Finalidade da experiência: institucionalizar a prática de cuidados com a saúde mediante participação em grupos terapêuticos prevenindo complicações decorrentes das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) por meio de estratégias de ações educativas e terapêuticas. Obter maior adesão ao tratamento estimulando o autocontrole e valorizando mudanças comportamentais. Orientar e conscientizar a respeito do crescente número de indivíduos portadores de DCNTs e a não percepção de que as plantas medicinais podem interagir com medicações ou levar a intoxicações e agravos na saúde do indivíduo. Dinâmica e estratégia dos procedimentos usados. O grupo terapêutico se reúne 01 vez por semana, no período vespertino, e realiza caminhadas nas regiões circunvizinhas da Estratégia Saúde da Família (ESF) acompanhadas pela nutricionista do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Por meio de uma abordagem prática e teórica, durante o trajeto, que tem em média duração de 40 minutos, são trabalhados temas relacionados à prevenção de DCNTs e orientações quanto ao uso racional de plantas medicinais que as participantes visualizam ou utilizam no cotidiano ou até mesmo que fazem parte de saberes populares, quer seja para alimentação em geral ou fins terapêuticos. Indicadores, variáveis e coleta de dados: uma vez ao mês, coleta-se dados antropométricos (peso e altura) com orientação e estímulo a manter hábitos saudáveis que garantam promoção de saúde para elas e seus familiares. A participação no grupo terapêutico tem como foco principal portadores de DCNTs, entretanto, a inciativa é aberta aos munícipes cadastrados na UBS. Observações, avaliação e monitoramento: o grupo Viva Melhor tem presença variável de participantes, uma vez que há participantes que também fazem parte do grupo da Melhor Idade, e algumas atividades desse grupo acontecem em horário próximo ao da caminhada semanal. Contudo, há participantes que, desde o início do grupo, comparecem semanalmente.
As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), tais como câncer, diabetes, obesidade, doenças respiratórias, doenças renais, cardiovasculares, neuropsiquiátricas e hipertensão arterial estão diretamente relacionados ao maior número de mortes nos países industrializados e nos emergentes (OMS, 2012). Muitos fatores de risco são reconhecidos como responsáveis pelo aparecimento e progressão da doença cardiovascular (DCV): hipertensão, dislipidemia, obesidade, síndrome metabólica (SM), diabetes e inflamação.
Entendendo que a atenção primária é um cenário favorável ao desenvolvimento de ações intersetoriais, de participação social, de empoderamento do indivíduo e da coletividade, e que o indivíduo precisa de um espaço de convivência e criação onde possa expressar opiniões e escolhas, o grupo terapêutico espera desenvolver laços de cuidado consigo mesmo e compartilhar experiências com os demais potencializando as trocas dialógicas, o compartilhamento de experiências e a melhoria na adaptação ao estilo de vida individual e coletivo.
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