tais aspectos, que o presente estudo foi idealizado, considerando o quadro socioeconômico dos bairros da cidade de Queimadas, Paraíba, a incidência de problemas bucais e a importância de práticas preventivas. O bairro Cidade Tião do Rêgo foi escolhido como local para a análise epidemiológica da efetividade de ações assistenciais promovidas pela Equipe de Saúde Bucal (ESB) e pelo Programa Saúde na Escola (PSE) na condição de saúde bucal de escolares ao longo dos anos.
Foram examinadas um total de 30 crianças, destas, 3,33% (n=1) pertencia à faixa etária de 0 a 1 ano, 20% (n=6) na faixa etária de 1 a 2 anos, 10% (n=3) na faixa etária de 2 a 3 anos, 60% (n=18) na faixa etária de 3 a 4 anos e 6,67% (n=2) na faixa etária de 4 a 5 anos. Em relação ao gênero, 36,67% (n=11) eram meninas e 63,33% (n=19) eram meninos. Acerca do condicionamento comportamental, 10% (n=3) não permitiram a realização do exame clínico.
Os resultados foram categorizados em estado de saúde bucal boa, quando ceo-d foi igual a 0, saúde bucal satisfatória, para ceo-d entre 1 e 4, saúde bucal deficiente para valores de ceo-d entre 5 e 9 e saúde dental muito deficiente quando o ceo-d apresentava-se maior ou igual a 10. Neste estudo, o ceo-d geral foi de 1,9 evidenciando uma saúde bucal satisfatória, sendo 66,66% (n=18) das crianças com todos os dentes hígidos, 33,33% (n=9) apresentaram cárie dentária, 7,4% (n=2) indicação de extração dentária e apenas 3,4% (n=1) apresentava restauração em boca.
Em relação ao IHOS, foi categorizado como satisfatório entre 0 a 1, regular de 1,1 a 2, deficiente de 2,1 a 3 e muito ruim a partir de 3,1. No estudo, o índice IHOS foi satisfatório em 66,66% (n=18) das crianças e regular em 33,33% (n=9).
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