- Participação e Controle Social
NEURISMAR DE OLIVEIRA
- 02 out 2024
Amazonas
OBJETIVOS:Promover a integralidade do cuidado na atenção primaria de saúde.- Favorecer a atuação de trabalhadores e militantes de movimentos sociais na defesa do direito à saúde da população.- Fortalecimento da participação social, nos processos de formulação, implantação, gestão e controle social das políticas públicas.- Promoção da inserção de segmentos historicamente excluídos das tomadas de decisão em saúde publica brasileira, tais como: Mulheres, Negros, LGBTS, Povo do campo, indígenas, pessoas em situação de rua…- Compreensão dos trabalhadores e movimentos sociais quanto a importância das suas atuações na construção de uma sociedade justa e equânime- Construção de visão crítica e aproximação das vivências e saberes populares através da problematização.METODOLOGIA: – O curso foi dividido em 17 encontros, sendo 1 encontro por semana, com 8h/aula cada.- Foram divididos em 5 eixos, todos trabalhados através da problematização e reflexão da realidade e das práticas realizadas em território.- Valorização do educando e horizontalidade no processo educacional, através da troca de saberes e diálogo. Respeitando sempre o saber do outro.
O curso Edpopsus é um curso de aperfeiçoamento da Fiocruz com parcerias municipais, que acontece em 17 encontros, com uma formação no total de 120 h. Tal curso é composto por Agente Comunitários de Saúde, Agentes de Endemias, demais profissionais da saúde e representantes de movimentos sociais/religiosos. O município de Piraí em 2018 recebeu a 3ª etapa do curso, com a formação de uma turma de 35 alunos com as diversas categorias.Como desafio para este curso, existia a missão da implantação da consciência crítica e da prática da educação popular em saúde no trabalho dos profissionais no território. Baseado na teoria de Paulo Freire, a EPS pode ser compreendida como a troca de saberes, parte se do principio que todo ser humano é detentor de saberes e que saberes derivam de experiências de vida, mistura-se o científico com o popular, aonde não existe quem saiba mais ou quem saiba menos. É uma forma de educação aonde valoriza – se os saberes prévios dos indivíduos, suas histórias de vidas, assim como sua cultura e religiosidade, estimulando os indivíduos a se (re)conhecerem e enfrentarem os problemas de saúde mediante ao diálogo, o respeito às suas culturas e o reconhecimento dos seus saberes como válidos.Foram trabalhados durante os a problematização e reflexão sobre o processo de trabalho e as práticas de saúde e cuidado realizado pelos educandos nos territórios, os princípios da Educação Popular em Saúde, publicados na PNEP SUS , juntamente com os princípios e diretrizes do SUS foram os norteadores de todo o processo educacional. Sendo eles: Diálogo Problematização Construção compartilhada do conhecimento Emancipação Construção do Projeto Democrático Popular .Assim como a universalidade, integralidade, equidade, descentralização, participação e controle social, gestão participativa
Verificamos que a Educação Popular em saúde ainda está em um processo de construção que precisa de investimento, entendimento e qualificação. Está incutido nos profissionais da saúde, que não existe a necessidade de aprender a fazer a educação em saúde, acreditam que os conhecimentos técnicos e clínicos, são satisfatórios para andamento de ações nesta área, mantendo um modelo de ação individual e prescritivo, que desconsidera os determinantes sociais e culpabiliza muitas vezes os usuários, por sua condição de saúde.A educação popular em saúde é um instrumento de reorientação das práticas de saúde. Trabalha na lógica de um novo olhar para estas práticas e as relações produzidas entre profissionais e comunidade. Incentiva novos meios de comunicação e de construção compartilhada do conhecimento, pontuando e estimulando a autonomia e a emancipação do sujeito. A EPS valoriza os espaços de abertura para a população de forma dialógica, dialética e amorosa, estimulando a consciência das suas condições de vida e saúde encorajando maior integralidade das ações, controle social e gestão participativa. É um método que dispara a reflexão e a problematização na rotina dos profissionais de saúde, sendo assim libertador, convidando a reflexão sobre como pensa e vive a questão saúde/ doença em seu território, seu dia a dia e seu trabalho. Sendo assim, verifica-se cada vez mais a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde para trabalhar com essa nova metodologia.
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