O presente estudo busca apontar e esclarecer os resultados obtidos através da implantação de uma sala de neuropediatria equipada com brinquedos lúdicos e espaços próprios para melhor atendimento fisioterapêutico dos pacientes acolhidos pelo Setor Municipal de Fisioterapia da cidade de Esperança (PB), e através desses resultados demonstrar a importância do meio onde o tratamento é realizado e como ele pode influenciar diretamente a maturidade do organismo. o sistema nervoso central é responsável por controlar e coordenar as funções do organismo, sendo assim, responsável pelo desenvolvimento neuropsicomotor do indivíduo. Sabe-se que a plasticidade neural e a influência exercida pelo meio são fatores de grande relevância para a maturidade do organismo. Faz-se necessário que o profissional conheça os fatores que interferem na neuroplasticidade e na reabilitação do paciente neurológico, fatores que alteram o estado emocional, o nível cognitivo, entre outros.
Este trabalho objetivou comprovar que utilizando afetividade, ludicidade em um ambiente estimulante, o profissional da fisioterapia consegui facilitar a condução do tratamento, com engajamento das crianças de forma positiva, reduzindo as reações nega A ação foi colocada em prática em junho de 2017 através da implantação de uma sala de neuropediatria voltada para o atendimento fisioterapêutico de 24 pacientes infantis com idades entre 28 dias de nascido e nove anos, devidamente acompanhados dos pais ou responsáveis. as crianças atendidas foram encaminhadas pela médica neurologista atuante na Policlínica Municipal da cidade e apresentavam patologias de ordem neurológicas distintas, todas já eram assistidas pelo Setor Municipal de Fisioterapia antes da mudança. O novo ambiente de atendimento foi equipado com uma maca larga e travesseiros de tamanhos variados, um tatame, brinquedos lúdicos, aparelho de ultrassom, aparelho de eletroestimulação transcutânea, estimulação elétrica funcional.
Antes da implantação do projeto, as crianças eram atendidas em uma sala comum em uma maca, muitas vezes na mesma sala que pacientes adultos. Diante da situação, muitos dos pacientes choravam e apresentavam rejeição ao tratamento, negando-se a entrar ou fazer as atividades propostas. Essas ações negativas refletiam nos resultados da terapia, crianças com oscilações de tônus, por exemplo, ao ficarem nervosas, tornavam-se mais empáticas o que atrapalhava o ganho funcional da mesma durante os exercícios. Após a implantação da nova sala e do uso da ludicidade, houve uma maior aceitação por parte dos mesmos. A partir da implantação as crianças mostraram-se mais dispostas ao tratamento, motivadas e melhor engajadas as atividades. Diante do proposto, pode-se observar uma melhora significativa no engajamento das crianças no tratamento, o que ocasionou um aumento no ganho funcional das mesmas. Tornar o brincar como objetivo primordial do tratamento demostrou ser um desejo das crianças e dos pais e auxiliou ao profissional fisioterapeuta a trabalhar com a ajuda do paciente que agora que se mostra. motivado pelo ambiente e pelas atividades.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO