Avaliando os indicadores municipais a epidemiologia identificou um aumento nos casos de sífilis congênita e número inferior ao preconizado de consultas de pré- natal. Formou-se uma equipe para a implantação do protocolo, onde o enfermeiro ganhou autonomia e as gestantes acesso facilitado, através do Ponto G da Gestação ( Dia de atendimento integral as gestantes). A Equipe de pré-natal é composta por obstetra, enfermeiras, nutricionista e dentista. A primeira consulta é com a enfermeira, que é de demanda espontânea. Neste mesmo dia a paciente realiza os testes rápidos para HIV, Sífilis, Hep B e C, passa pela nutricionista, avalia o cartão de vacina e é imunizada caso haja necessidade. Agendam-se todos os exames necessários, participam de palestras de educação em saúde e recebem repelente, orientações e também agendamento para a consulta do próximo mês. Em um mesmo dia e ponto ( unidade de saúde) passam por todos os profissionais acima citados, caracterizando o Ponto G da Gestação, otimizando o tempo e garantindo o acesso integral.
Para a replicação da prática em outras unidades de saúde de outros municípios sugerimos o atendimento em rede das pacientes do pré-natal em um mesmo dia e em uma mesma unidade, pois muitas pacientes deixam de realizar um pré-natal completo por conta da falta de tempo, dificuldade de deslocamento, além de muitas citarem não ter disponibilidade de comparecer devido estarem em horário laboral ou impedimentos familiares. Desta forma, o atendimento em um único dia facilita e amplia o acesso. Acreditamos nas ações que trazem prazer e comodidade às pacientes e, neste sentido, o Ponto G da Gestação atende a estes requisitos. Aos gestores recomendamos um olhar diferenciado aos profissionais enfermeiros. Que a estes seja dada autonomia para que desenvolvam seus trabalhos de acordo com uma maior comodidade para os pacientes. Desta forma, nossa recomendação enfatiza a valorização deste profissional, peça chave e reconhecidamente fundamental na engrenagem da Saúde Pública.
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