Considerado um dos fenômenos globais mais significativos do século 21, o envelhecimento populacional, consequência de diversos fatores como o aprimoramento das condições de vida que reduz as taxas de mortalidade, a queda da fecundidade, o avanço das ciências da saúde, o aumento da longevidade vem sendo alvo da atenção de diversos setores da sociedade. O setor econômico, o mercado de trabalho, os sistemas e serviços de saúde, bem como as relações familiares sofrem os impactos desse fenômeno. Diante desse cenário, é importante compreender o processo de envelhecimento, relativo aos indivíduos ou aos grupos populacionais, e oferecer alternativas para que os cidadãos nessa fase da vida possam permanecer socialmente e economicamente integrados, ativos e independentes. Considerando essa mudança nas características da população, a Organização Mundial da Saúde produziu o documento “Envelhecimento Saudável – Uma Política de Saúde”. O termo “envelhecimento ativo” foi adotado neste documento e é compreendido como “o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas.” (WHO, 2005). A implementação de ações de prevenção e promoção de saúde para esse público, articulando uma rede de cuidado e proteção que considere o bem-estar físico, social e mental é muito importante. Assim, tomando emprestado o termo “envelhecimento ativo” adotado pela WHO, criou-se no contexto da Atenção em Saúde Mental na APS, o Grupo de Envelhecimento Ativo”.