A arte tem grande papel na vida do homem: suas variadas linguagens viabilizam o trabalhado de suas angústias, aflições. Elas proporcionam como melhor lidar com suas dificuldades e/ ou limitações. Com a reforma psiquiátrica, valorizou-se o cuidado integral e humanizado, extrapolando o saber científico. Em março de 2018, arte-educadores passaram a integrar a equipe do Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) Registro, valorizando a expressão artística como estratégia de cuidado. Sintomas, consultas e medicamentos abrem espaço para que figurinos, cenas, ritmos e cores integrem as atividades diárias e se consolidem como estratégias terapêuticas. A construção do Grupo de Teatro Risus surgiu com a proposta de trabalhar autonomia e os afazeres cotidianos. Este trabalho tem o propósito de compartilhar a experiência do grupo Risus, que se utiliza da arte para privilegiar a abordagem psicossocial em detrimento da medicalização e pelo desejo de mostrar que todos possuem talentos escondidos esperando para serem descobertos.

Proporcionar aos integrantes do Risus novas propostas de tratamento e participação social. Melhora da autoestima, empoderamento e expressão das emoções. Divulgar o trabalho do Risus em diferentes espaços, proporcionando a interlocução entre diversos. Os arte-educadores buscaram aprofundar seus conhecimentos através do estudo de materiais impressos, vídeos e da participação em ensaios de outros grupos de teatro do município. Contudo o Risus surgiu com a proposta de facilitar a integração em grupo. A posteriori, agigantou-se, passando a contribuir para o sentimento de valorização e reconhecimento enquanto sujeito, minimizando o impacto que a doença traz em suas vidas.

A equipe do CAPS Registro avalia como positivo o impacto do grupo Risus na vida dos seus participantes, devido à contribuição no ganho de autoestima, por promover o empoderamento do sujeito, por auxiliar no compromisso com o tratamento e autocuidado, além da contribuição para o desenvolvimento do senso de trabalho em equipe. As apresentações do Risus nas salas de espera das Unidades de Saúde da Família oportunizou que a Atenção Básica estreitasse diálogo com o CAPS e contribuiu para a redução de estigmas perante o portador de doença mental. De fato, as peças teatrais se configuraram como bandeira da luta pela igualdade social e respeito às diferenças. É importante acreditar na capacidade dos portadores de transtorno mental, reduzidos a um CID e marcados por limitações. o Risus mostrou que atividades de recreação, mas pensadas para desenvolver potencialidades do sujeito em singularidade, buscam fins terapêuticos e inserção social. Promoveu a descoberta de talentos mostrando que portadores de transtorno mental não destoam das pessoas “normais”. Todo mundo tem dose de loucura e, com determinação, é possível fazer da vida um grande espetáculo.

Principal

Hugo

hugo5313@hotmail.com

Coautores

Sttefano Juan Bomfim Merfa, Maria Gabriela Amorim da Silva, Emília Mitsuko Kimura Noguti, Paula Dobravec Rosetti, Ana Caroline Souza Cruz

A prática foi aplicada em

Registro

São Paulo

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Grupo de Teatro Risus

Uma organização do tipo

Terceiro Setor

Foi cadastrada por

Conta vinculada

23 set 2023

CADASTRO

24 jun 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Arquivos

TAGS

Práticas Relacionadas