- Participação e Controle Social
NEURISMAR DE OLIVEIRA
- 02 out 2024
Amazonas
Este trabalho é fruto dos debates das reuniões com mulheres em situação de violência domésticas pertencentes ao grupo do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em parceria com a Gerência de Gênero e Proteção a Mulher (GAPM) de Queimadas, município localizado no Agreste Paraibano. A partir do olhar da Rede de Enfrentamento e Atendimento as Mulheres, esta que envolve órgãos governamentais e não governamentais, sendo a Secretaria de Saúde uma das principais parcerias nessa construção Intersetorial e interseccional, onde fora observado a necessidade de um uma ação educativa de cunho preventivo no tocante a violência contra mulheres, esta que é de ordem cultural, social, de segurança e saúde pública.De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) de 2006, violência contra a mulher é todo ato de violência praticado por motivos de gênero, dirigido contra uma mulher (Gadoni-Costa & DellAglio, 2010, p. 152). Este tipo de violência sempre existiu, associada a vários fatores, principalmente a questões de gênero.Para Fonseca, Ribeiro e Leal ( 2012) que: A condição de violência é, antes de tudo, uma questão de violação dos direitos humanos. Pode estar associada a problemas variados, complexos e de natureza distinta. Também pode estar atrelada a questões conceituais referentes à distinção entre: poder e coação
Neste contexto o presente trabalho tem como objetivo relatar a experiência vivenciada com mulheres em situação de violência doméstica e refletir a importância e contribuição dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e da Gerência de Articulação e Políticas para as Mulheres no encorajamento as vítimas, junto a REAM, sendo a Secretaria de Saúde do Município de Queimadas uma das maiores parceiras nessa construção, de forma que foram acompanhadas por diversos serviços da Rede de atendimento local, orientando-as a romper com o ciclo de violência, um mal nocivo não apenas a mulher, mas toda a família.
Esse trabalho foi desenvolvido a fim de ressaltar aos gestores(as) municipais de saúde, a importância da integralidade entre secretarias e serviços a fins, com o objetivo de sensibilizar e humanizado o atendimento as mulheres, estas que muitas vezes são encaminhadas para os serviços de atendimento, seja na saúde ou não, como poliqueixosas, quando na verdade omitirem as agressões sofridas, por medo, ameaças e insegurança.É preciso compreender essa mal nocivo que é a violência doméstica contra mulheres, como um problema de saúde pública, pois muitas vezes essas mulheres chegam as unidades básicas de saúde apresentando discursos como que caíram no banheiro, escorregaram no sabão, sendo usuárias frequentes do SUS, quando na verdade as lesões corporais são de agressões sofridas. Estas mulheres muitas vezes negam os fatos porque o companheiro, ou marido se encontra fora da unidade de saúde aguardando o atendimento, para que a mesma não conte ao técnico(a) ou médico(a) que a atendeu, o que de fato aconteceu. A experiência fez com que os(as) profissionais do município de Queimadas passassem a ver esse problema como grave, que requer a prática de um atendimento qualificado, humanizado e principalmente na perspectiva de catalogar dados através do preenchimento da ficha de notificação compulsória, esta que antes não era usada, transformando essas informações em .dados para se pensar cada vez mais na melhoria do trabalho e desenvolvimento de SUS igualitário e equânime.
CADASTRO
ATUALIZAÇÃO