As fotografias são tiradas na unidade neonatal, dependendo das condições clínicas dos recém-nascidos, com a presença dos pais e após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido. As roupas e acessórios utilizados para as fotografias são aquelas trazidas pelos pais. Quando necessário, a equipe de pesquisa cede roupas devidamente higienizadas para o recém-nascido. O material utilizado como fundo fotográfico é individual, devidamente higienizado após o uso. Outros acessórios utilizados como cenário são de fácil limpeza, como por exemplos, bola de plástico ou bonecos de plástico. As fotografias são feitas por uma fisioterapeuta (posicionando o recém-nascido) e a por uma fonoaudióloga (fotografando), ambas com especialização em neonatologia. É feita uma entrevista com os pais assim que o recém-nascido interna na unidade neonatal e a mesma entrevista é repetida após a sessão de fotos para avaliar o impacto do uso da fotografia na inserção virtual do recém-nascido da família. A entrevista é realizada por uma assistente social com formação em saúde materno-infantil. É feita uma entrevista com a equipe de enfermagem para avaliar a interação e a aproximação dos pais com os bebes antes e depois da realização das fotos. Resultado esperado. Evidências de que é possível através da fotografia melhorar a interação e a aproximação dos pais com os bebês.

O bebê idealizado é construído durante a gestação. Nos primeiros momentos após o parto, o bebê, com suas características, auxilia a mãe a desenvolver o sentimento de competência e confiança em si. Com isso, a distância entre bebê sonhado e o real será menor, e as decepções naturais poderão ser aceitas sem muito sofrimento. Quando o nascimento impõe aos pais uma dura realidade, como por exemplo, um parto prematuro, há um confronto entre o bebe real e o bebe imaginário, gerando decepção para a mãe. Ainda que lenta e gradual, a aceitação dessa realidade é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança e da família. Os pais dos recém-nascidos não podem contar com a festa social do nascimento, as felicitações dos familiares e amigos. O reconhecimento social da maternidade e paternidade não lhes pertencem. Os pais têm que elaborar neste momento sentimentos de dor, angústia, tristeza. Como a unidade neonatal só permite a visita dos pais e avós, os pais utilizam a fotografia como recurso de inserir este recém-nascido na sociedade. Entretanto, os pais relatam que muitas vezes as fotografias tiradas por eles causam estranheza e certo desconforto por parte dos amigos e familiares. Acreditamos que poderemos aprimorar esta prática e melhorar a interação e a aproximação dos pais com os bebes, promovendo um ambiente acolhedor e facilitador no processo da hospitalização/humanização do cuidado. O objetivo deste trabalho é apresentar evidências de que é possível através da fotografia melhorar a interação e a aproximação dos pais com os bebês, promovendo um ambiente acolhedor no processo da hospitalização humanizada.

Principal

Adriana Duarte Rocha

chirol@iff.fiocruz.br

Coautores

Adriana Duarte Rocha

A prática foi aplicada em

Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

Sudeste

Esta prática está vinculada a

Instituto Fernandes Figueira / Fiocruz

Avenida Rui Barbosa, 716 - Flamengo, Rio de Janeiro - RJ, Brasil

Uma organização do tipo

Instituição Pública

Foi cadastrada por

Adriana Duarte Rocha

Conta vinculada

12 fev 2016

CADASTRO

21 ago 2024

ATUALIZAÇÃO

Condição da prática

Concluída

Situação da Prática

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