Imunização e prevenção como direito à saúde dos detentos da cadeia pública de Coremas (PB)

Como é de conhecimento de todos, a população carcerária está no grupo prioritário do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Sabe-se que, no Programa do Ministério da Saúde, recomenda-se que os governos estaduais criem as suas estratégias de imunização da população carcerária. O governo preconiza a necessidade de haver um planejamento estratégico e articulado pelas esferas estaduais, municipais da saúde e secretarias estaduais de justiças. Diante do exposto acima supracitado e da necessidade de haver uma politica de imunização na cadeia pública de Coremas (PB), a Estratégia de Saúde da Família do Pombalzinho, do município de Coremas-PB, promove ações de imunizações voltadas ao público privado de liberdade do referido órgão, ofertando as vacinas de rotina como por exemplo: tétano, hepatite B, tríplice viral, febre amarela e Campanhas Nacionais de Imunizações como: influenza, covid 19, está assiduamente seguindo o cronograma do Ministério da Saúde. Essas ações destinadas as pessoas privadas de liberdade na cadeia pública de Coremas (PB) tem como objetivo principal garantir a imunização deste público. Quanto a caracterização do município ao qual acontece a experiência de imunização, Coremas é um município do estado da Paraíba, sendo localizado à 390km da capital João Pessoa. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE,2022) este município conta com uma população de 14.683 mil habitantes, sendo que, no Bairro do Pombalzinho onde a cadeia pública está inserida existem aproximadamente 1932 cidadãos residentes no referido bairro e 48 cidadãos reclusos na Instituição. É importante frisar também que, além dessas ações de imunizações promovidas por essa equipe de saúde da família nesse órgão, quando há outras necessidades a equipe em parceria com a direção da cadeia articulam outros serviços, tais como: consulta médica e de enfermagem na própria unidade prisional e atendimento odontológico aos detidos agendados na Unidade de Saúde da Família.

Podemos identificar como desafios e problemas enfrentados nas ações de imunizações na cadeia pública, falta das vacinas, muita das vezes fazemos o cronograma e por não ter o imunizante, ocorre a descontinuidade da vacinação atrapalhando assim toda a logística dos envolvidos nessas ações. Uma outra fragilidade para que não tenhamos êxito nas ações é a indisponibilidade de transporte, que muitas vezes para concluirmos essas ações de imunizações é preciso fazer uso dos transportes dos profissionais. Citamos ainda como um desafio a ser superado a conscientização de alguns detentos, pois eles se recusa a participar do processo de imunização, deixando claro que é uma minoria. É sabido também que uma problemática bastante comum enfrentado pela equipe que podemos frisar em nosso território são as queixas da comunidade com alguns questionamentos ao verem as pessoas privadas de liberdade sendo imunizadas antes mesmo da população no geral, em especial no período da pandemia do covid 19, o que de fato, pode gerar uma certa revolta quando vem essas campanhas e são destinadas doses de imediato aos presídios e cadeias pública. Contudo, na ocasião da pandemia do covid 19 o Programa Nacional de Imunizações na sua primeira versão do (PNI) deixa explicito que a população carcerária era considerada como parte do grupo prioritário, mesmo com opiniões contrárias até mesmo de integrantes Supremo Tribunal Federal (STF), sendo essa pautas de discussões por algumas vezes.

Dos 48 detidos, 95% aproximadamente estão com a vacinação do covid 19 em dias, e todos os anos no município de Coremas (PB), 98% são imunizados com a vacinada Influenza e 80% com as vacinas de rotina. Com isso, podemos conhecer a realidade das pessoas que não têm sua liberdade, dando valor ao próximo e proporcionando uma vida mais digna para esse público através da imunização.

Neste trabalho tivemos a oportunidade de oferecer ao público geral uma proposta diferente das que estão habituadas, apresentar a imunização no município de Coremas (PB) para as pessoas privadas de liberdade. Constatou-se que esse público mesmo com seu histórico devedor a sociedade os mesmos tem direito a ter acesso a saúde como os demais cidadãos brasileiros. Desta forma, esse trabalho permitiu enxergar as fragilidades da Equipe de Saúde da Família, diante de alguns obstáculos enfrentados, viu-se que as dificuldades foram inúmeras mais o serviço não deixou de ser executado com sucesso e continua atuante até os dias de hoje. Para tanto, a partir do que foi apresentado, pode-se observar que o cenário em que as pessoas privadas de liberdade estão inseridas é insalubre, o que impacta diretamente nas condições de saúde desses indivíduos. Contudo, a vacinação foi um grande desafio para ser implementada para essas pessoas privadas de liberdade, visto que, mesmo sendo considerado grupo prioritário, esses indivíduos sofrem com grande estigma social, o que inviabiliza o acesso a direitos em especial ao acesso à saúde.

Principal

Janicleide Moizes de Andrade

janny-acs@hotmail.com

Agente comunitário de saúde

Coautores

Janicleide Moizes de Andrade, Railson Fernandes da Silva, Ály Caroliny Vicente Diniz Gonçalves, Vanessa Pereira Florencio, Maria do Socorro da Silva, Maria José Oliveira de Araújo Lacerda, Adelene Oliveira da Silva, Maria Angelita de Sousa Soares,

A prática foi aplicada em

Coremas

Paraíba

Nordeste

Esta prática está vinculada a

Coremas, PB, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Janicleide Moizes de Andrade

Conta vinculada

08 maio 2024

CADASTRO

19 jul 2024

ATUALIZAÇÃO

20 ago 2020

inicio

25 abr 2024

fim

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

Arquivos

TAGS

Práticas Relacionadas