O município de Carlos Chagas faz parte da microrregião de saúde de Nanuque e macrorregião de saúde de Teófilo Otoni- Minas Gerais, sendo conhecida como a “Pérola do Mucuri” ou “Gloriosa Carlos Chagas”, pois é considerada uma das mais belas cidades do vale. Com uma área total 3.202,984 km², o município possui 35 comunidades rurais e população total de 20.087 habitantes (IBGE, 2010), tal território é um desafio para atendimento das demandas de saúde de toda população. A rede de saúde do município conta com 07 Programas de Saúde da Família, sendo 04 urbanos: PSF Juá, PSF Central, PSF Colina Verde e PSF Cruzeiro e 03 rurais: PSF Mayrink, PSF Pena e PSF Epaminondas Otoni, 01 Centro de Especialidades Clinicas: Dely Coelho Nogueira, 01 Hospital Lourenço Westin (atende média e alta complexidade), 01 Centro de Atenção Psicossocial I- CAPS- Dona Sinhazinha, 01 Centro de Enfrentamento ao Covid-19, 12 Consultórios Odontológicos (07 em PSF, 02 em Pontos de apoio- 01 na Escola Municipal Arminda Lopes Ribeiro e 01 Unidade móvel de Odontologia), 01 Farmácia de Minas. Desde 2021 foi iniciado um trabalho de descentralização das salas de Imunização para aumento das coberturas e vacinação extramuros em todas as localidades do município de Carlos Chagas. A vacinação extramuros tem como objetivo alcançar um grupo de usuários que, muitas vezes, não tem disponibilidade de se dirigir a uma unidade de saúde devido aos horários de trabalho, dificuldade no transporte, etc. Sendo uma ação de extrema importância para saúde, pois contribui para o crescimento dos índices da vacinação e consequentemente para a redução das patologias imunopreveníveis. Durante a pandemia de Covid-19 o município de Carlos Chagas realizou uma série de estratégias para ofertar as vacinas para toda a sua população, como: contratação e treinamento de novos profissionais e disponibilização de carros para levar os vacinadores para os mais remotos pontos da cidade, imunizando assim toda a população com as vacinas de campanha e de rotina. A vacina foi levada para as escolas, empresas, lojas, farmácias, igrejas; etc, para todos os locais onde houvessem pessoas para serem imunizadas. Garantindo assim, fácil acesso para toda a população.
Dentre as várias estratégias para aumento das coberturas vacinais, foram as ações de comunicação nas redes sociais ( Instagram, Facebook, Grupos e status do Whatsapp) entrevistas nas rádios e a disponibilização do transporte para a vacinação in loco nas zonas rurais que se demonstraram mais relevante para o aumento da imunização no nosso município.
1- Investimento em capacitação de novos profissionais para as salas de vacinas, pois por se tratar de um serviço de extrema importância e responsabilidade o treinamento de tal profissional demora meses. 2- Descentralização das salas de vacinas para todos os Programas de Saúde da Família dos municípios. 3- Aquisição de rede de frios adequada para conservação dos imunobiológicos 4- Aquisição de transporte próprio para o setor de imunização 5-Campanhas de Imunização ostensivas 6- Rede de internet, computadores e tablet’s disponíveis para inserção no sistema de Informação.
A Imunização tornou-se um desafio para todos os municípios, o Programa de Imunização Nacional foi tão bem sucedido em décadas anteriores que as patologias imunopreveníves desapareceram e a população passou a desvalorizar a vacina. Com as baixas coberturas vacinais e Fake News, tais patologias retornaram a assombrar a nossa sociedade. Sem investimentos palpáveis, as salas de imunização foram sucateadas, a rede de frios dos municípios foram fragilizadas, os profissionais da imunização estão se aposentado e sem perspectivas de contratação e treinamento de novos profissionais. O Ministério da Saúde juntamente com as Secretarias de Estado de Saúde necessitam de dar suporte ostensivo para os municípios reerguerem o processo vacinal como todo, desde transporte, rede frios e recursos humanos até serviços de monitoramento em tempo real da situação vacinal de cada cidade/ estado.
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