Construção e implantação de protocolo de acolhimento com classificação de risco na Atenção Primária à Saúde uma proposta para a organização do acesso

No atual contexto municipal, observa-se, um crescimento populacional acelerado, e consequentemente, aumento na busca dos serviços de saúde no âmbito da APS. De acordo com o IBGE (2017), a estimativa populacional no ano de 2016, para o município de São José era de 236.029 habitantes. Em 2010, a cidade contava com 209.804 munícipes, apresentando acréscimo expressivo de 11,2%, em apenas cinco anos. Em 1994, a estimativa era de 147.559 habitantes, após 23 anos e com o aumento de mais de 157% de munícipes, urge a necessidade de repensar o modelo de acesso ao Serviço de Saúde. Frente ao exposto, baseando-se na proposta de acolhimento do Ministério da Saúde, a Diretoria de Atenção Básica do município de São José instituiu em agosto de 2016, através da Portaria nº 046/2016 o Protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco na Atenção Primária (PACRAPS) organizando as demandas espontâneas e programadas na saúde de São José, no intuito de garantir a identificação dos usuários que necessitam de atendimento da equipe de saúde, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento, utilizando a escuta qualificada e tomada de decisão baseada em fluxos assistenciais, aliada à capacidade de julgamento crítico e experiência do profissional responsável pelo acolhimento. Para elucidação do referido instrumento, utilizou-se planejamento estratégico situacional, proposto por Carlos Matus (1993), o qual compreende a momentos distintos.

No Brasil, a Atenção Primária à Saúde (APS) incorpora os princípios da Reforma Sanitária, levando o Sistema Único de Saúde (SUS) a adotar tal designação, a fim de enfatizar a reorientação do modelo assistencial, a partir de um Sistema de Saúde equânime, universal e integral. A utilização do referido termo, denota o entendimento de uma assistência ambulatorial, ofertada através de unidades de saúde, caracterizada pelo desenvolvimento de atividades clínicas de alta complexidade e baixa densidade tecnológica (LAVRAS, 2011).

Anteriormente a implantação do PACRAPS, o modelo de atenção vigente, refletia em altos índices de absenteísmo, número aumentado de registros de insatisfação dos usuários com o serviço ofertado, uma vez que eram frequentes as filas para acesso às UBSs, descaracterizando a APS como porta preferencial de entrada do usuário na Rede. Assim, o somatório das ações descritas, permitiu maior visibilidade ao município, otimização da capacidade de acesso e resolutividade da Rede de Atenção à Saúde, através da utilização de ferramentas de gestão de conhecimento e de pessoas, com mínimo impacto financeiro, considerando o contexto econômico atual dos municípios.

Principal

Fabrícia Martins Silva, Francisco Reis Tristão, Mariliz Cabral Broering Diener, Vanessa Schneider Padilha, Amanda Torres Rodelo, Udo Hawerroth

dap@pmsj.sc.gov.br

Coautores

Fabrícia Martins Silva, Francisco Reis Tristão, Mariliz Cabral Broering Diener, Vanessa Schneider Padilha, Amanda Torres Rodelo, Udo Hawerroth

A prática foi aplicada em

São José

Santa Catarina

Sul

Esta prática está vinculada a

Secretaria Municipal de Saúde de São José (SC)

Av. Acioni Souza Filho, 403 - Centro, São José - SC, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Fabrícia Martins Silva, Francisco Reis Tristão, Mariliz Cabral Broering Diener, Vanessa Schneider Padilha, Amanda Torres Rodelo, Udo Hawerroth

Conta vinculada

02 jun 2023

CADASTRO

15 ago 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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