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Construção de Ações Estratégicas para Alcance Das Coberturas Vacinais, no Municipio de Tururu

O Programa Nacional de Imunização (PNI) vem enfrentando um cenário adverso para alcançar as metas estimadas de cobertura vacinal, com uma porcentagem de 95% das vacinas ofertadas pelo PNI, com exceção da BCG que a meta é 90%. Mesmo sendo um dos programas mais efetivos do mundo e em conjunto com os esforços constantes para garantir a imunização, as coberturas vacinais ainda continuam baixas, com pouca adesão da população, o que torna um fator de risco para o retorno das doenças imunopreveníveis. Os municípios tem buscado estratégias para a melhoria dos indicadores vacinais, como a conscientização populacional, a forma de organização dos sistemas e o monitoramento para comparação antes e após as intervenções. Diante desse cenário, sob demanda do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde foi realizada uma pesquisa nacional, ImunizaSus, um estudo descritivo retrospectivo sobre cobertura vacinal no Brasil, analisando os registros realizados no período entre 2010 a 2020, que teve como objetivo central analisar a cobertura vacinal dos municípios brasileiros e identificar os principais desafios à efetividade da política e das ações de imunização, investigando a queda da cobertura vacinal e seus determinantes. O resultado da pesquisa juntamente com o diagnóstico local foi utilizado para nortear o desenvolvimento de estratégias e ações para tentar aumentar nossas coberturas vacinais e meta alcançadas nos indicadores de saúde que englobam as ações de vacinação. O cenário local envolvia desde profissionais desmotivados a problemas de registro de informação, áreas descobertas de agentes comunitários de saúde e pouca adesão da população, o que proporcionou ao município juntamente com outros fatores o penúltimo lugar do Estado do Ceará na avaliação do primeiro quadrimestre de 2022, do Programa Previne Brasil, que garante o financiamento da Atenção Primária dos municípios. Desde então elaboramos ações estratégicas que garantissem o aumento da cobertura vacinal e alcance dos indicadores. Realizamos um trabalho de aproximação das equipes de saúde e gestão municipal. Passamos a disponibilizar informações de ações e campanhas de vacinação em redes sociais digitais. Realizamos monitoramento semanal da cobertura vacinal e sistemas de informação, busca ativa de usuários faltosos e promoção de ações coletivas de educação em saúde com a comunidade bem como realização das atividades do PSE. Além disso iniciamos o processo para a seleção de novos agentes comunitários de saúde. O município vem obtendo melhores resultados da cobertura vacinal em crianças menores de um ano, como exemplo temos o resultado do primeiro, segundo e terceiro quadrimestres do Previne Brasil, Q1-18% Q2-80%, Q3-82%, o que vem contribuindo para melhores investimentos na assistência, mas ainda temos muitos desafios até atingir a cobertura preconizada de 95% das crianças menores de um ano vacinadas, o que faz necessário consolidarmos as ações já desenvolvidas, tornando-as parte da nossa rotina e de trabalho e iniciar as que estão programadas para o ano de 2023, como investimento em educação continuada para os profissionais, informatização das informações em sistemas mais efetivos, estabelecer parcerias intersetoriais, principalmente setor de educação e conclusão do processo seletivo de ACS. Palavras-chave: Cobertura vacinal; Indicadores e trabalho em equipe.

Ao realizar o diagnóstico municipal identificamos crianças com atraso vacinal, principalmente de áreas descobertas, problemas no registro de vacinação do ESUS, módulo CDS, como crianças que não eram informadas por problema no CNS, desatualizado ou mesmo pelo fato do digitador não entender o número de alguma informação, vacina inserida errada no sistema pelo desconhecimento técnico do digitador, mudança no sistema de informação do PNI bem como falta de capacitação dos profissionais frente às mudanças instituídas, insuficiente ou nenhuma informatização das Unidades de Saúde, ausência de informação do movimento de imunobiológicos no SIPNI WEB, sistema federal, que alimenta um indicador de vigilância à saúde, falta de conhecimento dos profissionais do processo de avaliação por desempenho do Previne Brasil, profissionais desestimulados e distantes da gestão, mobilização e divulgação precárias de ações que envolvem a imunização, não realização de atividades e não cumprimento de metas de programas que envolvem ações de imunização como o PSE. Diante de tantos problemas tivemos como principal desafio elencar prioridades que refletissem de imediato nas coberturas vacinais e alcance de indicadores.

Para alcançar nossas metas e oferecer uma assistência de qualidade precisamos realizar um trabalho em equipe, então a primeira estratégia foi aproximar as equipes de saúde e gestão por meio de reuniões, onde a gestão ofertou apoio institucional no desenvolvimento de ações. Criação de grupos de whatsapp com vacinadores para repasse de informações, tirar dúvidas e disponibilização de imunobiológicos para remanejamento para a equipe que estiver necessitando de doses. Disponibilização de informações sobre ações e campanhas de vacinação em redes sociais digitais, por meio da plataforma Instagran, @sustururu. Reuniões de equipe com coordenação de imunização para repasse de informes operacionais e planejamento de vacinação em áreas descobertas. Monitoramento semanal da cobertura vacinal com identificação das crianças que estavam com pendências e disponibilização de lista nominal para acompanhamento pelas equipes; busca ativa de usuários faltosos e com estratégias comunitárias, reconhecendo populações em vulnerabilidade. Promoção de ações coletivas de educação em saúde com a comunidade bem como realização das atividades do PSE, para a prevenção de doenças por meio da vacinação. Alimentação da movimentação de imunobiológico, no SIPNI WEB. Além disso, iniciamos o processo para seleção de ACS.

Com a implantação dessas estratégias o município vem obtendo melhores resultados da cobertura vacinal em crianças em menores de um ano, o que vem contribuindo para melhores investimentos na assistência, mas ainda temos muitos desafios até atingir a cobertura preconizada de 95% das crianças menores de um ano vacinadas. Para o ano de 2023 temos como meta capacitar os profissionais de imunização; investimento na informatização das unidades de saúde com capacitação para utilização do prontuário eletrônico (PEC) otimizando o registro das informações; incremento de políticas intersetoriais, em especial com a secretaria de educação, tendo assim apoio na orientação quanto à importância da vacinação e doenças preveníveis e um aliado na busca ativa de crianças faltosas e conclusão do processo de seleção dos ACS. Os resultados alcançados e o trabalho em equipe fortalecido pelo apoio da gestão mostram que estamos no caminho certo.

Principal

NATALIA MARINHO CORDEIRO

Coautores

Maria Rochelly Teixeira Lucas, Eveline Campos Teixeira, Elana Rúbia Sousa Pinto, Marília Ribeiro Matos, Karol Silton Pinheiro De Freitas, Carlecy Rodrigues de Menezes, Rebeca Nunes Mendonça

A prática foi aplicada em

Região

Esta prática está vinculada a

Instituição

Endereço

Uma organização do tipo

Instituição Privada

Foi cadastrada por

Conta vinculada

ideiasus@gmail.com

A prática foi cadastrada em

23 dez 2023

e atualizada em

23 dez 2023

Início da Execução

Fim da Execução

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Arquivos

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