O PNI, considerado referência mundial de programa de imunização, oferta, de maneira universal, uma ampla gama de imunobiológicos, seu impacto pode ser sentido pelo fato de que a cobertura vacinal, a partir de meados da década de 1990 superava o estabelecido pelo PNI, entretanto a partir de 2016, observa-se uma queda das coberturas com taxas abaixo das metas estabelecidas. O projeto apresenta ações de imunização realizadas no município de Barra Funda, no Rio Grande do Sul, destacando que o SUS possibilitou o acesso à saúde a toda a população. O município conta com cobertura de 100% de Estratégia de Saúde da Família e apresenta ótimos índices de cobertura vacinal. Durante a pandemia de COVID-19, as equipes de saúde tiveram que redobrar os esforços para manter a imunização em dia, e as ações são realizadas de forma planejada e integrada à rotina da equipe, com auxílio dos agentes comunitários de saúde. Entre os desafios, destaca-se a falta de compreensão da população em relação às vacinas, além da disseminação de fake news sobre o tema. Outro desafio é a falta de interoperabilidade dos sistemas de informação do SUS, o que pode dificultar a realização da vacinação. O projeto sugere estratégias para fortalecer as ações de imunização, como a busca ativa nas comunidades e escolas, visitas domiciliares, grupos de hipertensos e diabéticos e a divulgação de informações sobre a vacinação na rádio local e nas redes sociais.
Em âmbito local, um dos principais problemas é a dificuldade em atingir as metas de vacinação devido à estimativa populacional considerar mais crianças do que realmente existem na cidade. Isso ocorre devido ao fato de muitas gestantes realizarem o pré-natal no município, mas posteriormente seguirem com a imunização em redes particulares ou em outros municípios. Além disso, de maneira geral, há uma série de desafios que afetam a imunização em todo o país. Um dos principais é a falta de compreensão por parte da população em relação às informações sobre as vacinas. Muitas vezes, há desconfiança em relação à eficácia e segurança das vacinas, o que pode levar à baixa adesão e, consequentemente, à queda na cobertura vacinal. Outro desafio importante é a disseminação de fake news relacionadas às vacinas. Infelizmente, muitas vezes essas informações falsas são divulgadas por autoridades sanitárias e até mesmo por profissionais de saúde, o que pode gerar ainda mais confusão e desconfiança na população. Outro desafio é a falta de interoperabilidade dos sistemas de informação do SUS, o que dificulta o acesso aos dados de imunização e pode gerar problemas na hora de realizar a vacinação. Além disso, a insegurança de alguns pais em relação à aplicação de vacinas de acordo com o calendário vacinal pode levar ao retorno de doenças consideradas erradicadas, o que coloca em risco toda a população.
Ampliar a oferta de capacitação dos profissionais sobre imunobiológicos, monitorar o território por meio das ACS, principalmente as crianças menores de dois anos, de cada microárea e assim realizar a busca ativa de crianças com calendário vacinal em atraso; manter o registro da cobertura vacinal atualizada no SI-PNI Web; intensificar as campanhas de vacinação visando melhorar o acesso da população; investimentos nas cadeias de suprimentos, recursos humanos e financiamento; fortalecer o quadro profissional das CRS para ofertar qualificação dos profissionais e promover ações regionais de mobilização da cobertura vacinal.
A governança cooperativa no Sistema Único de Saúde tem um arranjo complexo e sofisticado, articulado entre os entes federados e que reconhece as realidades loco sanitárias, e cuja edição normativa ocorre de forma dinâmica e ininterrupta, tornando imprescindível uma gestão planejada e respostas adequadas aos problemas contemporâneos. A Administração Pública, embora possua limitações financeiras, tem buscado oferecer, de forma democrática, as tecnologias mais modernas a todos os pacientes atendidos pelo SUS. No Brasil, as questões relacionadas à gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), dentre elas o desabastecimento de vacinas, e particularmente à gestão integrada das ações de imunização, tais como organização dos processos de trabalho das unidades básicas de saúde/equipes de saúde da família, que envolvem horário de funcionamento das salas de vacina, número insuficiente de profissionais de saúde para atender à demanda e sua deficiente capacitação, também podem ser elencados como interferindo para a redução de coberturas vacinais. A existência e manutenção de uma rede de frio que garanta o armazenamento dos imunobiológicos em temperaturas adequadas para garantir sua qualidade, e com dispositivos de proteção contra quedas de energia elétrica são fatores fundamentais para se evitar a perda de vacinas. Da mesma forma, a logística de distribuição das vacinas em tempo hábil buscando a capilaridade da sua disponibilização aos territórios, configuram-se como grandes desafios a serem permanentemente enfrentados de maneira colaborativa por todas as esferas de gestão do SUS.
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