Trata-se de um inquérito transversal, de base populacional, por seleção aleatória de domicílios, proporcionalmente distribuídos nas áreas de abrangência das 9 Unidades de Saúde da Família (USF) do município de Quissamã-RJ. A amostra do estudo foi composta por um pouco mais de 1% da população (24.700 hab.- IBGE), totalizando 250 pessoas, contemplando áreas urbanas e rurais. A amostra foi distribuída proporcionalmente ao tamanho da população cadastrada em cada uma das 9 USF´s do município. Os domicílios foram selecionados aleatoriamente, através de sorteio com base no número de cadastro das famílias nas USF´s. Foi incluído no estudo apenas um morador fixo de cada domicílio, selecionado através de sorteio. A coleta de dados se deu no âmbito domiciliar, através da aplicação de questionário e realização de teste rápido para detecção qualitativa dos anticorpos IgG e IgM para COVID-19. Os entrevistadores foram os enfermeiros das equipes de Saúde da Família (eSF), enfermeiros que atuam no Centro de Triagem Respiratória (CTR) e contaram com o apoio de 39 Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Estiveram envolvidos no estudo 10 enfermeiros, que foram previamente treinados para a realização do teste rápido pela Secretaria de Vigilância do município e para a coleta de dados pelos pesquisadores e estudantes da UFRJ-Macaé e UFPel. O estudo atende os preceitos éticos e legais da pesquisa e foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da UFRJ-Macaé (Parecer nº 4.204.495).
Estudos já realizados sobre a soroprevalência de COVID-19, apontam que os casos confirmados nas estatísticas oficiais, representam apenas a ponta do iceberg. Conforme entendimento da OMS, detectar evidências de exposição a um patógeno pela realização de testes sorológicos de uma amostra aleatória da população é um método importante para estimar o verdadeiro número de indivíduos infectados. Dessa forma, a Prefeitura de Quissamã, através da Cooperação GT COVID 19 UFRJ-Macaé, propôs a realização de pesquisa nos moldes da EPICOVID-BR, a fim de estimar o percentual de infectados na população. Esse conhecimento permitirá subsidiar a tomada de decisões baseadas em evidências para o enfrentamento da pandemia no município.
Ressalta-se a importância em estimar o percentual de infectados na populaçãO, pois diversos estudos científicos que apontam para os perigos de não ser conhecido o verdadeiro nível de transmissão da doença. O estudo de prevalência do COVID-19 é importante para determinar o percentual de infecções assintomáticas ou subclínicas
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