Dessa forma faz-se necessário implementar uma gestão pública de saúde cujos valores e práticas assegurem a participação efetiva da sociedade no processo de identificação e análise dos problemas que determinam e condicionam seu modo de viver e produzir o adoecimento, bem como, oportunizem a identificação e definição das prioridades que devem nortear a gestão publica, criando uma relação de corresponsabilização solidária e sanitária entre usuários, gestores e trabalhadores. Objetivou-se com as rodas de conversa realizadas nos bairros da cidade de Picos onde se localizam as UBS da Estratégia Saúde da Família e envolvendo a Gestor local de saúde, as associações comunitárias, representantes da igreja, entidades da sociedade civil, profissionais de saúde, representantes políticos (vereadores) e comunidade em geral, aproximar a gestão municipal de saúde, da comunidade além de promover escuta ativa das demandas da comunidade assegurar a participação da mesma na definição de prioridades identificar conjuntamente estratégias para superação de problemas disseminar informações sobre as ações e serviços de saúde desenvolvidos e sob a responsabilidade da secretaria municipal. As Rodas de Conversa foram organizadas em parceria com as associações comunitárias, desde a definição da programação, até as estratégias de mobilização social, o registro escrito e fotográfico das reuniões, a pactuação de compromissos e a avaliação de resultados. Dentre os resultados ate então identificados, destacam-se: reconhecimento das necessidades da população e do perfil de saúde da área fomento ao fortalecimento da cidadania aproximação entre gestão e população qualificação das demandas formuladas pela população aumento da responsabilidade sanitária e solidária da população exercício do processo de planejamento ascendente e participativo definição e adoção de estratégias de enfrentamento de problemas de saúde mais coerentes com as demandas da população prestação de serviços mais qualificados e humanizados por parte dos profissionais das UBS aumento da satisfação dos usuários com os serviços prestados pelo SUS local e uma maior legitimidade política da gestão pública de saúde no município.